sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

7 Maneiras inteligentes de proteger os corais


Algumas atitudes muito pouco sustentáveis tomadas pela humanidade, nas últimas décadas, têm acabado com os recifes de corais do planeta. As mudanças climáticas, crescimento das populações litorâneas, e, principalmente, a pesca predatória, já dizimaram um quinto dos corais da Terra.Sabendo do papel fundamental que eles têm na vida marinha, cientistas estão desenvolvendo sete maneiras de conservar os recifes de corais, o mais intactamente possível, para as futuras gerações.
Confira a lista:

1. Proteger os peixes que se alimentam de algas
Peixes comedores de algas são fundamentais para manter o equilíbrio da vida marinha, porque algumas delas inibem o crescimento de jovens corais. Proteger reservas marinhas permite a sobrevivência de uma quantidade abundante dessas espécies de peixe, o que por consequência ajuda a proteger os corais.

2. Multar quem danifica os corais
No começo de 2009, um navio americano atravessou e devastou um recife em Honolulu, Havaí (EUA), e pagou caro: 7 milhões de dólares. Os corais foram restaurados com esse dinheiro, um custo para levar mergulhadores suficientes para realocar 5.000 colônias de coral em seus lugares de origem.
As multas são uma forma que o governo achou para “incentivar” as pessoas a tomar cuidado com as barreiras de coral, especialmente em operações da marinha.

3. Mapear as áreas de recifes
Nesta era de fotos aéreas e acompanhamentos por satélite, não foi difícil para cientistas dos EUA mapear mais de 9.000 km² de recifes de corais. As expedições são parte de um programa para se entender, em cada área, onde estão os corais a serem protegidos e o que é necessário fazer.
Alguns recifes têm sofrido particularmente com a poluição do mar e a pesca indiscriminada. O estudo deve “dedurar” que países são responsáveis pelos danos de determinado recife, e fazer algo para frear a destruição.

4. Reconstruir corais com choques elétricos
Você sabe o que é Biorock? É um método aperfeiçoado por cientistas para reconstruir recifes a partir de choques elétricos. São instaladas barras metálicas em meio aos corais, e pequenos impulsos elétricos ajudam a acumular calcário, que é a base para a formação das paredes dos recifes.
Mesmo sob condições adversas de meio ambiente (e aí se destaca o aquecimento da água do mar), a tecnologia apresenta bons resultados.

5. Recolocar corais com balões submarinos
Existe até uma organização para isso: “Fundação dos Balões de Recifes”. A tecnologia implica em mergulhar estas esferas flutuantes para monitorar e controlar o posicionamento dos corais que foram arrancados de seu habitat natural.
Entre 3 e 5 anos, segundo a fundação, é possível recuperar um recife danificado, porque o posicionamento dos corais gera nutrientes.

6. Enaltecer a importância econômica de recifes
Importâncias econômicas dos corais: proporcionam comida para milhões de pessoas, atraem turistas para áreas tropicais e protegem a costa litorânea de tempestades. Segundo um órgão ambiental americano, o lucro que os corais proporcionam ao planeta, direta e indiretamente, é de 375 bilhões de dólares por ano.
Acredita-se que algumas pessoas que praticam atividades marinhas não seriam tão negligentes em relação aos corais se soubessem disso.

7. Encarar a situação como ela é
Os corais já estão de fato enfraquecidos. Todas as medidas listadas acima têm agora o papel de minimizar os danos, e não de evitá-los. É o que afirma um pesquisador da Universidade de Queensland (Austrália), região onde se encontra a maior barreira de corais do mundo.
Esse reconhecimento da situação, segundo o cientista, é ideal para que o problema seja tratado, desde já, com a seriedade que merece. [MSNBC]