sexta-feira, 6 de julho de 2012

Camarão monogâmico mata rivais, afirma estudo alemão

Camarão da espécie 'Lysmata amboinensis'. (Foto: Janine Wong / Divulgação)

Espécie 'Lysmata amboinensis' é monogâmica, mas por causa da comida.
Comportamento dos crustáceos foi testado em aquários em experimento.

Os camarões da espécie Lysmata amboinensis são ciumentos e capazes até de matar rivais para manter um ambiente monogâmico, segundo um estudo alemão divulgado pela publicação de livre acesso "Frontiers in Zoology" (fronteiras na zoologia, em inglês).
Com 6 centímetros de comprimento, esses animais sobrevivem se alimentando de parasitas e tecidos mortos na superfície de peixes do Mar Vermelho, entre a Ásia e o norte da África, ou em águas dos oceanos Índico e Pacífico. Essa "limpeza de pele" gratuita garante que os camarões não sejam devorados pelos "clientes". Os crustáceos também costumam viver em casal.
Esses crustáceos nascem como machos, mas desenvolvem também órgãos reprodutores femininos durante a vida. Apesar de hermafroditas, eles não conseguem se autofertilizar e conseguem estar aptos à reprodução como fêmeas apenas durante algumas horas após a troca de pele que sofrem regularmente.
Durante a pesquisa com esta espécie, uma equipe da Universidade de Tübingen, na Alemanha, separou diversos camarões em grupos com 2, 3 e até 4 indivíduos. Todos eram mais ou menos do mesmo tamanho, receberam uma alimentação ilimitada e tiveram direito ao mesmo espaço para viver na água que os demais. Cada um ainda recebeu uma espécie de "dormitório" para descansarem.
Após 42 dias, todos os aquários com mais de 2 camarões tiveram indivíduos mortos ou atacados. Os crustáceos foram mortos durante a noite, logo após terem perdido a pele velha. Este é um momento no qual esses bichos ficam mais vulneráveis.
Para Janine Wong, um dos pesquisadores responsáveis pelo artigo, a monogamia dos camarões pode estar muito mais ligada à luta por comida do que por "preferências" sexuais. Esse padrão de comportamento é observado apenas entre os camarões que vivem em simbiose com os peixes, trabalhando como "limpadores de pele".
No experimento, os camarões demoravam mais para mudar de pele quando estavam em grupos de 3 ou mais indivíduos. Esse atraso atrapalha a reprodução desses animais. Segundo Wong, o tamanho dos camarões está ligado diretamente com o número de ovos gerados por cada indivíduo e comunidades mais populosas diminuem as chances de um camarão produzir descendentes.
Adaptado G1

Enquanto 'flerta', molusco macho se finge de fêmea para enganar rival

Flagra da 'malandragem': o molusco macho (identificado pela letra M, à direita) aparece com camuflagem similar à da fêmea (identificada com a letra F) do lado que está exposto para um rival, que não aparece na foto (indicado pela seta com a letra A). Do outro lado, ele exibe o padrão listrado na tentativa de atrair a parceira.             (Foto: Culum Brown/Reprodução)

Bicho muda desenho de metade do corpo para parecer inofensivo.
Do outro lado, exibe listras para atrair parceira e acasalar.
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Pesquisadores detectaram uma habilidade surpreendente desenvolvida por uma variedade de molusco marinho para sobreviver no mundo selvagem do acasalamento: os machos de Sepia plangon têm a capacidade de mudar a cor da pele instantaneamente e ficar com a camuflagem típica da fêmea apenas em um dos lados do corpo - aquele que está voltado para um macho rival.
A Sepia plangon é um tipo de choco, animal "primo" da lula, que vive no mar do leste da Austrália. Enquanto "flerta", por exemplo, com uma fêmea receptiva à direita, mantendo esse lado com o desenho listrado característico dos machos da espécie, o choco se "traveste" de fêmea para enganar algum concorrente que esteja posicionado à sua esquerda.
O truque do molusco foi flagrado diversas vezes pela equipe do pesquisador Culum Brown, da Universidade Macquarie. A "malandragem" foi identificada em cerca de 40% dos casos em que havia uma um macho cortejando uma fêmea com um competidor ao redor. Os cientistas viram situações em que o recurso funcionou, mas também outras em que o macho disfarçado foi descoberto, o que terminava em briga. Nesses casos, vale a lei do mais forte.
As populações de Speia plangon têm mais machos que fêmeas e, por isso, elas são bastante disputadas. "Neste contexto, a seleção natural deveria favorecer fortemente qualquer tática que reduz a probabilidade de interrupção do cortejo e, com isso, maximiza o sucesso reprodutivo dos machos", conclui o estudo.
Globo Natureza-06/07/2012


Cavalo Marinho "Grávido"


Um dos pais que mais viajam para proteger os filhotes é o Cavalo Marinho, que choca os ovos numa bolsa externa na altura de seu ventre. A fêmea pode colocar mais de mil ovos na bolsa do macho, que os fecunda e protege os embriões até furarem a casca. O fundo da bolsa segrega um fluído nutritivo que alimenta os filhotes. Depois de cerca de duas semanas, uma ninhada de cavalos-marinhos em miniatura é expelida por uma série de contrações da bolsa.
Conheça um pouco mais sobre o cavalo-marinho: informações, alimentação, classificação,comportamento, reprodução, habitat:

Classificação Científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Osteichthyes
Sub-classe: Actinopterygii
Ordem: Gasterosteiformes
Família: Syngnathidae
Gênero: Hippocampus

Características :
Os cavalos-marinhos vivem nas águas de mares localizados em regiões de climas temperado e tropical. São conhecidos, facilmente, por possuírem uma cabeça alongada com filamentos que lembram a crina de um cavalo.
O cavalo-marinho é um peixe ósseo que possui a capacidade de mudar de cor conforme o ambiente – mimetismo. Possuem dois olhos e a capacidade de mexer um independente do outro, como os camaleões. Algumas espécies são tão enfeitadas que podem ser confundidas com algas marinhas e corais.
Nadam na posição vertical. O corpo é coberto com placas em anel e possuem espinhos na nadadeira dorsal. Para movimentar-se pela água usam a vibração das barbatanas dorsais.
A alimentação baseia-se em pequenos vermes, moluscos, crustáceos e algumas espécies planctônicas. O alimento é sugado pelo cavalo-marinho através de seu focinho tubular
A época de reprodução da fêmea ocorre na estação da primavera. No momento da cópula, a fêmea transfere os ovos de sua bolsa incubadora para dentro da bolsa incubadora do macho, que se localiza na região ventral da cauda, onde o esperma é liberado. Depois de mais ou menos duas semanas,  os ovos eclodem dentro da bolsa e o macho os libera para o ambiente externo através de contrações ventrais. Não possuem fase larval, os filhotes são adultos em miniatura completamente independentes assim que nascem. Os filhotes são muito sensíveis, medem cerca de 1 cm e são muito transparentes.
Aqui no Brasil temos duas espécies de cavalo-marinho: Hippocampus erectus e Hippocampus reidi.
Os cavalos marinhos são peixes de grande interesse para a medicina tradicional chinesa e para a aquariofilia. Por esse motivo e pela destruição de seus habitats naturais, grande parte de sua população esta em declínio. A piscicultura com cavalos marinhos e outras espécies ornamentais têm recebido uma especial atenção por unir conservação e desenvolvimento sustentável.
Comprimento: 15 cm aproximadamente
Cor: amarelo, vermelho, marrom
Peso: em média de 50 a 100 gramas.