quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Banco De Imagens Sobre Biologia Marinha

Agência FAPESP – O Centro de Biologia Marinha (Cebimar) da Universidade de São Paulo (USP) lançou o Cifonauta – um banco com mais de 11mil imagens, 260 vídeos e panorâmicas e seleção de fotos sobre temas de
interesse de biólogos e pesquisadores que estudam o meio ambiente marinho e do público, em geral.
De acordo com a USP, o objetivo do projeto, criado pelos
pesquisadores Álvaro Esteves Migotto e Bruno Vellutini, é compartilhar
informações científicas e divulgar a biodiversidade marinha por meio de
imagens.
O processo de montagem do banco de imagens durou cerca de dois anos,entre o
início das programações e as fases de teste em sistema fechado. O conteúdo
apresenta referências bibliográficas, com uma ficha técnica do organismo
contendo seu tamanho, local de origem e nome científico, por exemplo.A
estrutura de buscas se dá por meio de diversos marcadores ou pela classificação
taxonômica – divisão por reino, filo, classe, até chegar à espécie desejada. O
conteúdo do banco está sob a licença de uso Creative Commons, que permite
a divulgação do conteúdo desde que dados os devidos créditos do trabalho e que
seja utilizado para fins não comerciais, sem necessidade de pedir autorização
para isso. As fotos veiculadas no banco de imagens são feitas com diversas
técnicas. Normalmente câmeras digitais são acopladas em microscópios ópticos ou
eletrônicos, dependendo do organismo fotografado, podendo ser aumentada a
resolução em até mil vezes. Outra técnica, pouco utilizada por ter um custo
bastante elevado, consiste no uso de um microscópio eletrônico de varredura
(MEV), utilizando-se de um feixe de elétrons para realizar a fotografia, por
meio de um processo altamente sofisticado.
“Temos uma costa oceânica imensa e conhecemos muito pouco sobre ela. É neste
sentido que as imagens são bons instrumentos de divulgação para a biologia
marinha, pois despertam a curiosidade e a reflexão sobre a enorme diversidade
dos oceanos”, disse Vellutini.
Mais informações: http://cifonauta.cebimar.usp.br/.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

QUE BICHO É ESTE?


Verme Tubular Gigante
Riftia pachyptila
O verme tubular gigante é um invertebrado marinho do filo Anelidda encontrado recentemente nas zonas abissais do Pacífico.
Ele pode chegar a 2,5 metros de comprimento e alcançar 250 anos de idade.
Pertence a classe Polychaeta que são dos vermes aquáticos.
O nome da classe deriva do grego que significa muitas cerdas e que faz referência
ao corpo destes vermes cobertos de cerdas.
Este animal com certeza é um dos mais instigantes do nosso planeta, pois faz parte de um ecossistema cuja fonte de energia primária não é a solar, vive fixado a chaminés vulcânicas ativas onde as temperaturas passam dos 400, a mais de 1000 metros de profundidade.
O tubo do verme é rígido e serve de proteção e sustentação ao animal.
O verme nunca deixa o seu tubo.
Ele possui na sua extremidade livre uma pluma vermelha super vascularizada que é o
órgão utilizado para a troca de substâncias com o meio. Este animal não tem
sistema digestivo e vive em simbiose com uma colônia de bactérias que habita
seu interior representando cerca de 50% do seu peso. O verme prove abrigo e
nutrientes para as bactérias e elas produzem energia para o verme.
Assim como as plantas estas
bactérias fixam a energia do ecossistema, só que a fazem através da
quimiossíntese das substâncias liberadas pelas chaminés vulcânicas e que são
capturadas pelos tentáculos do verme. As moléculas orgânicas, como o açúcar,
resultantes da quimiossítense das bactérias são a única fonte de alimento do
verme.
Apesar de fixar energia sem luz solar, este ecossistema depende indiretamente do Sol,
pois ele necessita do oxigênio que é produzido através da fotossíntese nas zonas superiores.
Sabe-se também que as chaminés podem interromper sua atividade subitamente e uma vez
que isso acontece a fonte de energia se esgota e o verme morre junto com todo o
ecossistema.
Colaboração:AdalbertoFrancisco Soares Júnior
Fonte: http://www.amigosdojoe.com/que-bicho-e-esse.html

Proliferação de lulas-gigante na California


A lula de Humboldt é geralmente encontrada no México e pode medir até 1,5 m e pesar 70 kg

Milhares de lulas gigantes surgiram na costa de San Diego, no Estado
americano da Califórnia, amedrontando turistas, mergulhadores e residentes. As
criaturas marinhas, chamadas de lula de Humboldt, são geralmente encontradas
nas águas profundas do México e podem medir até 1,5 m e pesar até 70 kg.
No México, essas lulas são conhecidas por atacar humanos. Na costa californiana, os animais ainda estão um pouco distantes da beira-mar, mas a presença pouco comum da espécie nessas praias causou receio entre os banhistas e preocupação entre os especialistas em vida marinha.
Cientistas afirmam que a escassez de alimentos causada pelo aquecimento
global poderia explicar a razão da invasão das lulas na costa californiana pela
terceira vez em dez anos.
Há quatro anos, uma invasão semelhante atingiu as praias de San Diego. Em
janeiro de 2005, centenas de lulas gigantes mortas apareceram nas praias de
Orange Country, na Califórnia.
Outra teoria defendida por cientistas para a aparição das lulas seria a de
que há uma redução no número de predadores naturais, o que facilitaria a
sobrevivência dessa espécie.
Pesquisadores acreditam que a Califórnia possa se tornar uma residência
permanente para a população de lulas.
Fonte: BBC Brasil

Como o aquecimento global poderia “encolher” os animais de sangue frio

Cientistas ingleses dizem que o aquecimento global vai fazer com que muitos dos organismos do mundo encolham.
Quase todos os organismos de sangue frio são afetados por um fenômeno conhecido como a “regra da temperatura e tamanho”, que descreve como os indivíduos da mesma espécie chegam a um tamanho menor quando adultos, se criados em temperaturas mais quentes.
Mas, até agora, os cientistas não compreendiam totalmente como essas mudanças de tamanho ocorriam.
Andrew Hirst e seus colegas da Escola Queen Mary de Ciências Biológicas e Químicas da Universidade de Londres exploraram este efeito incomum em detalhes, mostrando de forma conclusiva como ele ocorre.
O estudo foi realizado com dados de copépodes planctônicos marinhos. Estes minúsculos crustáceos são os principais plânctons nos oceanos do mundo, e são importantes herbívoros de plânctons menores e uma fonte de alimento para peixes maiores, aves e mamíferos marinhos.
Reunindo mais de 40 anos de pesquisa sobre o efeito da temperatura sobre esses organismos, os resultados mostram que a taxa de crescimento (o quão rápido a massa é acumulada) e a taxa de desenvolvimento (o quão rápido um indivíduo passa por estágios da sua vida) são consistentemente dissociadas em uma gama de espécies, com o desenvolvimento sendo mais sensível à temperatura do que o crescimento.
“O crescimento e o desenvolvimento aumentam em diferentes taxas de temperaturas quentes. As consequências são que, em temperaturas mais quentes, uma espécie cresce mais rápido, mas amadurece ainda mais rápido, o que resulta em um tamanho menor quando adulto”, explica Hirst. “A dissociação dessas taxas poderia ter consequências importantes para as espécies individuais e os ecossistemas”, acrescentou.
As conclusões da equipe sugerem que as taxas fundamentais para todos os organismos (como a reprodução, mortalidade e alimentação), não podem mudar em sincronia em um mundo em aquecimento.
Isto poderia ter implicações profundas para a compreensão de como os organismos trabalham e impactam cadeias alimentares inteiras e ecossistemas no mundo todo.
Embora os resultados da equipe estejam em desacordo com afirmações anteriores de muitos macroecologistas, os cientistas explicam claramente os tamanhos menores associados com a “regra de temperatura e tamanho”. Eles esperam que o estudo ajude aqueles que estão pesquisando os potenciais impactos das mudanças climáticas sobre o mundo natural.[ScienceDaily]