quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Conchas Marinhas

Essas são pequenas conchas, em uma escala minúscula, não plânctonicas. Apesar de serem quase impossivelmente pequenas, os seres que as habitavam eram ainda menores. Para você ter uma idéia, as pedras que estão ao lado das conchas são grãos de areia.

4º Congresso Brasileiro de Biologia Marinha (4º CBBM).

A realização do 4º Congresso Brasileiro de Biologia Marinha (4º CBBM)acontece de 19 a 23 de maio de 2013, no Centro Internacional de Eventos do Costão do Santinho - Resort, Golf, Spa, em Florianópolis/SC.
O Evento é uma ralização da Associação Brasileira de Biologia Marinha (ABBM), entidade científica criada em 2007 para contribuir para o avanço das pesquisas e divulgação de informações sobre Biologia Marinha no Brasil.
Maiores detalhes sobre o evento estão disponíveis no sítio: http://www.abbm.net.br/cbbm2013. Informações complementares poderão ser obtidas por e-mail (cbbm2013@gmail.com), telefone ou fax (55 (21) 2629-2307/2629-2299 fax 55(21)2629-2307).

Primeiro museu oceanográfico do Norte e Nordeste

Com 30 mil amostras de organismos marinhos, UFPE abre primeiro museu oceanográfico do Norte e Nordeste.
Mais de 30 mil amostras de organismos marinhos descobertos na parte do oceano que banha as regiões Norte e Nordeste do país passaram a ser reunidas no Museu Oceanográfico da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A unidade, inaugurada na terça-feira (23), no Recife, Pernambuco, é a primeira desse tipo na região e a quinta no Brasil.
Universidades federais do Rio de Janeiro e de São Paulo, por exemplo, já mantêm essas estruturas de pesquisa. O espaço é utilizado para concentrar descobertas de ecossistemas marinhos, analisar as características e monitorar espécies. A necessidade desse tipo de laboratório, que tem sido patrocinado pela Petrobras, ganhou impulso com a exploração petrolífera em águas profundas.
A proposta é que os pesquisadores consigam mais informações sobre a biodiversidade da região. Essas análises vão permitir, por exemplo, uma melhor avaliação do impacto ambiental provocado pelas atividades da indústria de petróleo.
O trabalho dos pesquisadores é uma demanda da estatal e de outras empresas do setor que precisam fazer análise de impacto antes de começar o trabalho de perfuração em busca de petróleo.
O museu em Recife reúne coletas feitas nos últimos 60 anos, em expedições brasileiras e estrangeiras pela costa brasileira. “A gente já armazenava aqui [no Recife] o que é raridade em todo o Brasil, mas armazenávamos em estantes inadequadas e perdíamos muito material. No museu, agora, temos armários deslizantes compactadores que ocupam menos espaço e onde cabe muito material”, disse a pesquisadora do Departamento de Oceanografia da UFPE, Sigrid Leitão.
A unidade em Pernambuco, que custou R$ 1,5 milhão para ser construída e equipada, será utilizada por especialistas de várias áreas e de outras universidades, inclusive estrangeiras. Algumas amostras reunidas no museu da UFPE são partes de espécies que são encontradas apenas nas regiões Norte e Nordeste, como crustáceos, corais e estrelas-do-mar que escolhem águas mais quentes como habitat.
Curador da coleção instalada em Pernambuco, Jesser Fidelis, afirma que recentemente, com a atividade petrolífera, o volume de material entregue às equipes da universidade pernambucana tem aumentado. “Temos recebido muito material para análise. Alguns materiais têm vindo inclusive de outras regiões, como da Bacia de Campos e muitas têm chance de ser o primeiro registro no Brasil”, disse.
Fidelis afirma que os pesquisadores ainda não conseguiram avaliar todas as mais de 30 mil amostras reunidas no museu. A estimativa é que esse material represente cerca de 3 mil espécies novas de crustáceos, ouriços do mar e corais, entre outros. “Ainda temos muito material que não foi analisado e não tem como estimar, mas acreditamos que pode dobrar o número de espécies [ainda não catalogadas no país]”, calculou o pesquisador.
Em apenas um dos grupos de análise, cerca de 70% do material colhido recentemente nas regiões de exploração de petróleo representam espécies que ainda não tinham sido identificadas na parte brasileira do oceano.
(Fonte: Carolina Gonçalves/ Agência Brasil)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Molusco 'elo perdido' conta a história deste grupo ao contrário

Imagem em 3D recria o molusco Kulindroplax, que seria o elo entre duas grandes classes de molusco (Foto: Divulgação/Imperial College London)

Fóssil de 425 milhões de anos indica parentesco entre classes de molusco.
Pesquisa da Nature afirma que fóssil de Kulindroplax é único no mundo.
Cientistas de universidades do Reino Unido e dos EUA, como Imperial College, Oxford, Leicester e Yale, publicaram artigo na "Nature" apresentando um raro fóssil de um molusco chamado Kulindroplax, que teria vivido nos oceanos há cerca de 425 milhões de anos.
O animal, considerado pelos pesquisadores um "elo perdido" entre dois grandes grupos de moluscos, foi recriado numa animação computadorizada em 3D.
O fóssil de Kulindroplax é único no mundo, segundo os cientistas. Ele foi encontrado em uma falha geológica na Grã-Bretanha, e teria vivido em uma época em que a maior parte dos seres vivos habitava apenas os mares e as plantas começavam a se espalhar pela terra.
O novo pequeno fóssil, encontrado em rochas marinhas ao longo da fronteira da Inglaterra, fornece a melhor evidência fóssil de como moluscos evoluíram a partir de seus parentes anatomicamente mais complexos, em vez do contrário. os vermes mais simples.
A descoberta reforça pesquisas anteriores de estudos de sequenciamento molecular, e ajuda a esclarecer as relações evolutivas de moluscos, uma categoria ampla que inclui não apenas as ostras e mexilhões, mas também lesmas, lulas e polvos.
Segundo o estudo, o modelo em 3D permite concluir que o Kulindroplax é o "elo perdido" entre as classes de moluscos Aplacophora e Polyplacophora, por possuir características parecidas com os dois grupos.
O corpo do animal teria um formato de verme como os Aplacophora, e seria parcialmente protegido por cascas como os Polyplacophora, também chamados de quítons. A descoberta indica que os animais pertencentes às duas classes são aparentados.
Kulindroplax é cunhado a partir das palavras gregas para um cilindro e um prato, referindo-se ao corpo arredondado, com sua série de conchas.
Fonte: http://wwwf.imperial.ac.uk/imedia/content/view/3226/ku

Grande Barreira de Corais perdeu mais de 50% de sua cobertura original

Em 27 anos, maior ecossistema de recifes de corais do mundo perdeu mais de 50% de sua cobertura original.
Austrália admitiu negligência na preservação da Grande Barreira de Corais

Foto Projeto
 
Entre 1985 e 2012, a Grande Barreira de Corais, localizada na Austrália, perdeu 50,7% de sua cobertura original. Os dados são de estudo desenvolvido pelo Instituto de Ciência Marinha da Austrália. Ministro do Meio Ambiente admitiu negligência do país na preservação do maior ecossistema de recifes de corais do mundo.
"Eu acredito que o estudo provocou o efeito de uma onda de choque em muitos lares na Austrália", declarou o ministro do Meio Ambiente, Tony Burke, em discurso na emissora estatal ABC. O governo de centro-esquerda tem tomado medidas de preservação, mas "não há dúvida de que houve negligência por décadas", acrescentou.
O estudo aponta três principais razões da degradação dos corais: ciclones tropicais (responsáveis por 48% das perdas); predação de um tipo de estrela-do-mar (42%); e branqueamento dos corais (10%), fenômeno que leva os seres à morte por uma série de fatores, como aumento da temperatura do mar, poluição e acidificação dos oceanos. O índice obtido é baseado em dados de 2.258 pesquisas realizadas em 214 áreas de recife nos últimos 27 anos.
Apesar de situada a uma relativa distância do litoral e de populações urbanas, com grande proteção da ação humana por meio de leis que controlam a pesca e atividades potencialmente predatórias nos seus arredores, segundo o estudo, a Grande Barreira têm sido alvo das mudanças climáticas e desequilíbrio ambiental.
Uma das razões é o crescimento descontrolado da população de um tipo de estrela-do-mar, apontam os cientistas. O escoamento de fertilizantes e produtos químicos usados na agricultura para o litoral têm causado proliferação destes animais, que se alimentam dos recifes de coral.
A redução da cobertura original de corais têm se acentuado desde 1998, conforme o estudo. Para a recuperação dos corais é essencial que haja redução do aquecimento global e da acidificação dos oceanos, apontam os cientistas, que citam também que uma ação para reduzir a população de estrelas-do-mar na região teria efeito positivo na retomada do crescimento dos corais.