Estrela-do-mar-sol, considerada a maior
estrela-do-mar, foi uma das espécies mais prejudicadas com a mortandade /
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Mortalidade alcança 95%. Causa do fenômeno ainda é
desconhecida.
Nos últimos meses, milhões de estrelas-do-mar estão
morrendo na costa oeste dos Estados Unidos, do Alasca à Califórnia. Pesquisa
desenvolvida no Centro de Estudos da Fauna Selvagem do Instituto Americano de
Geofísica (USGS, na sigla em inglês) aponta que populações inteiras de
estrelas-do-mar morreram no estreito de Puget, no Mar de Salish e ao longo da
costa californiana. O nível de mortalidade alcança 95%. A causa ainda não foi
identificada.
As duas espécies mais prejudicadas são a Pisaster
ochraceus, de cor púrpura, e a Pycnopodia
helianthoides, também conhecida como estrela-do-mar-sol, caracterizada
pelas cores mutáveis. Esta última é considerada a maior estrela-do-mar, com
diâmetro que pode superar um metro.
Segundo Jonathan Sleeman, diretor do USGS, a suspeita é de que a mortandade
tenha começado em junho de 2013, afetando várias espécies de estrelas-do-mar
que vivem no litoral e em cativeiro. "Achamos que um elemento patogênico,
como um parasita, um vírus ou uma bactéria, pode estar infectando essas estrelas-do-mar
e colocando em perigo seu sistema imunológico, tornando-as vulneráveis a
infecções bacterianas secundárias responsáveis pelos danos físicos
observados", explicou Pete Raimondi, professor de biologia da Universidade
da Califórnia, em Santa Cruz, um dos principais cientistas envolvidos na
pesquisa.
Os sintomas detectados com mais frequência são lesões superficiais brancas, que
se espalham com rapidez, debilidade geral, perda de braços e desintegração do
corpo, levando à morte dias depois dos primeiros sintomas.
Os pesquisadores continuam investigando a morte das estrelas-do-mar. Eles estão
acumulando informações, vigiando certos pontos da costa do Pacífico, reunindo
espécimes e fazendo análises microbiológicas para determinar se o vilão é um
agente infeccioso ou tóxico.
Histórico
De acordo com Raimondi, este não é o primeiro registro de mortandade de
estrelas-do-mar. No passado, o fenômeno foi associado ao aquecimento das águas
costeiras. Também houve suspeita de que um agente patogênico teria se desenvolvido
graças à temperatura da água, embora isso nunca tenha sido confirmado.
Em 1983, uma mortandade na costa sul da Califórnia ameaçou a estrela-do-mar Pisaster
ochraceus. Em 1997, ocorreu uma mortandade menor devido ao aquecimento do
Pacífico sul decorrente do fenômeno El Niño. Na primavera de 2013, a costa
leste dos Estados Unidos também sofreu com a morte maciça de algumas espécies
de estrelas-do-mar.
Fonte: France Presse