terça-feira, 27 de novembro de 2012

Dragão do mar – um vertebrado marinho em perigo!


Dragões do mar são peixes carnívoros pertecentes ao mesmo gupo dos cavalos-marinhos. Exemplos de espécies: Phycodurus eques, Phyllopteryx taeniolatus.

Os dragões do mar são algumas das criaturas camufladas mais ornamentadas do planeta. Adornados com apêndices em forma de folha em todo o corpo, eles são perfeitamente equipados para se misturar com as formações de algas marinhas que vivem entre eles.
Espécie endêmica das águas do sul e leste da Austrália, eles são geralmente coloridos do  marrom para o amarelo, com espectaculares apêndices verde-escuro.
Os dragões do mar são muito longos, com focinhos, troncos e cauda finas, cobertos de anéis ósseos que, ao contrário dos seus parentes cavalos-marinhos, não podem ser utilizados para a fixação. Eles têm pequenas e transparentes nadadeiras dorsal e peitoral que os impulsionam, desajeitadamente, através da água. Possuem um comprimento que varia de cerca de 35 centímetros  até 46 centímetros de comprimento.
Tal como acontece com cavalos-marinhos, os dragão do mar machos são responsáveis ​​pela evolução da gravidez. Mas, em vez de uma bolsa, como cavalos-marinhos possuem, os dragões-marinhos do sexo masculino têm um área esponjosa, adesiva,  aninhada na parte de baixo da cauda, onde as fêmeas depositam seus ovos de rosa brilhante durante o acasalamento. Os ovos são fertilizados durante a transferência a partir da fêmea para o macho. Os machos incubam os ovos e levam o desenvolvimento a termo, liberando dragões do mar em miniatura para a água, depois de cerca de quatro a seis semanas da fecundação.
Estes animais têm uma vida amorosa agitada: alguns ficam com um parceiro durante toda a vida, enquanto outros ficam com vários parceiros.
Os dragões marinhos sobrevivem de pequenos crustáceos, como o mysids, ou piolhos do mar. Não se sabe se eles são atacados por outros animais. Eles são, no entanto, muitas vezes, retirados de seu habitat  por mergulhadores que procuram mantê-los como animais de estimação. Na verdade, os cavalos e dragões do mar  encolheram  o número de representantes tão criticamente no início dos anos 1990 que o governo australiano colocou uma proteção completa em ambas as espécies. Poluição e perda de habitat têm também prejudicado os seus números, e eles estão atualmente listado como espécies ameaçadas.

Estudo acha vida em salmoura isolada por 20 m de gelo na Antártida

Poucos ambientes parecem menos promissores para a vida do que uma salmoura resfriada a -13 graus Celsius, mas um ambiente desse tipo é lar de uma diversificada comunidade de bactérias no interior da Antártida.
Mais intrigante ainda, esse ecossistema improvável parece estar isolado de fontes externas de energia e nutrientes há pelo menos 3.000 anos, afirmam os cientistas americanos que o exploraram pela primeira vez em artigo na revista científica "PNAS".
Alison Murray e seus colegas do Centro de Pesquisas do Deserto em Reno (sudoeste dos EUA) acharam as bactérias depois de cuidadosas perfurações no manto de pelo menos 20 m que recobre o lago Vida
Não se sabe exatamente a profundidade do lago. Também não está claro se, abaixo da grossa camada de gelo, existiria algo parecido com uma lagoa líquida.
O que dá para dizer é que, abaixo de certa profundidade, a placa sólida de gelo começa a dar lugar a uma rede de canais por onde corre a salmoura onde vivem as bactérias do lago.
O líquido não congela totalmente, mesmo com a temperatura bem abaixo de zero, por causa da elevada quantidade de cloreto de sódio (o popular sal de cozinha) dissolvida nele. Por causa disso, essa água é seis vezes mais salgada que a do mar.
Levemente amarelo, o líquido contém tanto ferro que fica laranja-escuro quando exposto à atmosfera (dentro do lago, praticamente não existe oxigênio). Também há elevadas quantidades de enxofre e nitrogênio ali.
Mesmo assim, análises de DNA e observações de amostras da salmoura feitas com microscópios revelaram a presença de exemplares de pelo menos oito filos bacterianos (um filo é um agrupamento que reúne grande diversidade de espécies; o dos cordados, por exemplo, abrange todos os vertebrados, do homem aos peixes).
Tudo indica que várias dessas espécies nunca foram detectadas antes. Há sinais de que elas estão sobrevivendo em "marcha lenta" desde que ficaram isoladas ali -sem uma explosão populacional, mas mantendo seu metabolismo numa taxa baixa e relativamente constante.
O mistério é como elas estariam fazendo isso. Uma possibilidade é que estejam se aproveitando, por exemplo, do hidrogênio produzido pelas rochas da região, em contato com o lago,para produzir alguma energia.
Vai ser preciso mais trabalho para entender o que está ocorrendo no lago Vida, mas a descoberta já dá fôlego a uma busca bem mais ampla: a caçada por micróbios durões fora do nosso planeta.
É que as condições do lago antártico não são tão diferentes assim das que existem em oceanos congelados de locais como Europa, uma das luas de Júpiter. (Reinaldo José Lopes)