terça-feira, 25 de março de 2014

Fukushima vai provocar o fim da humanidade?



                                                          Contaminação de peixes por césio
Estamos falando de um desastre nuclear que é absolutamente sem precedentes, e que está constantemente piorando.
 AGORA FUKUSHIMA:
A cada dia, 300 toneladas de água radioativa de Fukushima entra no Oceano Pacífico. Isso significa que a quantidade total de material radioativo liberado de Fukushima está constantemente a aumentar, e isso está em constante destruição da nossa cadeia alimentar.
Em última análise, toda essa radiação nuclear irá permanecer por um grande tempo. Estão dizendo que pode levar até 40 anos para limpar o desastre de Fukushima, e, entretanto, inúmeras pessoas inocentes irão desenvolver câncer e outros problemas de saúde como resultado da exposição a altos níveis dessa radiação nuclear.
Estamos falando de um desastre nuclear que é absolutamente sem precedentes, e está constantemente piorando.
A seguir, você verá alguns sinais de que a costa Oeste da América do Norte está sendo absolutamente fritada com a radiação nuclear de Fukushima.
1.  ursos polares, focas e morsas ao longo da costa do Alasca estão sofrendo de perda de pele e feridas abertas.
Especialistas em vida selvagem estão estudando se a perda da pele e feridas abertas detectadas em nove ursos polares nas últimas semanas é generalizada e relacionada a incidentes similares entre focas e morsas.
Os ursos estavam em 33 e foram encontrados perto de Barrow, no Alasca, durante a rotina de trabalho de pesquisa ao longo da costa do Ártico. Os testes mostraram que eles tinham “alopecia, ou perda de pele, e outras lesões de pele”,  o Serviço Geológico dos EUA disse em um comunicado.

2.  Há uma epidemia de mortes de leões marinhos ao longo da costa da Califórnia.
Nos viveiros da ilha ao largo da costa sul da Califórnia, 45 por cento dos filhotes nascidos em junho morreram, disse Sharon Melin, um biólogo do Serviço Nacional de Pesca Marinha sediado em Seattle. A situação é tão ruim que levou nas últimas duas semanas a National Oceanic and Atmospheric Administration a declarar um “evento incomum de mortalidade”.

3.  Ao longo da costa do Pacífico do Canadá e da costa do Alasca, a população de salmão-vermelho estão tendo uma baixa histórica. Muitos estão culpando Fukushima.

4.  Algo está causando aos peixes ao longo de toda a costa oeste do Canadá  a sangrarem através de suas brânquias, barrigas e olhos.

5.  Uma vasta área de detritos radioativos de Fukushima, que é aproximadamente do tamanho da Califórnia, cruzou o Oceano Pacífico e está começando a colidir com a costa oeste.

6.  Ele está sendo previsto que a radioatividade das águas costeiras da costa oeste dos EUA poderá dobrar nos próximos cinco a seis anos.

7.  Especialistas descobriram  altos níveis de césio-137 em plânctons que vivem nas águas do Oceano Pacífico, entre o Havaí e a costa oeste.

8.  Em uma pesquisa feita na Califórnia, descobriu-se que 15 dos 15 atuns rabilho foram contaminados com a radiação de Fukushima.

9. Já em 2012, o Vancouver Sun informou que o césio-137 estava sendo encontrado em uma percentagem muito elevada nos peixes que o Japão estava vendendo para o Canadá.
• 73 por cento do mackerel
• 91 por cento do halibut
• 92 por cento das sardinhas
• 93 por cento dos atuns e das enguias
• 94 por cento do bacalhau e das anchovas
• 100 por cento da carpa, algas marinhas, tubarões e tamboril

10.  autoridades canadenses estão encontrando níveis extremamente elevados de radiação nuclear em determinadas amostras de peixes.
Algumas amostras dos peixes testados até à data tiveram níveis altíssimos de radiação: em uma amostra coletada em julho, por exemplo, teve 1.000 becquerel por quilo de césio.
11.  Alguns especialistas acreditam que poderíamos ver níveis muito elevados de câncer ao longo da costa oeste  apenas de pessoas que comem peixes contaminados.
 “Olhe para o que está acontecendo agora: Eles estão despejar grandes quantidades de radioatividade para o oceano – ninguém esperava isso em 2011,” Daniel Hirsch, professor de política nuclear na Universidade da Califórnia-Santa Cruz, disse à Global Security Newswire . ”Nós poderíamos ter um grande número de câncer por ingestão de peixes.”
12.  A BBC News informou recentemente que os níveis de radiação ao redor de Fukushima são “18 vezes maiores” do que se acreditava anteriormente.
13.  Um estudo financiado pela União Europeia concluiu que Fukushima liberou até 210 quatrilhões de becquerels de césio-137 na atmosfera (símbolo Bq - Unidade de Radioatividade)
 
14.  A radiação atmosférica de Fukushima atingiu a costa oeste dos Estados Unidos dentro de poucos dias a partir de 2011.
 
15.  Neste momento, 300 mil toneladas de água contaminada está sendo derramada no Oceano Pacífico a partir de Fukushima, a cada dia.
16.  Um pesquisador sênior da química marinha do Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Agência Meteorológica do Japão diz que “30 bilhões de becquerels de césio radioativo e 30 bilhões de becquerels de estrôncio radioativo” estão sendo lançados no Oceano Pacífico a partir de Fukushima a cada dia ..
 
17.  Segundo a Tepco, um total de algo entre 20 à 40 trilhões de becquerels de trítio radioativo tem atingido o Oceano Pacífico desde que o desastre de Fukushima começou.
 
18.  Segundo um professor da Universidade de Tóquio, 3 gigabecquerels de césio-137 estão fluindo para o porto de Fukushima Daiichi à cada dia ..
 
19.  Estima-se que até 100 vezes mais que a radiação nuclear durante todo o desastre de Chernobyl já foi liberada no mar à partir de Fukushima.
Fonte: autoria desconhecida
Publicado no Jornal dos Amigos
Comentário do Jornal dos Amigos
É bom prevenir não consumindo peixe importado... Quando ao desatre de Fukushima é uma lição doméstica para ser aprendida e aplicada.

 
 
 
 
 





 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Especialistas avaliam restrições à pesca de emalhe

Ministério do Meio Ambiente quer saber mortalidade anual de tartarugas marinhas, toninhas, tubarões, raias e aves marinhas.

Alunos de mestrado e doutorado da Fundação Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS) e Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) estão avaliando a efetividade da aplicação prática da Instrução Normativa Interministerial MPA/MMA 12/2012, que dispõe sobre critérios e padrões para o ordenamento da pesca de emalhe de fundo nas águas jurisdicionais das regiões Sudeste e Sul do Brasil.
A parceria firmada entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a URGS permitirá obter estimativas sobre a mortalidade anual de tartarugas marinhas, toninhas, tubarões, raias e aves marinhas em função da pesca de emalhe do Rio Grande do Sul.
O projeto nasceu de uma parceria firmada entre o MMA, por meio da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF), e a URGS, implantada a partir do trabalho de observadores científicos embarcados na frota de pesca comercial. Pretende-se, agora, avaliar a efetividade ambiental da medida. O estudo permitirá, também, quantificar as reduções nas taxas de capturas desses grupos, após a implantação da instrução normativa.
Conservação
A pesquisa é coordenada pelos professores do Laboratório de Ecologia e Conservação da Megafauna Marinha (EcoMega) do Instituto de Oceanografia da URGS. De acordo com Eduardo Secchi, um dos coordenadores do trabalho, os dados gerados pela pesquisa são essenciais para avaliar o estado de conservação das espécies marinhas, contribuindo para a elaboração de medidas de ordenamento pesqueiro mais adequadas aos interesses sociais, econômicos e ambientais.
As informações obtidas a partir da pesquisa servirão de base ao aperfeiçoamento da norma e à sustentabilidade econômica desse tipo de pesca no Brasil, acredita Secchi. O professor Luís Gustavo Cardoso, oceanólogo e doutor em Oceanografia Biológica, que divide com Secchi a coordenação da pesquisa, explica que a UFRGS está embarcando três observadores no projeto. “A ideia é que tenhamos três viagens monitoradas por mês, acompanhando a pesca com redes de emalhe de fundo no sul do Brasil”, disse.
A previsão é que cada viagem dure de seis a 10 dias, podendo chegar a 15. Os observadores são provenientes dos cursos de oceanologia da UFRGS e de biologia marinha da UERGS. A bordo da embarcação, a cada vez que a rede é lançada, os observadores registram a posição, o horário e as condições do mar naquele momento.
Espécies vulneráveis
Durante o recolhimento da rede, os pesquisadores registram as quantidades capturadas e os comprimentos dos peixes das espécies alvo da pesca. São, igualmente, quantificadas as capturas incidentais ou acidentais, que são rejeitadas e devolvidas ao mar, vivas ou mortas.
Neste universo, estão incluídos peixes, moluscos, crustáceos, aves, tartarugas e mamíferos marinhos, identificados, quantificados e devolvidos ao mar ou coletados para pesquisa em laboratório, como no caso das aves e toninhas. Levantamento feito pelos cientistas da UFRGS constatou que, anualmente, mais de mil toninhas morrem na costa do Rio Grande do Sul devido à captura acidental em redes de emalhe.
As tartarugas capturadas, mortas ou vivas, são marcadas e devolvidas ao mar para, no caso das mortas, serem identificadas caso encalhem na praia. As capturadas vivas recebem as marcas do projeto Tamar e, depois, colocadas de volta na água.
Ecologia das espécies
“Acredito que este estudo será de grande utilidade para avaliarmos a eficácia da instrução normativa na redução do impacto ambiental da pesca de emalhe de fundo no sul do Brasil”, explica Luís Gustavo Cardoso. Ele acredita que a comparação com dados de anos anteriores permitirá saber se a área de exclusão de pesca, criada pela decisão do governo, está sendo eficaz na diminuição das capturas incidentais e se resultou em algum tipo de alteração na pesca das espécies-alvo desta atividade. Além disso, o registro de dados de tartarugas, aves e mamíferos marinhos contribuirão para o conhecimento da biologia e da ecologia dessas espécies.
O analista ambiental e gerente substituto de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros do MMA, Antonio Queiroz Lezama, esclarece que a rede de emalhe é formada por um ou vários panos de rede retangulares, unidos entre si e mantidos verticalmente na água por meio de cabos com pesos na parte inferior e boias flutuadoras na parte superior. “Muitas dessas redes têm baixa seletividade e capturam, além dos peixes, animais vulneráveis como golfinhos, tartarugas, aves e tubarões, que acabam morrendo”, lamentou.
Morte na rede

De acordo com dados oficiais, estima-se que a pesca de emalhe seja responsável pela morte de 400 mil aves marinhas, anualmente, ao redor do mundo. Calcula-se, ainda, que o equipamento tenha causado, até o presente, a morte de dezenas de milhares de mamíferos marinhos em todo o mundo.
A pesca de emalhe, segundo Antonio Lezama, é uma das mais amplamente difundidas na costa brasileira. Por isso, é, igualmente, uma das principais responsáveis por capturas incidentais de espécies aquáticas vulneráveis. Durante o ano de 2002, no estado de Santa Catarina, o emalhe capturou de 43% a 53% (de 130 a 159 toneladas) do total desembarcado de tubarões-martelo, um dos grupos mais afetados pelos impactos da pesca.
Uso sustentável
Por isso mesmo, a instrução normativa estabelece comprimentos máximos de rede permitidos, tamanho de malhas e o tipo de material que pode ser empregado na sua panagem (malhas em forma de losangos, cujas medidas são projetadas em função do peixe a ser capturado, e, para que o peixe fique preso na rede, é necessário que a malha tenha de três quartos a quatro quintos da maior altura dos peixes). A normativa indica, inclusive, os períodos e áreas de proibição da pescaria, visando à proteção de espécies vulneráveis.
Para Lezama, a norma representa importante avanço no uso sustentável dos recursos marinhos. Segundo ele, estudos que avaliem a sua real efetividade, em termos quantitativos, são de grande importância para o aperfeiçoamento progressivo da norma, assim como para o planejamento de medidas complementares de gestão pesqueira.
Fonte:
Ministério do Meio Ambiente

Saiba +
Rede de emalhar

Redes de emalhar são um tipo de artes de pesca passivas em que os peixes ou crustáceos ficam presos em suas malhas devido ao seu próprio movimento.
São equipamentos  relativamente simples, pois consistem, na sua forma básica, em retângulos de rede com flutuadores numa extremidade e pesos na oposta, que é lançada à água num local onde se saiba haver cardumes de peixe  a nadar, os quais ficam "emalhados" ou seja presos nas malhas da rede, normalmente pelos espinhos ou opérculos. Esses retângulos podem ter poucos metros e ser operados por dois pescadores a pé, ou podem ter vários quilômetros e constituírem o principal instrumento de pesca dum barco-fábrica.
Este método de pesca tem muitas variantes, a mais perigosa das quais - para a fauna marinha e para a própria navegação - é a rede-derivante, que também pode ter vários quilômetros de extensão e pode perder-se, continuando a matar peixes que depois não são aproveitados e até mamíferos marinhos; para além disso, estas redes são praticamente invisíveis e um navio que passe por uma destas redes perdidas pode ficar com o hélice imobilizado. Por estas razões, este método de pesca foi banido em vários países do mundo.
Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 17 de março de 2014

Veneno de caracol marinho pode se tornar analgésico potente.

Composto pode aliviar a dor melhor que morfina e sem causar dependência.
Pesquisadores criaram cinco substâncias experimentais a partir de proteína.

Uma pequena proteína extraída do veneno de um caracol marinho parece promissora para produzir analgésicos mais potentes que a morfina, com menos efeitos colaterais e menor risco de dependência, segundo trabalhos de pesquisadores australianos apresentados neste domingo (16.03.14) nos Estados Unidos.
Os Conus (caracóis marinhos de águas tropicais) utilizam seu veneno para paralisar suas presas. Este veneno contém centenas de peptídeos, que são pequenas proteínas conhecidas como conotoxinas. Nos humanos, algumas destas conotoxinas parecem ter efeitos analgésicos, explicaram os pesquisadores.
Os especialistas criaram ao menos cinco novas substâncias experimentais a partir desta proteína, que podem conduzir algum dia ao desenvolvimento de analgésicos orais eficazes para tratar algumas dores crônicas.
"Trata-se de um passo importante que pode servir de base ao desenvolvimento de uma nova classe de medicamentos capazes de aliviar as formas mais severas de dores crônicas atualmente muito difíceis de tratar", explicou David Craik, da Universidade de Queensland, na Austrália, autor principal da pesquisa.
O estudo foi apresentado na conferência anual da Sociedade Americana de Química (ACS, em inglês), reunida neste fim de semana em Dallas, Texas (sul).
As dores combatidas por estes medicamentos são provocadas frequentemente por diabetes, esclerose múltipla e por outras doenças que afetam as terminações nervosas, que podem durar meses ou até mesmo anos.
Os tratamentos atuais para estas dores crônicas neuropáticas podem causar efeitos colaterais significativos e são eficazes em apenas um de cada três doentes.
Fonte: France Presse

Saiba +

1. Conus
Conus é um género de gastrópodes, distribuídos por quase todo o indo-Pacífico. Possuem um veneno composto de um grande coquetel de toxinas, como as conotoxinas, presentes em seu epitélio-glandular, o qual inocula em um "arpão" contido em uma probóscide. Tímidos, passam o dia todo escondidos em alguma toca ou coral e saem para caçar à noite, usando seu olfato aguçado para localizar presas. Utilizam o arpão venenoso para matar suas presas, os peixes. São frequentes os relatos de morte de humanos, em razão de acidentes com Conus.
Uso medicinal do veneno
 O veneno do Conus magus, apresenta promessas de prover um analgésico não viciante 1000 vezes mais potente que a morfina. As conchas deste animal possuem uma enorme beleza e na Austrália, algumas pessoas morrem por pegarem este animal, de forma incauta, pois desconhecem os perigos enormes do seu veneno. O Conus está entre os dez animais mais venenosos do mundo.



 
 
 










 



 

 


 

quinta-feira, 13 de março de 2014

Foto do Dia - Peixe-zebra

                                                    Peixe-zebra - embrião com 4 dias
O peixe-zebra é um pequeno peixe tropical de água doce que, originalmente, veio da Ásia. É comumente utilizado como um organismo modelo para estudar a biologia do desenvolvimento e neurodegeneração (a deterioração ou morte de células nervosas) em vertebrados.
Esta é uma premiada micrografia eletrônica de varredura de um embrião de peixe-zebra com quatro dias de idade.

A imagem foi capturada por David utilizando um FEI Quanta 200F - microscópio eletrônico de varredura. Antes das imagens, o embrião foi quimicamente fixado, desidratado em álcool, em seguida, seco e revestido com partículas de ouro de 5 nanômetros de tamanho.
Para capturar esta imagem, o peixe-zebra foi fisicamente ligado a um esboço (suporte da amostra)  pela cauda e inclinado a 65 graus para revelar a morfologia vista aqui.
Como um embrião de peixe-zebra possui, aproximadamente, 1 cm de comprimento, torna-se  grande demais para ser capturado em uma única imagem. Desta forma, foram feitas três imagens separadas ao longo de seu comprimento e depois costuradas digitalmente.
 A cor foi
então adicionada à imagem em preto-e-branco usando tons e sombreamento para tentar representar a reflexividade de escamas de peixe.
Créditos: Annie
Cavanagh e David McCarthy
Porque  o peixe-zebra é usado como um organismo modelo?
Embriões de peixe-zebra são transparentes e se desenvolvem  fora do corpo da fêmea, de tal forma que você pode ver os seus órgãos internos evoluírem à medida que crescem. Eles se desenvolvem muito rapidamente, e geralmente estão prontos para eclodir 48 horas após a fertilização. O seu genoma já foi sequenciado, podem ser geneticamente modificados, e as estirpes que transportam mutações caracterizadas estão prontamente disponíveis. Eles também custam relativamente pouco quanto à criação e alimentação.

Fonte: http://www.wellcomeimageawards.org/2014/zebrafish-embryo

Saiba + - Wellcome Image Awards traz exposição que celebra destaques da fotografia científica.
Uma exposição em Glasgow, na Escócia, aberta nesta quarta-feira, apresenta ao público as imagens premiadas da 13ª edição do Wellcome Image Awards.
Um painel de jurados escolheu, entre as novas imagens adquiridas pela biblioteca fotográfica Wellcome - que se apresenta como um dos maiores arquivos de imagens ligadas à medicina do mundo - as mais 'informativas, impressionantes e tecnicamente excelentes'.
A exposição está sendo realizada no Centro de Ciências de Glasgow (Escócia) e será levada a outras cidades do Reino Unido. Fonte: BBC
Veja a exposição no endereço: http://www.wellcomeimageawards.org/2014

quarta-feira, 12 de março de 2014

O Brasil e seu "mar interior"

Por José Luís Fiori
O Brasil possui capacidade econômica e tecnológica para explorar os recursos oferecidos pelo oceano, mas não possui o poder de defender a soberania desse mar.
 
Situado entre a costa leste da América do Sul, e a costa oeste da África Negra, o Atlântico Sul ocupa um lugar decisivo do ponto de vista do interesse econômico e estratégico brasileiro: como fonte de recursos, como via de comunicação, e como meio de projeção da influência do país no continente africano.
Além do “pré-sal”brasileiro, existem reservas de petróleo na plataforma continental argentina, e na região do Golfo da Guiné, sobretudo na Nigéria, Angola, e no Congo, Gabão, São Tomé e Príncipe. Na costa ocidental africana, também existem grandes reservas de gás, na Namíbia, e de carvão, na África do Sul; e na bacia atlântica, se acumulam crostas cobaltíferas, nódulos polimetálicos ( contendo níquel, cobalto, cobre e manganês), sulfetos ( contendo ferro, zinco, prata, cobre e ouro), além de depósitos de diamante, ouro e fósforo entre outros minerais relevantes, e já foram identificadas  grandes fontes energéticas e minerais, na região da Antártica. Além disto, o Atlântico Sul é uma via de transporte e comunicação fundamental, entre o Brasil e a África, e é um espaço crucial para a defesa dos países ribeirinhos, dos dois lados do oceano.
 
A Argentina tem 5 mil km de costa, sustenta uma disputa territorial com a Grã Bretanha, e tem uma importante projeção no território da Antártida e nas passagens interoceânicas do canal de Beagle e do estreito de Drake. Do outro lado do Atlântico, a África do Sul ocupa o vértice meridional do continente africano, e é um país bioceânico, banhado simultaneamente pelo Atlântico e pelo Indico, com 3000 km de costas marítimas, e cerca de 1 milhão de km2 de águas jurisdicionais, ocupando uma posição muito importante como ponto de passagem entre o “ocidente’ e o “oriente”,  por onde circula cerca de 60% do petróleo embarcado no Oriente Médio, na direção dos EUA e da Europa. Finalmente, a Nigéria e Angola têm 800 e 1600 km de costa atlântica, respectivamente, e as reservas de petróleo do Golfo da Guiné estão estimadas em 100 milhões de barris.
 
Mas não há duvida que o Brasil é o país costeiro  que tem maior importância econômica e geopolítica dentro do Atlântico Sul, com seus 7490 km de costa, e seus 3.600 milhões de km2 de território marítimo, que podem chegar a 4,4 milhões – mais do que a metade do território continental brasileiro – caso sejam aceitas as reivindicações apresentadas pelo Brasil  perante a Comissão de Limites das Nações Unidas: quase o dobro do tamanho do Mar Mediterrâneo e do Caribe, e quase 2/3 do Mar da China.
 
O interesse estratégico do Brasil nesta área vai além da defesa de seu mar territorial, e inclui toda sua  Zona Exclusiva Econômica (ZEE),  por onde passa cerca de 90%  do seu comercio internacional; e onde se encontram, cerca de 90% das reservas totais de petróleo do Brasil, e 82% de sua produção atual; e mais  67% de suas reservas de gás natural. Além disto, o Brasil possui três ilhas atlânticas que tem uma importante projeção sobre o território da Antártida, e que são altamente vulneráveis do ponto de vista de sua segurança.
Apesar disto, o controle militar do Atlântico Sul segue em mãos das duas grandes potências anglo-saxônica.  A  Grã- Bretanha mantém  um cinturão de ilhas e bases navais através do Atlântico Sul, que lhe conferem uma enorme vantagem estratégica no controle da região. E os EUA dispõem de três comandos que operam na mesma área: o USSOUTHCOM, criado em 1963,  o AFRICOM, criado em 2007, e a sua IV Frota Naval criada durante a II Guerra Mundial, e reativada em 2008, com objetivo explícito de policiar o Atlântico Sul.
 
Além disso, as duas potências anglo-saxônicas controlam em comum, a Base Aérea da Ilha de Ascenção, onde operam simultaneamente, a Força Aérea dos EUA, a Força Aérea do Reino Unido e forças dos países da OTAN. Na mesma Ilha de Ascenção estão instaladas estações de interceptação de sinais e bases do sistema de monitoramento global, denominado  Echelon, que permite o monitoramento e  controle de todo o Oceano Atlântico. Caracterizando-se uma enorme assimetria de poder e de recursos entre as forças navais e aéreas, das potencias anglo-saxônicas e da OTAN, e a dos demais países situados nos dois lados do Atlântico Sul.
Neste ponto o Brasil não tem como enganar-se: possui a capacitação econômica e tecnológica para explorar os recursos oferecidos pelo oceano, mas não possui atualmente a capacidade de defender a soberania do seu “mar interior”. A capacitação naval do Brasil foi inteiramente dependente da Grã Bretanha e dos Estados Unidos, pelo menos até a década de 70, e o Brasil segue sendo um país vulnerável do ponto de vista da sua capacidade de defesa de sua costa, e de sua plataforma marítima. E este panorama só poderá ser modificado no longo prazo, depois da construção da nova frota de submarinos convencionais e nucleares que deverão ser entregues à marinha brasileira, entre 2018 e 2045, e depois que o Brasil adquira capacidade autônoma de construção de sua própria defesa aérea. De imediato, entretanto, o cálculo estratégico do Brasil tem que assumir esta assimetria de poder como um dado de realidade e como uma pedra no caminho de sua política de projeção de sua influência  no continente africano, e sobre este seu imenso “mar interior”.

domingo, 9 de março de 2014

Siris mortos chamam a atenção dos banhistas nas praias de Santos, SP.

Animais mortos chamaram atenção dos banhistas (Foto: Arquivo Pessoal / Sergio Willians)
Crustáceos apareceram na beirada d'água, na Praia do Gonzaga;
Populares afirmam que esta não é a primeira vez que isto acontece.

Centenas de siris mortos foram encontrados por banhistas nas praias de Santos, no litoral de São Paulo, neste fim de semana. Os crustáceos apareceram na beirada d'água. A maioria deles estava na Praia do Gonzaga, e no trecho entre o Canal 3 e a Avenida Conselheiro Nébias, no bairro Boqueirão.
De acordo com informações de populares, não é a primeira vez que este tipo de animal aparece morto na região.
A Prefeitura realizou uma coleta nas praias, na manhã deste domingo (9.3.14). Enquanto isso, o Ibama de Santos apontou que o caso agora estará a cargo da Polícia Ambiental, que será a responsável por constatar o que levou a morte de tantos siris em apenas um final de semana.
 


 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Cientistas captam imagens de espécies raras das profundezas do Pacífico

Cientistas do Oceanlab captaram imagens inéditas da vida marinha em uma das mais profundas regiões do Oceano Pacífico (Foto: BBC)

Crustáceos e abadejos estão entre os animais registrados por pesquisadores escoceses.
Cientistas do Oceanlab, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, captaram imagens inéditas da vida marinha em uma das mais profundas regiões do Oceano Pacífico.
Os pesquisadores registraram imagens de uma fossa conhecida como Nova Hebrides, a 7,2 mil metros abaixo da superfície.
A região observada fica em águas tropicais ao leste da região da Nova Caledônia, arquipélago da Oceania.
Entre os animais captados estão raros exemplares de abadejos e crustáceos.
Os pesquisadores disseram ter se surpreendido com a escassa variedade das espécies encontradas.