quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Medusa de 1,5 metro é encontrada em praia australiana

Espécie, chamada de Medusa de Léon, pode alcançar dois metros de diâmetro
AFP - Agence France-Presse
Uma medusa gigante apareceu esta semana em uma praia australiana, disseram cientistas nesta quinta-feira. A grossa massa viscosa de 1,5 metro de diâmetro foi descoberta por uma família na ilha da Tasmânia (sul). Segundo a bióloga Lisa Gershwin, assemelha-se à medusa Melena de León, uma espécie que pode alcançar dois metros.
"Conhecemos essa espécie, mas ainda não está classificada", explicou Lisa, acrescentando que os cientistas observam há semanas uma proliferação de grandes medusas nas águas da Tasmânia.

Milhões de estrelas-do-mar morrem no oeste dos EUA

Estrela-do-mar-sol, considerada a maior estrela-do-mar, foi uma das espécies mais prejudicadas com a mortandade / Crédito: Google
Mortalidade alcança 95%. Causa do fenômeno ainda é desconhecida.
Nos últimos meses, milhões de estrelas-do-mar estão morrendo na costa oeste dos Estados Unidos, do Alasca à Califórnia. Pesquisa desenvolvida no Centro de Estudos da Fauna Selvagem do Instituto Americano de Geofísica (USGS, na sigla em inglês) aponta que populações inteiras de estrelas-do-mar morreram no estreito de Puget, no Mar de Salish e ao longo da costa californiana. O nível de mortalidade alcança 95%. A causa ainda não foi identificada.
As duas espécies mais prejudicadas são a Pisaster ochraceus, de cor púrpura, e a Pycnopodia helianthoides, também conhecida como estrela-do-mar-sol, caracterizada pelas cores mutáveis. Esta última é considerada a maior estrela-do-mar, com diâmetro que pode superar um metro.

Segundo Jonathan Sleeman, diretor do USGS, a suspeita é de que a mortandade tenha começado em junho de 2013, afetando várias espécies de estrelas-do-mar que vivem no litoral e em cativeiro. "Achamos que um elemento patogênico, como um parasita, um vírus ou uma bactéria, pode estar infectando essas estrelas-do-mar e colocando em perigo seu sistema imunológico, tornando-as vulneráveis a infecções bacterianas secundárias responsáveis pelos danos físicos observados", explicou Pete Raimondi, professor de biologia da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, um dos principais cientistas envolvidos na pesquisa.
Os sintomas detectados com mais frequência são lesões superficiais brancas, que se espalham com rapidez, debilidade geral, perda de braços e desintegração do corpo, levando à morte dias depois dos primeiros sintomas.
Os pesquisadores continuam investigando a morte das estrelas-do-mar. Eles estão acumulando informações, vigiando certos pontos da costa do Pacífico, reunindo espécimes e fazendo análises microbiológicas para determinar se o vilão é um agente infeccioso ou tóxico.
Histórico

De acordo com Raimondi, este não é o primeiro registro de mortandade de estrelas-do-mar. No passado, o fenômeno foi associado ao aquecimento das águas costeiras. Também houve suspeita de que um agente patogênico teria se desenvolvido graças à temperatura da água, embora isso nunca tenha sido confirmado.
Em 1983, uma mortandade na costa sul da Califórnia ameaçou a estrela-do-mar Pisaster ochraceus. Em 1997, ocorreu uma mortandade menor devido ao aquecimento do Pacífico sul decorrente do fenômeno El Niño. Na primavera de 2013, a costa leste dos Estados Unidos também sofreu com a morte maciça de algumas espécies de estrelas-do-mar.
Fonte:  France Presse