terça-feira, 3 de setembro de 2013

Pinguins podem trocar monogamia por ninho mais confortável


Os pinguins são monogâmicos, mas uma especialista em biologia marinha explica que o relacionamento não é tão duradouro como se imagina.
Já em outras colônias, os habitantes são temperamentais. Os pinguins de Magalhães, figurinhas que também visitam o litoral brasileiro, fazem os ninhos nas encostas e se multiplicam em outras áreas da península como Punta Tombo e San Lorenzo.
Todos os anos chegam a essa região da Patagônia mais de um milhão de pinguins de Magalhães. É a maior colônia continental do mundo nessa espécie. Eles ficam seis meses em terra. Vêm para se reproduzir, aumentar a família. Depois voltam para o mar e seguem o ciclo de migrações.
De peitinho estufado e barriga cheia, os machos surgem do mar no incício da primavera. Chegam das viagens de até 2,5 mil quilômetros atrás de alimento. Se empanturraram com peixes e lulas marinhas e agora vão gastar energia para construir ou reformar o ninho.
A casa própria geralmente é a mesma do ano anterior, mas há sempre um macho jovem ou adulto valentão de olho no imóvel do vizinho. Aqueles construídos próximos à praia são mais valorizados, e a escritura do terreno é conquistada na base da força e do grito.
Com a casa garantida e em ordem, os dedicados maridos esperam pelas esposas que chegam duas ou três semanas depois. Os pinguins são monogâmicos, mas a guarda-fauna Marcia Schunk especializada em biologia marinha explica que o relacionamento não é tão duradouro como se imagina.
Ela diz que os pinguins voltam sempre para as mesmas áreas para se reproduzir, mas as fêmeas podem trocar de parceiro na temporada seguinte atraídas por um ninho mais confortável.
Aos poucos os pombinhos se entendem. Formam-se os casais e começa o jogo da sedução. No cortejo, o macho se exibe ao redor da fêmea. Não importa se está todo mundo olhando. Os apaixonados se empolgam e garantem as novas gerações.
O período de reprodução termina no fim do verão, quando voa pena pra todo lado. É a mudança da plumagem.
Nessa época de troca de penas, o traje de gala deles não fica assim tão elegante. Pelo contrário, fica bem feinho.
A nova plumagem nasce com cerdas mais firmes para ajudar na impermeabilização feita com um óleo produzido pelo próprio organismo do pinguim.
“A plumagem protege justamente da água fria para que a agua não toque a pele e eles sofram com as baixas temperaturas”, diz a guarda faunas. “Sem a impermeabilização eles poderiam ter hipotermia e acabar morrendo de frio”, completa.
Com roupa nova eles partem para o mar em busca de novas aventuras até a próxima primavera.
Ver vídeo no link abaixo.

Fonte: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2013/08/pinguins-podem-trocar-monogamia-por-ninho-mais-confortavel.html