terça-feira, 14 de maio de 2013

Cientistas encontram comunidade de animais no fundo do mar nos EUA

Mexilhões ficam a 1,6 mil metros de profundidade, aonde não chega luz.
Bactérias produzem energia a partir de metano.
 
Caranguejo caminha entre mexilhões a 1,6 mil metros de profundidade (Foto: Deepwater Canyons 2013 - Pathways to the Abyss, NOAA-OER/BOEM/USGS)
Uma expedição científica ao fundo do mar dos Estados Unidos encontrou uma nova comunidade de animais que sobrevivem longe da luz do sol graças à capacidade de gerar energia a partir de substâncias químicas.
A Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) enviou um submarino operado remotamente para investigar uma área do fundo do mar de onde saíam bolhas – os cientistas já desconfiavam que as bolhas pudessem sinalizar a produção de energia por meio de elementos químicos.
A operação foi feita a 1,6 mil metros de profundidade, na região do Cânion Norfolk, perto da costa do estado da Virgínia.
O submarino encontrou mexilhões vivos, que comprovaram a existência de uma cadeia alimentar longe da luz do sol. Dentro das conchas dos mexilhões vivem bactérias capazes de fazer a chamada quimiossíntese. Essas bactérias produzem energia a partir de moléculas de metano.
Com equipamentos feitos especificamente para revelar imagens apesar da escuridão do local, os cientistas puderam ver comunidades de mexilhões que se espalhavam por uma área com mais de 10 metros de raio. Além disso, também foram encontrados no local espécies de peixes e de animais invertebrados, como o pepino do mar.
O submarino coletou ainda lama do fundo do mar para análise em laboratório, para conhecer mais sobre a fauna da área, e os resultados ainda vão ser divulgados.
Fonte:Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês)