quarta-feira, 28 de maio de 2014

'Sucessora' do polvo Paul se prepara para Copa com previsões de rugby

'Vidente Paula' antecipa vitória da Irlanda sobre a França em jogo de rugby. Ela também vai tentar adivinhar os resultados da Inglaterra no mundial de futebol do Brasil (Foto: Divulgação / Sea Life).
A "vidente Paula" é aposta da rede de aquários europeus Sea Life para a Copa do Mundo de 2014. O polvo de sexo feminino vai tentar adivinhar os resultados de partidas, e buscar um resultado tão positivo quando o de outra cria do Sea Life, o famoso Paul. Ele ficou conhecido por acertar todas as suas previsões no mundial de 2010. O "oráculo" morreu no mesmo ano.
Paula foi testada em duas partidas do torneio europeu Six Nations de rugby de 2014. A primeira foi entre a Inglaterra e o País de Gales, no dia 9 de março. O aquário divulgou a escolha de Paula pela Inglaterra e o resultado se confirmou. Uma semana depois, o Sea Life anunciou que o molusco também antecipou a vitória da Irlanda sobre a França, em uma das partidas decisivas do campeonato.
Ela vive no Sea Life de Blackpool, no noroeste da Inglaterra. Paula tem a mesma nacionalidade de Paul, que nasceu no aquário da rede em Weymouth, e depois foi transferido para Oberhausen, na Alemanha, onde ficou famoso por suas previsões.
'Molusco esperto'
"Paula está conosco há cerca de seis meses, e mostrou que é um dos moluscos mais espertos que tivemos, aprendendo a abrir potes de geleia e caixas em tempo recorde", disse em comunicado à imprensa o supervisor do Sea Life de Blackpool, Scott Blacker.
Após passar no teste do rugby, Paula vai tentar adivinhar os resultados da Inglaterra na Copa do Mundo no Brasil. "Achamos que ela pode ser uma sucessora ao mundialmente famoso polvo Paul, que acertou oito resultados em 2010 e colocou os outros concorrentes no chinelo", diz o supervisor do Sea Life, antigo lar do "oráculo".
Sistema de previsão
O sistema de previsões de Paul - repetido por Paula - é simples. Ele tinha que escolher um mexilhão de uma das duas caixas situadas em seu tanque, cada uma delas decorada com uma bandeira. Em todas ocasiões, o escolhido pelo polvo acabou vencendo o jogo.
Paula não é a primeira nem a única candidata a sucessora do polvo Paul. Já houve apostas em outros animais, inclusive com o mesmo nome dela. Também já tentaram a sorte em 2010 e 2011 um polvo Paul colombiano e outro chamado Paul II, francês. Se Paula tiver tanta sorte no futebol quanto no rugby, pode se tornar herdeira legítima.
Fonte: G1/Sea Life

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Novidades na natureza - Foto do Dia - Liropus minusculus

São répteis, mamíferos e amebas; vêm de lugares tão distintos como a cordilheira dos Andes, desertos na Austrália, mares da Califórnia e cavernas na Croácia e têm tamanhos que vão de 5 centímetros a 12 metros.
Mas, todos eles movimentaram a comunidade científica no ano passado.
Conheça um exemplar da lista organizada pelo Instituto Internacional para a Exploração de Espécies, que compilou as dez principais novas espécies descobertas em 2013.
Translúcido, esse novo camarão (Liropus minusculus) é o menor de seu gênero e vive nas águas da ensolarada Califórnia.

 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

"Fotógrafo explora campo de sal vermelho na Crimeia" :

"Fotógrafo explora campo de sal vermelho na Crimeia"

 
 

O fotógrafo Sergey Anashkevych captou imagens de uma paisagem impressionante no interior da Crimeia: um campo de sal abandonado e completamente avermelhado.
A cor se deve à presença da Halobacterium archaea, um organismo que se multiplica rapidamente ao entrar em contato com ambientes extremamentes salgados.
Quando a Crimeia fazia parta da União Soviética, o local era explorado para a obtenção de salmoura para uso na indústria química.
"O ar é tão úmido e salgado que tem-se a impressão de que é pegajoso", afirma Anashkevych.
"Tudo fica coberto por uma película fina: a pele, as roupas, os equipamentos. O outro problema é o cheiro: não é nada agradável", acrescenta o fotógrafo.

 
Fonte: BBC

Aquecimento afeta sexo de tartaruga marinha e ameaça espécie



Imagine sua mãe, grávida, indo dar à luz numa tarde de verão com termômetros passando dos 35 graus Celsius (°C) e, de repente, você, hoje um homem, nasce mulher? Ou numa tarde fria de inverno, você, mulher, nasce um homem? Pois esta é a sina das tartarugas marinhas, cujo sexo tende mais para um ou outro de acordo com a temperatura do ambiente onde o ovo é incubado.
Em tempos de aquecimento global, isso pode influenciar a própria sobrevivência da espécie, conforme aponta um novo estudo publicado na revista científica Science, nesta semana.
Com o aumento da temperatura da Terra, mais tartarugas marinhas nascerão fêmeas, diz o estudo, que avaliou a influência da temperatura na determinação do sexo de um grupo de tartarugas marinhas na região de Cape Verde, no Oceano Atlântico, um reduto da espécie.
A observação mostrou que quando a temperatura da areia passava dos 30°C aumentavam as chances do nascimento de tartarugas fêmeas.
Aos 29°C, a razão de sexo de filhote de tartaruga é de aproximadamente 50 para 50, ao passo que quando era de 28°C, aumentavam as chances de nascer mais machos.
A temperatura na área de incubação também depende da cor da areia – quanto mais escura, mais calor retém.
“Nós estimamos que as praias de cor clara produzem atualmente 70,1 % do sexo feminino, enquanto as praias de cor escura produzem 93,46 % do sexo feminino”, diz um trecho do estudo.
No médio prazo, segundo os cientistas, o nascimento de mais fêmeas pode até contribuir para o aumento da população, já que haverá mais fecundação e deposição de ovos.
Mas, no longo prazo, dentro de 100 anos, com areias cada vez mais quentes, a população pode se tornar majoritariamente feminina, colocando em risco a própria sobrevivência da espécie.
“Aí você tem um problema, já que haverá pouco machos para fertilizar as fêmeas”, disse Graeme Hays, um dos autores principais do estudo, ao jornal britânico The Guardian.
Segundo o pesquisador, é possível que o réptil, para se adpatar, comece a colocar seus ovos em uma estação mais fria ou migrar para uma área mais fria. “Os seres humanos poderiam ajudar também, evitando a construção de hotéis e resorts em praias de areia clara. Elas vão ser as mais importantes para proteger”, completou.
Fonte: Exame.com

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Imerso na baía Ilha Grande


Localizada entre as duas maiores metrópoles do Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro) e cercada pela imponente Serra do Mar, a baía da Ilha Grande abriga 187 ilhas e ilhotas, criando um cenário de grande beleza paisagística no litoral sul fluminense. Diversas unidades de conservação protegem parte deste patrimônio natural, na tentativa de manter a biodiversidade tanto terrestre como marinha da baía. Porém, esse mosaico de unidades de conservação enfrenta impactos de diversas ordens. Alvo de grande especulação imobiliária, a região sofre pressões como o turismo descontrolado, a pesca predatória, além de instalações portuárias e industriais de alto impacto.

Enrico Marone fez suas primeiras viagens para a baía da Ilha Grande há mais de 15 anos. O mergulho neste universo submarino influenciou sua trajetória profissional e acabou levando-o à Oceanografia. Hoje, Marone se dedica a projetos de conservação marinha ao longo do litoral brasileiro. Na baía de Ilha Grande, atua junto às áreas marinhas protegidas e às comunidades caiçaras de pesca artesanal, no sentido de fortalecer as iniciativas de conservação da biodiversidade e uso sustentável dos recursos da região.

As imagens do ensaio foram captadas ao longo de diversas expedições à baía da Ilha Grande. Durante o projeto de levantamento da biodiversidade marinha da baía, coordenado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com a participação de diversas instituições de pesquisa, Marone foi responsável pela documentação da expedição. O trabalho resultou em uma exposição fotográfica inaugurada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e, posteriormente, montada no Congresso Nacional, em Brasília, em comemoração ao Ano Internacional dos Corais (2008).
Veja o ensaio no link: http://www.oeco.org.br/fotografia/22974-imerso-na-baia-da-ilha-grande-

*Enrico Marone é oceanógrafo, fotógrafo e documentarista. Atualmente, coordena as iniciativas do Programa Marinho do Instituto BioAtlântica, ao longo do litoral brasileiro.

Fonte: O Eco
 

terça-feira, 6 de maio de 2014

Cientistas europeus encontram resíduos plásticos em águas profundas

O plástico chega a constituir 41% dos depósitos de lixo no solo oceânico.

Um grupo de pesquisadores europeus analisou águas profundas dos oceanos Atlântico e Ártico e do Mar Negro. As amostras estudadas comprovaram que os resíduos humanos não estão somente na superfície do mar, eles também são encontrados em profundidades de até 4,5 quilômetros.

O estudo, chamado de Projeto de Mapeamento de Profundidade, foi financiado pela União Europeia e contou com a participação de 15 organizações. Para chegar ao resultado final, os cientistas utilizaram 600 amostras obtidas entre profundidades que variaram de 35 metros a 4,5 quilômetros.

“Descobrimos que o plástico foi o lixo mais comum encontrado no mar. O plástico chega a constituir 41% dos depósitos no solo oceânico. As acumulações de lixo mais densas foram encontradas em profundos desfiladeiros marinhos”, explicou Christipher Pham, da Universidade dos Ações.

A Dra. Kerry Howell, professora associada do Instituto de Marinha da Universidade de Plymouth, informou que os cientistas ficaram chocados com a descoberta de tantos resíduos em lugares totalmente desabitado por pessoas. “Esta pesquisa mostrou que o lixo humano está em todos os habitats marinhos, desde as praias até os mais distantes e profundezas do oceano. A maior parte das áreas analisadas permanece inexplorada pelos humanos, então ficamos chocados ao descobrir que o nosso lixo está lá antes de nós.”

De acordo com o estudo, o plástico representa 41% dos resíduos encontrados. Outros 34% são formados por redes e outros artigos relacionados à pesca. Vidro, metal, madeira, papel, roupas, cerâmica e materiais não identificados também foram coletados, mas em escala menor.

Os cânions e as correntes marítimas são as principais causas para este movimento de lixo pelos oceanos. Os pesquisadores lembram que o estudo serve como alerta. “Nossos resultados destacam a extensão do problema e a necessidade de ações para evitar o aumento do acúmulo de lixo em ambientes marinhos”, finaliza a Dr. Kerry Howell em artigo original
 

 
 

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Expedição ao 'continente de plástico' do Atlântico Norte

Uma nova expedição científica partirá no início de maio em direção ao "7º continente", uma das gigantescas regiões onde se acumulam os resíduos de plástico nos oceanos, neste caso no Atlântico Norte.

No ano passado, no Pacífico, "pudemos constatar que este 7º continente existe", explica à AFP Patrick Deixonne, de 49 anos, que lançou o projeto depois de se deparar com esta ilha de poluição durante uma competição de remo em 2009.
"Desta vez sabemos o que vamos encontrar, vamos tentar colocar em andamento coisas que nunca haviam sido feitas para estudar o fenômeno", acrescenta este ex-bombeiro da Guiana.
Uma equipe de nove pessoas partirá da Martinica, nas Antilhas, no dia 5 de maio a bordo de um catamarã de 18 metros.
A expedição - organizada com o CNES, a agência especial francesa, a ESA, a agência espacial europeia, o centro de pesquisa francês CNRS e a instituição científica Mercator Ocean - durará três semanas.
"Vamos tentar alcançar o coração do giro oceânico no centro do mar dos Sargaços", no Atlântico norte, disse.
Milhares de toneladas de lixo proveniente das costas e dos rios flutuam nos cinco principais giros oceânicos, os turbilhões gigantes que criam as correntes marítimas em todos os oceanos, onde a força centrípeta leva os detritos ao centro.
O explorador se propõe a estudar os cinco giros e no próximo ano partirá ao Atlântico sul, com o objetivo de cartografar as zonas poluídas utilizando sistemas de radar.
Fonte: AFP cls/pjl/ltl/ame/ma