quarta-feira, 22 de junho de 2011

Biólogo captura beleza da vida marinha em águas russas

22/06/2011 - BBC Brasil

O biólogo russo Alexander Semenov transformou em livro as imagens que ele e seus colegas produziram durante quatro anos de estudos da vida marinha na Estação Biológica do Mar Branco, centro de pesquisas no noroeste da Rússia.
As imagens de Semenov foram feitas em uma região gélida e inóspita, que passa a metade do ano congelada. Ainda assim, as criaturas marinhas fotografadas por ele são ricas em cores.
Ele relata que algumas das criaturas são comuns em diversos lugares do mundo; outras, porém, foram vistas por alguns poucos especialistas até hoje.
A espécie favorita dele é o molusco Coryphella polaris, uma lesma que vive a 30 metros [de profundidade] no escuro e em águas geladas. "É tão bonito", disse ele ao site TreeHugger.
O livro de Semenov já foi lançado na Rússia e agora está sendo traduzido para o inglês.
Veja fotos no link:

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Projeto Temático no BIOTA-FAPESP faz levantamento sobre crustáceos de dez patas no litoral do Estado de São Paulo para montar um catálogo com a técnica do DNA barcoding (Pachycheles riisei – foto Leonardo Pileggi)


Agência FAPESP – Estima-se que existam mais de 17 mil espécies de crustáceos com dez patas, ou decápodes, entre eles os camarões, siris, lagostas, ermitões e caranguejos. Desse grupo, calcula-se que há mais de 600 ocorrentes na costa brasileira. Para o litoral de São Paulo, são conhecidas somente cerca de 350 espécies.
Com o objetivo de aumentar o inventário no litoral paulista, começou no início de 2011 o Projeto Temático “Crustáceos decápodes: multidisciplinaridade na caracterização da biodiversidade marinha do Estado de São Paulo”, realizado no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP.
“Nos próximos cinco anos, esperamos aumentar em cerca de 20% o número de espécies conhecidas de decápodes”, disse o coordenador do projeto, Fernando Luis Medina Mantelatto, professor titular do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP).
A semente do projeto surgiu em 2001 quando Mantelatto fez um pós-doutorado em filogenia molecular nos Estados Unidos. A partir daí veio a ideia de aplicar esse conhecimento na solução de problemas taxonômicos entre os crustáceos decápodes, seu foco de estudo.
O segundo passo foi dado com a criação do Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos da USP em Ribeirão Preto. Tanto o pós-doutorado como o laboratório receberam apoio da FAPESP.
Foi preciso ainda outros dois impulsos importantes, o aprimoramento da biologia molecular e o advento da técnica de código de barras do DNA, ou DNA barcoding.
Depois, foi uma questão de unir esses elementos em torno de um objetivo relevante: conhecer a fauna de crustáceos decápodes que habitam o litoral de São Paulo e mapeá-los geneticamente.
“Há muitas espécies com relevância taxonômica e papel-chave na evolução de alguns grupos, além de outras com grande importância comercial, como os camarões branco, rosa e sete barbas”, disse Mantelatto.
Somente na primeira expedição, os pesquisadores detectaram diferenças populacionais marcantes nessas espécies em relação às áreas de ocorrência no litoral paulista, além de cinco espécies de decápodes ainda não registradas.
“Essa grande biodiversidade do litoral paulista se deve ao fato de se tratar de uma zona de transição faunística com representantes de águas tropicais e águas frias”, disse.
Nos primeiros dois anos do projeto o esforço será o de reunir uma coletânea de espécies de regiões de todo o litoral, o que inclui amostragens em manguezais, praias, costões, ilhas e até áreas de maior profundidade.
Expedições periódicas com cerca de 20 pesquisadores e alunos de diferentes níveis percorrerão essas áreas e coletarão os animais, acondicionando-os em gelo ou álcool 80%, medidas necessárias para a análise molecular.
“Nesse esforço, serão realizadas coletas manuais, com armadilhas, por meio de barcos de arrasto, mergulhos livres ou com equipamento autônomo. Além das coletas, visitas a diferentes instituições e museus do Brasil e do exterior estão previstas para a identificação das espécies”, contou Mantelatto.
Uma vez no laboratório, as espécies serão identificadas e o DNA será extraído da musculatura e sequenciado para formar o código de barras de cada espécie. Esse código será depositado em um banco de dados que reúne genes de espécies do mundo todo, o GenBank, mantido pelo National Center for Biotechnology Information, nos Estados Unidos.
Vertentes da biologia molecular
Uma das grandes contribuições desse projeto, de acordo com Mantelatto, será o de estabelecer o status taxonômico de espécies crípticas, que reúne indivíduos de morfologia praticamente idêntica, mas distinta em aspectos genéticos e larvais. “Com isso, podemos desmembrar alguns dos chamados ‘complexos de espécies’ em uma ou em várias espécies”, disse.
Com o projeto principal, ocorrerão em paralelo dois subprojetos. Um deles envolve a ecologia populacional e a genética populacional. Será feito um levantamento por estimativa das populações mais recorrentes no litoral e também daquelas espécies que sejam de relevância econômica para a região. Esses dados poderão contribuir para a sustentabilidade da pesca.
O outro subprojeto focará a espermeotaxonomia das espécies de grande relevância taxonômica e/ou econômica. Essa é uma ferramenta importante para a diferenciação entre espécies, além de fornecer subsídios para medir a capacidade reprodutiva dos animais.
“Com os subprojetos, esse trabalho de pesquisa reúne três vertentes da biologia: taxonomia molecular, ecológica e reprodutiva”, disse o professor da USP, frisando o caráter multidisciplinar do Projeto Temático.
Além de Mantelatto, estão envolvidos professores da Unesp dos campi de Assis, Bauru e Jaboticabal e outros dez pesquisadores do Brasil e do exterior, de instituições da Alemanha, Chile, Costa Rica, Espanha, México e Estados Unidos.
Também atuam no Temático diversos bolsistas FAPESP em diferentes níveis (Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado, Pós-Doutorado e TreinamentoTécnico).
“A natureza multi e interdisciplinar do projeto trará uma relevante contribuição para o conhecimento dessa fauna marinha de São Paulo, para a preservação da biodiversidade do Estado e para o consequente aumento da visibilidade desse conhecimento no cenário nacional e internacional”, disse Mantelatto.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Cientistas induzem célula a emitir raio laser - proteína de água-viva.

Cientistas americanos induziram uma célula a produzir luz laser, diz um artigo publicado na revista científica Nature Photonics.

A técnica se baseia em uma célula que foi programada geneticamente para produzir uma proteína - encontrada naturalmente em uma espécie de água-viva - capaz de emitir luz.
Quando a célula é iluminada com uma tênue luz azul, passa a emitir luz laser verde direcionada.
O trabalho pode ter aplicações na geração de imagens microscópicas de qualidade superior e também em tratamentos médicos que utilizam luzes.
A luz laser se diferencia da luz normal porque ela tem um espectro mais reduzido de cores, como ondas de luz que oscilam juntas, em sincronia.
As formas mais modernas de laser utilizam materiais sólidos construídos cuidadosamente para produzir lasers usados em diversos aparelhos eletrônicos, entre eles, escaneadores de supermercados, tocadores de DVDs e robôs industriais.
Avanço
O trabalho dos cientistas Malte Gather e Seok Hyun Yun, do Wellman Center for Photomedicine do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, estabelece um precedente importante: esta é a primeira vez que um organismo vivo produz a luz laser.
A dupla usou uma proteína verde fluorescente (Green Fluorescent Protein, ou GFP, na sigla em inglês) como um meio de ganho, para a amplificação da luz.
Objeto de muitos estudos, a molécula GFP - encontrada originariamente em uma espécie de água-viva - revolucionou a biologia ao agir como uma "lanterna" que pode iluminar sistemas vivos.
Gather e Yun programaram células do rim humano para produzir GFP.
Banhadas em Luz
As células foram colocadas, uma de cada vez, entre dois minúsculos espelhos com 20 milionésimos de um metro de comprimento.
Os espelhos funcionaram como uma "cavidade laser" na qual raios de luz foram refletidos múltiplas vezes, banhando a célula.
Quando a célula foi exposta à luz azul, passou a emitir luz verde intensa e direcionada.
As células continuaram vivas durante e depois do experimento.
Em uma entrevista que acompanha o artigo na Nature Photonics, os cientistas observaram que o sistema vivo é "auto-regenerativor". Ou seja, se as proteínas que emitem luz são destruídas no processo, a célula simplesmente produz mais proteínas.
"Em terapias baseadas em luz, diagnóstico e geração de imagens, as pessoas procuram formas de transportar luz emitida por uma fonte externa de laser para um ponto profundo no interior do tecido."
"Agora, podemos abordar o problema de outra forma: amplificando a luz no (próprio) tecido".

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cientistas brasileiros criam antibiótico com ouriço-do-mar

O estudo mostrou que uma proteína presente no ouriço-do-mar eliminou com maior eficiência as bactérias que causam infecções intestinais, renais e pulmonares. [Imagem: MCT]

Ouriçando as infecções
Cientistas da Universidade Católica de Brasília (UCB) descobriram no ouriço-do-mar uma substância com a qual pretendem desenvolver um antibiótico para ajudar no combate às infecções hospitalares.
Os estudos, que ainda estão em andamento, mostram que uma proteína presente nos animais eliminou com maior eficiência as bactérias Escherichia coli, Salmonella, Proteus e Klebsiella, que causam infecções intestinais, renais e pulmonares.
Antibiótico natural
Cientistas da Universidade Católica de Brasília (UCB) descobriram no ouriço
Há 15 anos trabalhando com antibióticos, o pesquisador Octávio Franco do Centro de Ciências Genômicas e Biotecnologia da UCB, coordena dois projetos que buscam o controle dessas doenças por meio de compostos extraídos de animais marinhos.
No início dos estudos foram analisadas cerca de 30 espécies de invertebrados, mas foi o ouriço-do-mar que se mostrou mais eficiente.
"Foi um sucesso porque descobrimos uma coisa nova num organismo tipicamente nacional e que funciona muito bem; além de ser totalmente natural", comemora o pesquisador.
Antibióticos alternativos
O Centro de Ciências Genômicas trabalha com uma série de antibióticos e detém cinco patentes. Seu foco é encontrar princípios ativos alternativos aos convencionais, em geral fungos e bactérias.
Franco explica que, com o passar do tempo, as bactérias causadoras de infecção hospitalar tornam-se resistentes aos medicamentos convencionais, e "desta forma é preciso buscar outras fontes de fármacos", diz.
Segundo ele, o que despertou o interesse do grupo por animais marinhos foi a capacidade deles de se adaptarem muito bem a ambientes extremamente agressivos e competitivos, cheios de microorganismos.
"Então, basicamente os escolhendo pela alta capacidade de resistência a agressividade ambiental que enfrentam. Acabamos usando deles o que a natureza levou milhões de anos para desenvolver", diz Franco.
Cidade sem mar
Os cientistas da UCB, que trabalham em rede com grupos da Bahia, Inglaterra, Estados Unidos, Austrália e Cuba, receberam exemplares de diversas espécies da costa brasileira e do Caribe para as pesquisa.
Essa articulação foi necessária, diz Franco, porque Brasília está muito longe da faixa litorânea. O trabalho cooperativo permite economia com o deslocamento de uma grande equipe e na infraestrutura para a coleta marinha.
Burocracia que entrava a ciência
O pesquisador conta que o antibiótico se mostrou eficaz em laboratório e que aguarda o desenrolar do processo de patenteamento. Franco diz, que, além da falta de experiência com a burocracia nos trâmites para essa finalidade a equipe ainda tem que enfrentar outras questões para prosseguir com os testes clínicos.
"Encontramos muitas dificuldades hoje no País para fazer com que um fármaco aconteça. É muita burocracia a ser enfrentada e isso atrapalha muito", desabafa. Em sua opinião, "é muito mais fácil se descobrir um antibiótico do que colocá-lo no mercado", critica o cientista.
Franco diz que "é extremamente frustrante saber que temos uma série de compostos estudados e que grande parte deles, não se transformará em benefício real à população", lamenta.
Interesse nos lucros
Ainda de acordo com o professor, atrair o interesse de empresas multinacionais produtoras de fármacos é "realmente problemático", pois elas geralmente trabalham com a perspectiva de alto lucro "e não se interessam em investir em medicamentos que trarão retorno apenas razoável, como antibióticos".
De qualquer maneira ele diz que não se pode parar com as pesquisas. Para ele, um dos meios de se vencer parte desse entrave "é o governo, além dos estudos, investir também nas empresas, principalmente as de pequeno porte que atuam no ramo da produção de medicamentos".
Consumo de antibióticos
Estudo divulgado no mês passado pela Revista Panamericana de Saúde Pública aponta que entre 1997 e 2007 aumentou em 10% o consumo médio de antibióticos nos oito países de maior mercado farmacêutico da América Latina. Os autores do levantamento analisaram indicadores de venda de antibióticos com e sem prescrição médica em farmácias, clínicas privadas e hospitais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, Uruguai e Venezuela.
Como parâmetro eles usaram a Dose Diária Definida (DDD) por mil habitantes. Isso significa que 10 pessoas em cada grupo de mil consomem uma dose diária de antibiótico. Indica o levantamento que enquanto em 1997 o consumo promédio foi de 10,92 DDD, em 2007 se elevou para 11,99 DDD, o equivalente a um aumento de 9,8%.
Em 1997, o consumo mais alto de antibiótico foi registrado no México (15,69 DDD), seguido da Argentina (14,37), Chile (14,07), Colômbia (12,17) e Venezuela (11,18). O menor uso foi registrado no Peru (7,91), Brasil (6,51) e Uruguai (5,43).
Dez anos depois a lista é encabeçada pela Argentina (16,64), seguida da Venezuela (15,99), Peru (13,50), México (13,26) e Chile (12,53). O consumo mais baixo foi registrado no Brasil (7,01), Colômbia (8,07) e Uruguai (8,9).

terça-feira, 7 de junho de 2011

Cientistas anunciam plano para proteger carbono azul

Cientistas anunciam plano para proteger carbono azul
Ação urgente é necessária para desacelerar as emissões de carbono causadas pela destruição e degradação dos ecossistemas marinhos, que armazenam até 50 vezes mais carbono do que florestas.

A destruição dos ecossistemas costeiros como manguezais, brejos e terrenos alagadiços à beira-mar, que armazenam grande quantidade de carbono, está liberando grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) no oceano e na atmosfera, de acordo com o Grupo de Trabalho Internacional para Carbono Azul Costeiro.
O grupo, formado por 32 cientistas de 11 países, revelou em reunião em Paris que o conhecimento existente sobre estoques de carbono e emissões causadas pela degradação ou conversão de ecossistemas costeiros é “suficiente para justificar ações imediatas de melhoria do manejo desses ecossistemas”.
O Grupo de Trabalho foi criado como um passo inicial no avanço das metas científicas, políticas e de manejo da Iniciativa Carbono Azul, cujos membros fundadores incluem a Conservação Internacional (CI), a União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN, da sigla em inglês), e a Comissão Intergovernamental Oceanográfica (IOC) da UNESCO.
Apelidado de “carbono azul” por sua habilidade de seqüestrar e armazenar grandes quantidades de carbono, tanto nas plantas quanto nas camadas mais profundas do solo, esses ecossistemas marinhos podem conter até cinco vezes mais carbono do que em florestas tropicais. Em algumas áreas eles contêm até 50 vezes mais carbono do que em algumas áreas de florestas.
“Há algum tempo já sabemos da importância dos ecossistemas costeiros para a pescaria e a proteção contra tempestades e tsunamis. Agora estamos vendo que, se destruídos ou degradados, esses ecossistemas costeiros se tornam grandes emissores de CO2, e essa emissão é feita de forma lenta, por muitos anos. Em outras palavras, é como uma hemorragia longa e lenta, difícil de estancar. Então, precisamos urgentemente interromper a perda desses ecossistemas ricos em estoque de carbono para desacelerar as mudanças climáticas”, afirma Emily Pidgeon, diretora do Programa Marinho de Mudanças Climáticas da Conservação Internacional.
A drenagem de terrenos alagadiços à beira-mar, como manguezais e brejos, libera um quarto de milhão de toneladas de CO2 por quilômetro quadrado de solo perdido. Dados globais mostram que brejos e manguezais estão sendo degradados ao longo das regiões litorâneas de todo o mundo a um ritmo acelerado. Entre 1980 e 2005, 35 mil quilômetros quadrados de manguezais foram destruídos globalmente – uma área do tamanho da Bélgica. Essa área ainda continua a liberar até 0.175 giga-toneladas de CO2 a cada ano – equivalente às emissões anuais de países como a Holanda ou a Venezuela.
“Estudos científicos têm demonstrado que, apesar de alguns manguezais, terrenos alagadiços e brejos representarem menos de 1% da biomassa total das plantas em terra, neles circulam quase a mesma quantidade de carbono que nos 99% restantes. Dessa forma, o declínio desses ecossistemas tão eficientes em estocar carbono é uma causa válida de preocupação”, alerta Wendy Watson-Wright, diretor da IOC.

No decorrer de reuniões em Paris, cientistas apresentaram as prioridades e recomendações para ações imediatas, que incluem:

• Intensificação nas pesquisas nacionais e internacionais, tais como desenvolvimento de metodologias de inventário e contabilidade para carbono costeiro; realização de inventários de carbono; realização de pesquisa e monitoração para quantificar com mais precisão as emissões de gases de efeito estufa causados pela perda de ecossistemas costeiros; e o estabelecimento de rede de demonstrações em campo para aumentar a capacitação e colaboração de comunidades.

• Melhoria do manejo local e regional: tais como identificar e reduzir as principais causas da degradação de sistemas costeiros ricos em carbono – entre elas o desenvolvimento urbano, a agricultura, a aquicultura, a poluição, a drenagem e a introdução de construções artificiais –, o reforço das políticas de proteção de sistemas costeiros ricos em carbono e a restauração de sistemas perdido-degradados.

• Maior reconhecimento internacional dos ecossistemas costeiros ricos em carbono: por meio de entidades internacionais estabelecidas tais como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC) e a Convenção-Quadro das Nações Unidas Sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

Os cientistas enfatizaram que a melhoria no manejo de ecossistemas costeiros não visa a se tornar um bloqueio para o desenvolvimento dos países, e sim uma estratégia para priorizar a conservação de zonas costeiras específicas, únicas, de alto potencial para estocar CO2. Eles recomendam que os tomadores de decisão reconheçam mais os serviços vitais que essas áreas oferecem à humanidade e priorizem sua proteção.
“A capacidade das zonas costeiras de reduzir a mudança climática ao capturar e armazenar CO2 é considerável, mas tem sido ignorada”, declara Jerker Tamelander, gerente de Oceanos e de Mudança Climática da IUCN. “Se valorizados e geridos adequadamente, os ecossistemas costeiros podem ajudar muitos países a cumprir com suas metas de mitigação ao mesmo tempo em que ajudam com a adaptação em áreas costeiras vulneráveis.”
O grupo de trabalho se reunirá novamente em agosto e continuará seu estudo científico colaborativo. A Fundação Waterloo, a NASA e o Programa Ambiental das Nações Unidas (Pnuma) financiaram os trabalhos do grupo.
###
Para ler todas as recomendações dos cientistas, visite: http://bit.ly/gJoT7k
Imagens disponíveis mediante solicitação
Para solicitações de entrevistas e mais informações:
Gabriela Michelotti – gerente de comunicação da Conservação Internacional
Tel. +55 61 3226-2491 g.michelotti@conservation.org
Kim McCabe, diretora de comunicação da Conservação Internacional
Tel. +1 703-341-2546; kmccabe@conservation.org
Borjana Pervan, assessor de imprensa da IUCN; t +41 22 999 0115, borjana.pervan@iucn.org
Agnes Bardon, assessor de imprensa da UNESCO
Tel. +33 (0)1 45 68 17 64, a.bardon@unesco.org