Especialistas estudam métodos para tentar parar a infestação do coral.
Preocupação é com tartarugas marinhas e peixes.
A formação de um tipo específico de coral na costa brasileira tem comprometido à vida marinha. Em Sergipe, o Coral Sol está presente principalmente nas plataformas de petróleo. O coral apresenta uma das mais belas formações do oceano, mas é um predador perigoso e nocivo.
“A gente tem registro que a espécie cresce rapidamente e começa a competir com as espécies nativas, invadindo um espaço que era de uma espécie local”, afirma o analista ambiental do Ibama / SE, Regis Fontana.
Registros apontam que o coral chegou ao Brasil há 30 anos grudado em navios na bacia de Campos (RJ) e já se espalha por mais cinco estados. Mergulhadores do Ibama registraram a presença do coral há cerca de um ano em Sergipe, na região submersa das plataformas de petróleo. A preocupação dos pesquisadores é por que a área onde eles estão é utilizada para alimentação de tartarugas marinhas e peixes e a presença do coral representa uma ameaça.
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Os Ministérios Públicos Federal de Sergipe e do Rio Janeiro abriram inquéritos civis públicos para investigar a infestação e vai cobrar das empresas petrolíferas a retirada do coral sol das plataformas. O problema é que para o trabalho ser feito de forma manual por mergulhadores é caro e o processo é lento.
“A retirada manual é paliativa, é como se enxugar gelo em alguns pontos. Isso pode ser usado em locais que inicialmente ele está colonizando e não em áreas que ele já está estabelecido. Nós estamos tentando controlar através de inoculação de bactérias e vírus que seja especifico ao coral sol e reduzir essas infestações na costa brasileira”, conceitua o pesquisador Ricardo Coutinho.