terça-feira, 16 de setembro de 2014

‘Caranguejo verde’ garante sustentabilidade à cadeia produtiva do crustáceo

O caranguejo-uçá é o destaque no cardápio de bares e restaurantes no Nordeste.        Foto: Ibama
 
Agora é política pública. A captura, acomodação e transporte do caranguejo-uçá das áreas de mangue do Piauí, Maranhão, Ceará e Pará até o consumidor final deve seguir um processo tecnológico desenvolvido pela Embrapa Meio-Norte (PI), que se popularizou com o nome de “caranguejo verde”. O processo organiza ecologicamente a cadeia produtiva do crustáceo, garantindo padrões corretos de captura, estocagem e transporte desse animal vivo, levando sustentabilidade à atividade pesqueira.
A Instrução Normativa número 09, de 02 de julho de 2013, do Ministério da Pesca e Aquicultura e do Ministério do Meio Ambiente, que acaba de entrar em vigor e que tem o processo tecnológico da Embrapa como base, define padrões e afasta a ameaça de quebra da cadeia produtiva do caranguejo-uçá com ações predatórias. Técnicos do Ibama e do Instituto Chico Mendes estão monitorando a atividade e orientando os pescadores a cumprirem a Instrução. Ainda não foram definidas as penalidades para quem desobedecê-la.
Desenvolvido pelo pesquisador Jefferson Legat, o processo tecnológico que deu origem ao caranguejo verde é uma ação para estancar crimes ambientais nas áreas de mangue. O processo gerou um documento em forma de cartilha (http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/106193/1/Cartilha-caranguejo-Biologia.pdf) e define as etapas da atividade pesqueira do caranguejo-uçá, afastando a pressão nos mangues.
O processo é simples e eficaz. O braceamento, por meio do qual o catador coloca o braço na toca do animal e o retira com a mão, é o método de captura que provoca menos danos ao caranguejo-uçá. Portanto, é o indicado. Os crustáceos, em número de 80, no máximo, devem ser transportados soltos e acondicionados em caixa de plástico, um recipiente com mais espaço e seguro. É recomendado também que os animais fiquem divididos em faixas de espuma umedecida com água, o que reduz o nível de estresse. Com essas recomendações, a taxa de mortalidade cai de 55% para 5%.
 
Sucesso no comércio e na mesa
A vida do maior e mais famoso vendedor de caranguejo-uçá do Nordeste brasileiro mudou com o processo tecnológico do caranguejo verde. Francisco Querino Lourenço, o Chico do Caranguejo, foi o primeiro comerciante a aderir à tecnologia e garante que ela “deveria ter surgido há pelo menos 100 anos”.
Instalado há 33 anos com uma barraca na praia do Futuro, em Fortaleza, ele conta que dos cerca de 40 mil caranguejos que compra todo mês da área de mangue do Delta do Rio Parnaíba, nos estados do Piauí e Maranhão, nem 5% chegam mortos. “Antes, de 40 mil caranguejos que eu trazia apenas 18 mil chegavam vivos. O prejuízo ao comércio e ao meio ambiente era muito grande”, lembra.
Chico do Caranguejo é a garantia do caranguejo de qualidade. Ele repassa, todo mês, cerca de 20 mil crustáceos a 166 pontos comerciais da capital cearense, entre bares e restaurantes.
“Olha que interessante! Esse processo, além de preservar o meio ambiente e a espécie, nos garante um alimento de qualidade”, disse, surpresa, a fonoaudióloga Cheyla Alencar, piauiense de Pio Nono, que passa férias em Fortaleza, ao ser informada sobre o caranguejo verde. Ela, o marido, Ednaldo Alencar, e a irmã Charla Sousa, aprovaram a ideia do processo tecnológico.
Conhecido nacionalmente, o Beach Park é outro cartão de apresentação do caranguejo verde. Situado na praia Porto das Dunas, em Aquiraz, a 15 quilômetros de Fortaleza, o parque aquático tem no caranguejo seu maior destaque no cardápio. “O processo já fala por si só”, diz o chef corporativo Bernard Twardy, um dos entusiastas do caranguejo verde.
Nascido em Bonn, na Alemanha, e vivendo há 30 anos no Brasil, Bernard conta que de janeiro a julho deste ano o parque já recebeu do fornecedor Paulo César Aguiar, 106 mil caranguejos, todos capturados, acomodados e transportados obedecendo ao processo tecnológico desenvolvido pela Embrapa. Aguiar também traz caranguejo do Piauí, Maranhão e Pará.
Para o português Vitor Hugo Teixeira, que mora em Lisboa e passa férias todo ano com a mulher e os dois filhos em Fortaleza, o caranguejo verde é uma segurança para o consumidor. “Fiquei contente em saber dessa tecnologia. Ela dá segurança a quem está consumindo o crustáceo. Penso que todos os donos de bares e restaurantes deveriam adotar esse caranguejo verde,” sugere.

Monitoramento e orientação
Com eficiência comprovada, o processo do caranguejo verde recebe apoio de instituições públicas e de uma organização não governamental. Também trabalham no monitoramento do desembarque de caranguejos no porto dos Tatus, no município de Ilha Grande, no litoral do Piauí, pesquisadores das universidades federal e estadual e da ONG Comissão Ilha Ativa (CIA).
A ação é uma das atividades dos projetos “Fortalecimento das Comunidades Tradicionais da Ilha Grande Santa Isabel para conservação” e “Manejo Sustentável dos Recursos Naturais”, conduzido pela CIA.
A pesquisadora Fabíola Fogaça, da Embrapa Meio-Norte, coordena as ações de pesquisa e é responsável pelo levantamento de informações sobre o extrativismo do pescado. O projeto é financiado pela Tropical Forest Conservation ACT, instituição norte-americana.
“Vejo esse processo da Embrapa como o marco zero para a regulamentação do trabalho dos catadores de caranguejo-uçá, evitando, assim, a extinção da atividade no Delta do Parnaíba”, diz a bióloga Liliana Oliveira, da Comissão Ilha Ativa. Segundo ela, já há sustentabilidade na cadeia produtiva do crustáceo, “mesmo existindo ações predatórias, que são pontuais e controladas”.
A oceanógrafa Silmara Erthal, do Instituto Chico Mendes, tem a mesma opinião de Oliveira. “O processo afasta a possibilidade de extinção da cata do caranguejo-uçá”, garante. Já o professor João Marcos de Góes, da Universidade Federal do Piauí e doutor em zoologia, reforça o pensamento da bióloga. Para ele, a Instrução Normativa “é uma política mitigadora do problema”.
O professor, no entanto, acredita que há necessidade de mais estudos sobre toda a cadeia produtiva do caranguejo-uçá. “É preciso um conhecimento geral da população de animais nas áreas de mangue”, sentenciou. Góes é biólogo e trabalhou, como bolsista, nas pesquisas que resultaram no processo do caranguejo verde. No trabalho, ele descobriu que o caranguejo atinge a maturidade sexual entre 3 e 4 centímetros de comprimento. “Isso foi importante, pois a lei que protege os caranguejos determina que eles só podem ser capturados com tamanho superior a 6 centímetros de comprimento”, destacou.
O caranguejo-uçá, cujo nome científico é Ucides cordatus, habita todos os 25 mil quilômetros quadrados de área de mangue do Brasil, que são distribuídos em mais de 7 mil quilômetros da orla litorânea – do extremo norte do Amapá até Santa Catarina. Segundo estudos da Embrapa Meio-Norte, o caranguejo-uçá tem pouca gordura, alto teor de proteínas e é fonte de minerais.
Riqueza ambiental e fonte de renda
Na área de mangue, nos anos 2000, segundo um estudo da Embrapa, cerca de 20 milhões de caranguejos eram capturados anualmente para o consumo dos próprios pescadores e para exportação. Hoje, não há uma estimativa do número de captura desses crustáceos. No Piauí e Maranhão, capturar caranguejo é uma atividade que ocupa pelo menos 7 mil pessoas, sendo a principal fonte de renda.
A captura de caranguejo para exportação acontece sempre de terça-feira a sábado. Os compradores sobem o rio Tatus, braço do rio Parnaíba, em barcos de médio porte, logo no início da manhã e só voltam à noite. A negociação é feita no meio do rio. Caranguejos com mais de 6 centímetros de carapaça são ao mais valorizados: custam R$ 1,50. Já os que têm apenas 6 centímetros são vendidos por R$ 1,00. Nos bares e restaurantes de Fortaleza, por exemplo, uma porção com quatro caranguejos pode custar de R$ 19 a R$ 42.
Por Fernando Sinimbu (654 MTb/PI), Embrapa Meio-Norte, no EcoDebate, 16/09/2014

 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cientistas identificam ‘camarão gigante’ encontrado nos EUA


O camarão gigante que havia sido capturado na semana passada, por um pescador na Flórida, Estados Unidos, foi analisado por cientistas. Os especialistas confirmaram a hipótese de que o animal seria uma tamarutaca, e não um camarão. As informações são do site IFL Science.
Segundo a publicação, tamarutaca, ou “camarão mantis”, é o nome popular dado ao crustáceo marinho Gonodactylus smithii. Embora seja parecido com um camarão, esse animal pertence à classe Stomatopoda e, na realidade, se alimenta de camarões. Leia mais ao final.
De acordo com o professor de biologia interativa da Universidade da Califórnia, Roy Caldwell, que identificou o animal, esse crustáceo é um predador marinho, conhecido pelas suas grandes garras.
“Eles podem viver por até 30 anos e alcançam, em média, 38 centímetros de comprimento”, disse ele. O animal encontrado pelo pescador, na última quinta-feira, tinha 45 centímetros de comprimento, ou seja, a descoberta ainda trata de um animal que possui um tamanho acima da média para sua espécie.
Também chamada de “boxeador”, a tamarutaca é veloz e seu soco pode atingir uma velocidade máxima de 80 quilômetros por hora, dentro da água. Ela possui tanta força que pode quebrar o vidro de um aquário.

Ordem Stomatopoda.
Estomatópode é o nome comum dado aos crustáceos marinhos classificados na sub-classe Hoplocarida, ordem Stomatopoda. Existem cerca de 400 espécies, caracterizadas principalmente pela morfologia de sua segunda pata torácica, que é modificada em apêndice subquelado, lembrando uma pata de louva-a-deus.
Os estomatópodes são predadores ativos que caçam presas com o auxílio de um sentido de visão muito apurado e capaz de interpretar polarização no espectro ultravioleta e infravermelho). Apresentam uma grande variação de tamanho, que pode ir de poucos milímetros até aproximadamente 40 cm nas espécies maiores. Eles vivem em fundo consolidado, lodoso ou ainda arenoso, onde cavam seus buracos ou aproveitam-se dos orifícios deixados por outros animais para neles se instalar. São animais exclusivamente carnívoros, alimentando-se de camarões, caranguejos, moluscos, peixes e até mesmo outros da mesma ordem. O segundo par de patas, muito desenvolvido, é usado tanto para atacar a presa como para se defender. O urópodo, quando aberto, também funciona para defesa, como um escudo, fechando a galeria em que o animal esteja instalado. A fêmea desova no local onde se abriga e, em caso de perigo, enrola os ovos como uma bola, prendendo-os junto ao corpo até encontrar um abrigo mais protegido.
Também conhecidas como esquilas ou lagosta-boxeadora, espalhadas pelas costas dos mares tropicais e subtropicais. Além das patas, elas apresentam uma silhueta característica, devido ao grande comprimento aparentemente de seu abdómen. Os ovos ficam ligados por uma massa gelatinosa que a mãe carrega contra o ventre até que eclodem, limpando-os sem parar.
São animais que apresentam comportamentos sociais muito variados, desde ameaças visuais contra predadores até comportamentos de corte. De acordo com a anatomia da sua pata raptorial é possível distinguir entre dois grupos funcionais, as perfuradoras (spearers) ou as esmagadoras (smashers), sendo que cada um dos tipos apresenta sua própria variação comportamental e até mesmo de habitat.
As maiores esmagadoras, tais como exemplares de Odontodactylus scyllarus, são capazes de desferir um dos mais rápidos e violentos golpes do reino animal, um soco que pode apresentar a aceleração de um tiro calibre .22 (equivalente a 720km/h) e uma força de impacto de 60 kg/cm². Essa força esmagadora é a responsável pelo seu título de "lagosta-boxeadora" e é capaz de facilmente quebrar a carapaça de um caranguejo, as conchas duras e calcificadas de gastrópodes ou até mesmo quebrar o vidro reforçado de um aquário.
Estomatópodes podem ser encontrados em quase todo o litoral brasileiro, mas não são animais fáceis de se observar pelos seus hábitos mais furtivos. Devem ser manuseados com muita cautela pois são animais preparados para se defender com força, caso sejam incomodados.

Visão


Esses animais possuem o mais complexo sistema de visão de cores do mundo animal, porque eles podem ver 16 cores primárias, por possuirem 16 pigmentos diferentes em sua retina.
Nossos olhos possuem três tipos desses receptores - que respondem à luz azul, verde e vermelha -, que nos permitem perceber o espectro de cores que vemos. Os cães contam com apenas dois tipos de cones (verde e azul), e é por isso que eles vêm tons de azul, verde e um pouco de amarelo. Muitos anfíbios, répteis, aves e insetos possuem quatro tipo de cones, o que significa que espécies dessas classes conseguem ver cores que o nosso cérebro é incapaz de processar. Algumas espécies específicas de borboletas e possivelmente pombos possuem cinco cones de percepeção de cor, o que aumenta ainda mais a quantidade de pigmentos que eles são capazes de perceber. O sistema de visão dos estomatópodes possui doze cones sensíveis à luz e outros quatro que filtram a luz (16 cones no total), o que lhes permite ver cores polarizadas e imagens multiespectrais.
Como cada cone pode ver cerca de 100 cores, os estomatópodes são capazes de ver 10¹² cores, ou seja, 1 trilhão de cores. Em comparação, o olho humano vê 106 cores, ou seja, 1 milhão de cores apenas. A visão dos estomatópodes é sensível à luz ultravioleta, mas ainda é desconhecido se ela pode distinguir a luz infravermelha.
Assista ao vídeo a seguir e presencie a força deste crustáceo.
http://youtu.be/R5Z25nY03Yw

 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Cientistas não sabem como classificar misterioso ‘cogumelo’ marinho

Uma espécie de “cogumelo” marinho encontrada na costa australiana vem intrigando cientistas – eles não conseguiram encontrar nenhuma classificação para o organismo dentro dos grupos já existentes do reino animal.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, disse que o minúsculo ser vivo não se encaixa em nenhuma das subdivisões e espécies dos animais conhecidos. Uma situação como essa é bastante rara e só aconteceu pouquíssimas vezes nos últimos 100 anos.
O organismo foi originalmente encontrado em 1986 e é descrito pelos cientistas em um artigo no jornal acadêmico Plos One. De acordo com os autores, é possível notar várias semelhanças com os seres vivos de corpo mole bizarros e enigmáticos que viveram entre 635 e 540 milhões de anos atrás, no período da história terrestre chamado “Período Ediacarano”.
Esses organismos também foram muito difíceis de classificar quando foram descobertos. Alguns cientistas chegaram a sugerir que eles fossem “falhas de experiências da natureza na vida pluricelular”.
Os autores do estudo reconhecem duas novas espécies de animais em forma de cogumelo: Dendrogramma enigmatica e Dendrogramma discoides. Medindo apenas alguns milímetros de tamanho, os animais consistem basicamente em um disco achatado e uma haste com uma boca na extremidade.
Durante um cruzeiro científico de 1986, cientistas coletaram esses organismos a uma profundidade de 400 a 1 mil metros no sudeste da costa australiana, perto da Tasmânia. Mas os dois tipos de organismos – que tinham uma forma parecida com a de um cogumelo – foram reconhecidos apenas recentemente, após a triagem das amostras globais coletadas à época durante a expedição.
“Encontrar algo assim é extremamente raro, talvez tenha acontecido somente quarto vezes nos últimos cem anos”, disse à BBC o coautor do artigo científico, Jorgen Olesen, da Universidade de Copenhagen. “Nós acreditamos que eles pertencem a alguma parte do reino animal; a questão é qual”.
Mistério – O sistema utilizado para agrupar todas as formas de vida na Terra abrange vários níveis, ou “ranques taxonômicos”. Um domínio é o ponto mais alto no ranque taxonômico e abaixo dele está um reino. Tradicionalmente, os biólogos reconhecem cinco ou seis reinos, incluindo animais, plantas, fungos e bactérias.
Reinos são divididos em filos, que são agrupados de acordo com semelhanças gerais de forma e corpo. “O que podemos dizer sobre esses organismos é que eles não pertencem ao Bilateria”, disse Olesen.
Bilateria é um dos mais importantes grupos animais, cujos representantes apresentam simetria bilateral (os corpos deles são divididos verticalmente em duas metades – da direita e da esquerda – que se espelham uma na outra). Os humanos fazem parte desse grupo.
Os novos organismos encontrados são pluricelulares, mas a maioria não é simétrica, e eles apresentam uma camada densa de um material gelatinoso entre a célula exterior de pele e as camadas de células interiores do estômago.
Os cientistas até encontraram algumas semelhanças com outros grupos animais, como os Cnidaria – o filo composto por corais e águas-vivas – e o Ctenophora, que inclui organismos marinhos como a água-viva-de-pente. Mas os novos organismos encontrados não tinham todas as características necessárias para agrupá-los em uma dessas duas categorias.
Olesen disse que os novos animais podem ser parte de um grupo muito primitivo da árvore filogenética ou algo intermediário entre dois filos animais diferentes.
Ele ainda considera que os cientistas podem eventualmente conseguir encaixar os organismos em algum grupo já existente, como o dos Dendrogrammas, já que há muito pouco conhecimento sobre esse grupo atualmente.
Uma forma de resolver essa questão sobre as afinidades com os Dendrogrammas seria por meio de um exame de DNA, mas para isso novas amostras dos organismos teriam de ser encontradas. As amostras originais foram preservadas primeiro no formol, depois transferidas para um ambiente com 80% de álcool – uma forma de armazenamento que não permite mais fazer análise genética.
Assim, a equipe de cientistas que assina o artigo na Plos One convoca pesquisadores do mundo todo a ficarem atentos para outros exemplos de organismos assim.
“Publicamos esse artigo como um pedido de ajuda. Talvez haja alguém lá fora que possa ajudar a classificar esses organismos”, finalizou Olesen.

 

Lagostas coloridas - variabilidade genética

1. Lagosta azul capturada em Maine vira atração em aquário
 Uma lagosta azul capturada na costa do Maine por uma americana de 14 anos escapou da panela para se tonar a mais nova atração do aquário do estado, informou a NBC News. Centenas de turistas esperavam pela chegada do crustáceo ao local na última terça-feira.
O animal foi batizado de Skyler por Meghan LaPlante, a adolescente que a descobriu e que trabalha no negócio da família junto do pai, a Miss Meghan’s Lobster Catch, em Old Orchard Beach.
Mas há outras lagostas ainda mais raras do que as azuis. Uma em cada 2 milhões lagostas é azul. A coloração azulada é resultado de uma rara mutação genética que estimula o crustáceo a produzir uma certa proteína em quantidade excessiva.
As chances de encontrar uma lagosta metade laranja e metade preta ou uma lagosta amarela são de 1 em 30 milhões. Mas a lagosta mais difícil de ser encontrada é a albina ou cristal, cujas cascas não tem nenhuma cor. A chance de encontrar uma delas é de 1 em 100 milhões.
O aquário do estado do Maine tem uma lagosta laranja e três azuis em exibição. Mas Skylar, depois de um período inicial de aclimatação e observação, terá seu próprio tanque.

2. Raras lagostas albinas e amarela são apanhadas nos EUA
Três lagostas extremamente raras, sendo duas albinas e uma amarela, foram apanhadas com poucos dias de diferença no estado do Maine (EUA).
Segundo especialistas, a incidência de uma lagosta albina é de uma em 100 milhões. No caso da lagosta amarela, a probabilidade é de uma em 30 milhões.
“Eu fiquei surpreso. Chocado, na verdade “, disse o pescador Joe Bates, que pegou uma das lagostas albinas a 1,5 km da costa de Rockland.
A outra lagosta albina foi fisgada pelo pescador Bret Philbrick. As duas lagostas albinas têm cerca de 5 ou 6 anos de idade.
 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Foto de pinguim escapando de foca vence concurso ! FOTO DO DIA

A Academia de Ciências da Califórnia abriu sua primeira grande exposição de fotografia, a BigPicture, com o trabalho de premiados fotógrafos de todo o mundo. Eles fizeram registros de natureza, vida selvagem e conservação
O prêmio de melhor imagem foi concedido para 'O Pinguim Sortudo', de Paul Souders, de Seattle, que mostra um pinguim escapando por pouco de ser devorado por uma foca leopardo. Premiado fotógrafo profissional, Souders teve imagens publicadas pelas revistas 'National Geographic', 'Time' e 'Life'. (Paul Souders).