Localizada entre as duas maiores metrópoles do Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro) e cercada pela imponente Serra do Mar, a baía da Ilha Grande abriga 187 ilhas e ilhotas, criando um cenário de grande beleza paisagística no litoral sul fluminense. Diversas unidades de conservação protegem parte deste patrimônio natural, na tentativa de manter a biodiversidade tanto terrestre como marinha da baía. Porém, esse mosaico de unidades de conservação enfrenta impactos de diversas ordens. Alvo de grande especulação imobiliária, a região sofre pressões como o turismo descontrolado, a pesca predatória, além de instalações portuárias e industriais de alto impacto.
Enrico Marone fez suas primeiras viagens para a baía da Ilha Grande há mais de 15 anos. O mergulho neste universo submarino influenciou sua trajetória profissional e acabou levando-o à Oceanografia. Hoje, Marone se dedica a projetos de conservação marinha ao longo do litoral brasileiro. Na baía de Ilha Grande, atua junto às áreas marinhas protegidas e às comunidades caiçaras de pesca artesanal, no sentido de fortalecer as iniciativas de conservação da biodiversidade e uso sustentável dos recursos da região.
As imagens do ensaio foram captadas ao longo de diversas expedições à baía da Ilha Grande. Durante o projeto de levantamento da biodiversidade marinha da baía, coordenado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com a participação de diversas instituições de pesquisa, Marone foi responsável pela documentação da expedição. O trabalho resultou em uma exposição fotográfica inaugurada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e, posteriormente, montada no Congresso Nacional, em Brasília, em comemoração ao Ano Internacional dos Corais (2008).
Veja o ensaio no link: http://www.oeco.org.br/fotografia/22974-imerso-na-baia-da-ilha-grande-
*Enrico Marone é oceanógrafo, fotógrafo e documentarista. Atualmente, coordena as iniciativas do Programa Marinho do Instituto BioAtlântica, ao longo do litoral brasileiro.
Fonte: O Eco