quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Uma enguia macho do tipo conger foi libertada no mar na Escócia para iniciar uma jornada de 3,2 mil quilômetros para se reproduzir.


A enguia de 1,8 metros foi batizada de Rip e vivia no aquário Macduff, na cidade de Aberdeenshire, desde 2004.

Mas, os funcionários notaram que ela estava inquieta, sinal típico de que a enguia estava pronta para a jornada pelo oceano Atlântico.

Uma funcionária  do aquário Macduff, afirma que "a jornada de Rip é longa, mas a enguia é muito forte e todos esperam que ela chegue ao seu destino final", o arquipélago de Açores, no Oceano Atlântico ao largo de Portugal.

A jornada começa com mergulhadores dentro do tanque, conduzindo a enguia para dentro de uma grande bolsa. Um guindaste colocou a bolsa na água do mar, onde a platéia esperava a primeira aparição de Rip fora do aquário.

Depois de muita expectativa, Rip finalmente apareceu. Minutos depois, ele saiu nadando, começando sua viagem.

Se a enguia conseguir chegar às ilhas Açores ele vai encontrar sua companheira, se reproduzir e morrer em seguida.

BBC


Vídeo: água-viva matando sua presa, um peixe zebra


Não tem ossos. Não tem cérebro. E nem precisa. Tudo o que essa água-viva (Olindias formosa) necessita para conseguir prender sua presa é um tentáculo venenoso.

Medusas como a do vídeo , em link, estão entre os mais simples animais multicelulares que têm músculos e nervos. Ainda assim, consegue capturar um peixe ao injetar veneno de células urticantes de seus tentáculos na presa. Como todas as águas-vivas, ela aumenta ou diminui de tamanho dependendo de sua ingestão de alimentos.
Veja um vídeo de uma água-viva se alimentando em aquário em http://bit.ly/paopyl

Fonte: Life'sLittleMysteries



Capacidade de se tornar invisível


Um novo estudo descobriu que duas espécies oceânicas de cefalópodes – um polvo e uma lula – podem ir do transparente ao opaco em um piscar de olhos.

A impressionante camuflagem é uma adaptação que mantém os animais a salvo de dois diferentes predadores. Os primeiros são criaturas de águas profundas, que caçam procurando silhuetas na fraca luz das profundezas. Os segundos são peixes que usam luzes biológicas para caçar – a bioluminescência, que ilumina o próprio corpo.

Para evitar ser encontrado pela silhueta, ele fica transparente, afirma a pesquisadora Sarah Zylinski. Mas quando uma luz bioluminescente atravessa uma superfície transparente, o efeito é parecido com uma lanterna em uma vidraça: muito refletido, muito óbvio.

“Estar pigmentado é a melhor estratégia nesse momento”, comenta Zylinki. As espécies do polvo e lula essencialmente têm o melhor de ambas às estratégias. “Estar apto para mudar rapidamente permite uma boa camuflagem”.

Muitos polvos, lulas e outros cefalópodes têm a habilidade de mudar de cor. Alguns polvos até imitam o formato de vários peixes e seres do mar.

Mas todos são criaturas de águas rasas. Zylinski e seus colegas tentaram procurar essas espécies no fundo, com animais que vivem entre 600 e 1000 metros abaixo da superfície, onde há pouca luz.

Em barcos de pesquisa no Mar de Cortez e no fosso entre o Peru e o Chile, Zylinski esperou arrastões com redes profundas trazerem os animais. Elas foram levantadas em velocidades muito lentas, para que as alterações na pressão e na luz não fossem muito abruptas.

“É um pouco como o natal, porque você nunca sabe o que vai ganhar”, ela comentou. “Algumas vezes o presente é bom, outras não”.

Quando Zylinski conseguiu “pescar” um cefalópode, ela rapidamente moveu os animais da rede para um ambiente escuro e fresco, para que não fossem expostos à luz. Ela então tentou vários métodos para estimular mudanças de cores.

Ela sabia que a bioluminescência é uma importante ferramenta de caça nas profundezas, então imaginou que alguns animais talvez possuíssem maneiras de evitar a luz. Ela apontou luzes de LED similares à bioluminescência em duas espécies, o polvo Japetella heathi, de 7,6 centímetros, e a lula Onychoteuthis banksii, de 12,7 centímetros, que mudaram instantaneamente de transparentes para vermelho opaco.

“A velocidade do processo é incrível”, comenta Zylinski.

Os animais conseguem a façanha porque suas células epidérmicas estão sobre controle neural. Ele vê um raio de luz e o estímulo visual libera pigmentos. Quando a luz cessa, o pigmento some, deixando o cefalópode transparente, exceto pelos olhos e tripas.

Nem todos os cefalópodes de grandes profundidades possuem a habilidade de modificar sua aparência. Alguns desenvolvem outros métodos, como ser altamente refletores, para que a luz do ambiente esconda sua presença. Outros criam sua própria bioluminescência de acordo com a luminosidade que chega ao fundo, imitando a luz solar.

Zylinski agora planeja estudar como os pigmentos do polvo mudam com o tempo. Ela comenta que espécies jovens e menores vivem mais perto da superfície, contando mais com a transparência. Já para os mais maduros, em águas profundas, onde a bioluminescência é comum, é importante a presença do pigmento, para que possam ser mais opacos. [MSN]

Vida amorosa: camarão limpador mata seus concorrentes

Você talvez já conheça o camarão limpador, crustáceo que mantém uma interessante simbiose com certos peixes marinhos. O camarão se fixa sobre o corpo do peixe e se alimenta de parasitas nocivos depositados sobre ele. Essa bonita relação, no entanto, esconde um segredo sobre os camarões limpadores: eles matam indivíduos da mesma espécie na luta por parceiros.
Um experimento feito por cientistas suecos revelou a complexidade da relação entre indivíduos de uma espécie de camarão limpador (Lysmata amboinensis). Eles separaram dezenas de tanques de água e colocaram um grupo de três ou quatro camarões em cada tanque. Ao final de 42 dias de observação, cada tanque tinha só dois camarões; os demais haviam morrido.
Mas os camarões que padeceram não morreram de fome: eles foram assassinados. Os cientistas descobriram, em primeiro lugar, que o camarão limpador fica suscetível a ataques fatais quando troca de pele, em média uma vez a cada duas semanas. Para evitar expor essa fragilidade, o camarão faz essa troca de “casca” à noite. E foi justamente nesse período de vulnerabilidade que se registraram os ataques de um camarão a outro.
Esses ataques, conforme explicam os pesquisadores, tem motivação de acasalamento: eles matam uns aos outros em busca de parceiros. Mas não se trata de relação entre macho e fêmea, porque a espécie é totalmente hermafrodita. Todos os indivíduos possuem óvulo e esperma. Por conta disso, a monogamia entre esses animais é um conceito muito relativo.
Em condições normais, o camarão limpador vive realmente em pares monogâmicos. Inicialmente, os cientistas esperavam que essa condição se mantivesse sem “traição”, quando eles fossem colocados em grupos de três ou quatro. Mas isso não aconteceu: a busca por acasalamentos mais vantajosos destruía qualquer “relacionamento” anterior dos camarões.
Nessa espécie de hermafroditas, há uma oscilação intensa entre a produção de esperma e de óvulos. Em época de competição por parceiros, o camarão produz muito esperma e poucos óvulos, porque um espermatozóide pode fertilizar vários óvulos e o camarão precisa sair “à caça” de alguém com quem reproduzir.
Quando os camarões estão unidos monogamicamente, no entanto, a situação se inverte: eles passam a produzir mais óvulos, já que não há mais competição. Mas esse momento de estabilidade é quebrado quando um terceiro camarão entra na jogada: os níveis de fertilização se desequilibram. Nesse momento, azar do primeiro camarão que precisar trocar de casca, porque pode ser morto no meio da madrugada em nome da procriação da espécie.