sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Índice pontua Brasil com nota 66, em 100, na saúde dos oceanos.
Recife saudável em Fernando de Noronha (PE): a biodiversidade foi um dos quesitos avaliados pelo Índice de Saúde do Oceano / Crédito: Divulgação/Zaira Matheus
Quesitos de avaliação são oportunidades de pesca
artesanal; biodiversidade; economia e subsistência costeira; águas limpas;
armazenamento de carbono; proteção costeira; identidade local; turismo e
recreação; produtos naturais e provisão de armazenamento.
O Brasil ficou na 87ª posição no ranking do Índice
de Saúde do Oceano (OHI, na sigla em inglês), que avaliou 221 Zonas Econômicas
Exclusivas (ZEE), que correspondem aos territórios oceânicos que banham
determinado país, ilha ou território. O país atingiu uma pontuação de 66, de um
total de 100 pontos. O resultado está um ponto acima da média global de saúde
dos oceanos, que é 65.
O índice, calculado pela primeira vez em 2012, é resultado de uma parceria de dezenas de cientistas que desenvolveram uma metodologia para medir a qualidade dos oceanos em escala global. Dez quesitos são avaliados: oportunidades de pesca artesanal; biodiversidade; economia e subsistência costeira; águas limpas; armazenamento de carbono; proteção costeira; identidade local; turismo e recreação; produtos naturais e provisão de armazenamento.
Os quesitos em que o Brasil foi mais bem avaliado foram oportunidades de pesca artesanal (com 99 pontos), parâmetro definido pela possibilidade de indivíduos praticarem a pesca como atividade de subsistência; e armazenamento de carbono (92 pontos), que corresponde à capacidade do território de preservar as vegetações costeiras, como manguezais, restingas e algas.
Já os quesitos em que o país teve pontuações mais baixas foram provisão de alimentos (24 pontos), índice que mede a capacidade de exploração da pesca e da maricultura; e produtos naturais (15 pontos), referente à capacidade de exportação de produtos como peixes ornamentais, óleo de peixe, algas, conchas, esponjas e produtos de coral. Mundialmente, esses dois quesitos também tiveram médias baixas, porém mais altas que o Brasil: 33 pontos em provisão de alimentos e 31 pontos em produtos naturais.
"A situação continua péssima em todo o mundo. Estamos usando mal os oceanos. Abusamos dos recursos, fazemos ocupação desordenada da costa, poluímos, fazemos um turismo predatório e por causa disso tudo estamos colocando esse grande bioma em risco", afirmou André Guimarães, diretor executivo da Conservação Internacional no Brasil, organização que colabora com o levantamento.
As zonas mais bem colocadas no índice, segundo informações do portal G1, foram as Ilhas Heard e McDonald, região deserta que faz parte da Austrália (94 pontos), a Ilha Saba, que fica no Caribe e faz parte da Holanda (90 pontos) e as Ilhas Howland e Baker, que ficam no Pacífico e fazem parte dos Estados Unidos (88).
O índice, calculado pela primeira vez em 2012, é resultado de uma parceria de dezenas de cientistas que desenvolveram uma metodologia para medir a qualidade dos oceanos em escala global. Dez quesitos são avaliados: oportunidades de pesca artesanal; biodiversidade; economia e subsistência costeira; águas limpas; armazenamento de carbono; proteção costeira; identidade local; turismo e recreação; produtos naturais e provisão de armazenamento.
Os quesitos em que o Brasil foi mais bem avaliado foram oportunidades de pesca artesanal (com 99 pontos), parâmetro definido pela possibilidade de indivíduos praticarem a pesca como atividade de subsistência; e armazenamento de carbono (92 pontos), que corresponde à capacidade do território de preservar as vegetações costeiras, como manguezais, restingas e algas.
Já os quesitos em que o país teve pontuações mais baixas foram provisão de alimentos (24 pontos), índice que mede a capacidade de exploração da pesca e da maricultura; e produtos naturais (15 pontos), referente à capacidade de exportação de produtos como peixes ornamentais, óleo de peixe, algas, conchas, esponjas e produtos de coral. Mundialmente, esses dois quesitos também tiveram médias baixas, porém mais altas que o Brasil: 33 pontos em provisão de alimentos e 31 pontos em produtos naturais.
"A situação continua péssima em todo o mundo. Estamos usando mal os oceanos. Abusamos dos recursos, fazemos ocupação desordenada da costa, poluímos, fazemos um turismo predatório e por causa disso tudo estamos colocando esse grande bioma em risco", afirmou André Guimarães, diretor executivo da Conservação Internacional no Brasil, organização que colabora com o levantamento.
As zonas mais bem colocadas no índice, segundo informações do portal G1, foram as Ilhas Heard e McDonald, região deserta que faz parte da Austrália (94 pontos), a Ilha Saba, que fica no Caribe e faz parte da Holanda (90 pontos) e as Ilhas Howland e Baker, que ficam no Pacífico e fazem parte dos Estados Unidos (88).
10 mil golfinhos são caçados todo ano por pescadores peruanos para servir de isca a tubarões em extinção!
Mais de 10 mil de golfinhos estão sendo mortos por
pescadores peruanos para servirem de isca à pesca de tubarões. Ambas as
espécies estão em perigo de extinção, sendo os golfinhos, animais protegidos
por lei. Há rumores de que essa pode ser a maior matança mundial de golfinhos.
Acompanhando uma equipe de caçadores de golfinhos na costa do Peru, o jornalista Jim Wickens conseguiu presenciar toda a matança através de um financiamento pelo Centro Pulitzer para Relatórios de Crise e muitas negociações com navios pesqueiros da região, até que um capitão aceitou transportá-lo desde que fosse respeitado um rigoroso anonimato em relação aos seus tripulantes e seu barco.
Momentos antes da caça realmente começar, enquanto os navios eram rodeados de golfinhos, Wickens revela que a visão era muito bonita, “Enquanto nosso navio cortava as ondas do Pacífico, os golfinhos agrupavam-se sob a proa se revezando para brincar de navegar na esteira”.
Entretanto, a paisagem aconchegante não durou muito tempo, “eu mal podia aguentar olhar, passando mal com o que viria a acontecer”, disse Wickens.
Pois acima dos golfinhos, no convés do navio pesqueiro peruano, estava seu capitão, empunhando um arpão afiado. Ele firmou-se cuidadosamente, observando o ritmo dos golfinhos ao vir à superfície respirar. Segundo Wickens, houve uma pausa momentânea e, em seguida, o capitão golpeou o animal, arremessando 30 kg de um tubo de aço em suas costas enquanto ele inocentemente nadava ao lado do navio.
Enquanto dois tripulantes puxavam a corda amarrada ao arpão, o golfinho tentava a qualquer custo se desvencilhar no objeto. Ele agonizava de dor e, logo ao chegar ao lado do barco, um gancho de aço brilhante afundou em sua cabeça e o transportou a bordo, com os intestinos saindo da ferida onde o arpão havia penetrado. O corpo do animal ainda estava se contorcendo.
O jornalista revela que um membro da tripulação afiou uma faca e começou a cortar as nadadeiras do golfinho, e as sacudiu no mar. “Enquanto uma poça de sangue grosso e brilhante aumentava, ele começou a tirar a pele das costas do animal”.
Para os tripulantes, os golfinhos são chamados de “porcos do mar”, pois são somente a isca perfeita para a caça de tubarões. Em um dos momentos de assassinato de golfinhos, Wickens conta que precisou filmar cada detalhe, pois “tínhamos que ter uma gravação a qual nós poderíamos recorrer para exibir ao mundo. Mas ainda mais matança estava por vir”. No dia seguinte à caça aos golfinhos, era a vez de realizar a matança em tubarões. Os tripulantes limparam todo o convés e separaram toda a carne do golfinho que havia sido estripado no dia anterior.
“A carne de golfinho é muito própria para o tubarão azul”, disse o capitão do navio. “Quando você a corta, sangra bastante e o tubarão azul gosta de gordura, e o golfinho é gordura pura”. E continuou, “Eu compreendo que a caça do golfinho é ilegal. Mas para mim, ela é necessária. Eu faço isso para manter meus gastos. Eu posso diminuir meus custos, porque a isca para tubarão é muito cara. A maioria dos barcos que pescam, possuem arpões que estão prontos para uso”.
Os membros da tripulação espetavam a carne do golfinho caçado em ganchos e os amarravam em linhas de pesca. Depois lançavam milhares desses ganchos pela água. Os tripulantes de preparavam para a segunda matança com energizantes naturais, que os manteriam acordados durante a noite da caça.
O primeiro tubarão chegou no meio da noite, de surpresa, conta Wickens. “Nadando no seu habitat natural sobre a água, o tubarão azul era uma linda visão, seu torso arredondado e grandes olhos dotavam-no de uma elegância suave”.
Mas esta elegância também durou pouco tempo. O tubarão foi arpoado e, em poucos segundos, ele foi arrastado por cima da amurada e se chocou contra convés, se debatendo. Em seguida, a equipe o imobilizou. Um cortou todo o seu focinho, bem na frente de seus olhos brancos.
“No buraco aberto com o golpe, uma haste longa e fina foi inserida rapidamente para baixo da coluna vertebral do tubarão e, afinal os golpes cessaram. Sua barriga foi aberta, os interiores lavados e a carcaça do tubarão jogada para um lado do convés.
Esse seria o primeiro de uma dúzia de tubarões que o barco pegaria, mataria e cortaria aquela noite”, disse Wickens.
Uma hora depois o motor desacelerou novamente entre gritos entusiasmados da tripulação do convés. Todos os quatro homens deixaram seu trabalho para ajudar a puxar a linha. Eles haviam capturado um enorme tubarão tresher, uma espécie recentemente classificada como próxima da extinção.
Com várias centenas de quilos, sua alongada nadadeira característica da espécie media sozinha 6 metros.
Wickens revela que, “por um momento ou dois, era ainda uma linda criatura marinha e então as facas o cortaram e foi jogada à pilha crescente de carne”.
“Mas o pior ainda estava por vir. Outro tubarão azul foi trazido à superfície, ainda se debatendo na água. Quando sua barriga foi aberta, dúzias de perfeitos bebês tubarões deslizaram para fora, contorcendo-se no convés”. A crueldade dos assassinos era tanta que, ao pedir que colocassem os filhotes no mar, eles riram de Wickens.
Esta foi a prova absoluta de toda a crueldade na caça aos golfinhos e tubarões. Exausto com as mortes presenciadas, Wickens deixou o convés com “tubarões se contorcendo sob ganchos bestiais” e desceu para a cabine.
Segundo o jornalista, “Em todos os sentidos, eu tinha tido – e visto – o suficiente”.
Fonte: http://www.anda.jor.br
Acompanhando uma equipe de caçadores de golfinhos na costa do Peru, o jornalista Jim Wickens conseguiu presenciar toda a matança através de um financiamento pelo Centro Pulitzer para Relatórios de Crise e muitas negociações com navios pesqueiros da região, até que um capitão aceitou transportá-lo desde que fosse respeitado um rigoroso anonimato em relação aos seus tripulantes e seu barco.
Momentos antes da caça realmente começar, enquanto os navios eram rodeados de golfinhos, Wickens revela que a visão era muito bonita, “Enquanto nosso navio cortava as ondas do Pacífico, os golfinhos agrupavam-se sob a proa se revezando para brincar de navegar na esteira”.
Entretanto, a paisagem aconchegante não durou muito tempo, “eu mal podia aguentar olhar, passando mal com o que viria a acontecer”, disse Wickens.
Pois acima dos golfinhos, no convés do navio pesqueiro peruano, estava seu capitão, empunhando um arpão afiado. Ele firmou-se cuidadosamente, observando o ritmo dos golfinhos ao vir à superfície respirar. Segundo Wickens, houve uma pausa momentânea e, em seguida, o capitão golpeou o animal, arremessando 30 kg de um tubo de aço em suas costas enquanto ele inocentemente nadava ao lado do navio.
Enquanto dois tripulantes puxavam a corda amarrada ao arpão, o golfinho tentava a qualquer custo se desvencilhar no objeto. Ele agonizava de dor e, logo ao chegar ao lado do barco, um gancho de aço brilhante afundou em sua cabeça e o transportou a bordo, com os intestinos saindo da ferida onde o arpão havia penetrado. O corpo do animal ainda estava se contorcendo.
O jornalista revela que um membro da tripulação afiou uma faca e começou a cortar as nadadeiras do golfinho, e as sacudiu no mar. “Enquanto uma poça de sangue grosso e brilhante aumentava, ele começou a tirar a pele das costas do animal”.
Para os tripulantes, os golfinhos são chamados de “porcos do mar”, pois são somente a isca perfeita para a caça de tubarões. Em um dos momentos de assassinato de golfinhos, Wickens conta que precisou filmar cada detalhe, pois “tínhamos que ter uma gravação a qual nós poderíamos recorrer para exibir ao mundo. Mas ainda mais matança estava por vir”. No dia seguinte à caça aos golfinhos, era a vez de realizar a matança em tubarões. Os tripulantes limparam todo o convés e separaram toda a carne do golfinho que havia sido estripado no dia anterior.
“A carne de golfinho é muito própria para o tubarão azul”, disse o capitão do navio. “Quando você a corta, sangra bastante e o tubarão azul gosta de gordura, e o golfinho é gordura pura”. E continuou, “Eu compreendo que a caça do golfinho é ilegal. Mas para mim, ela é necessária. Eu faço isso para manter meus gastos. Eu posso diminuir meus custos, porque a isca para tubarão é muito cara. A maioria dos barcos que pescam, possuem arpões que estão prontos para uso”.
Os membros da tripulação espetavam a carne do golfinho caçado em ganchos e os amarravam em linhas de pesca. Depois lançavam milhares desses ganchos pela água. Os tripulantes de preparavam para a segunda matança com energizantes naturais, que os manteriam acordados durante a noite da caça.
O primeiro tubarão chegou no meio da noite, de surpresa, conta Wickens. “Nadando no seu habitat natural sobre a água, o tubarão azul era uma linda visão, seu torso arredondado e grandes olhos dotavam-no de uma elegância suave”.
Mas esta elegância também durou pouco tempo. O tubarão foi arpoado e, em poucos segundos, ele foi arrastado por cima da amurada e se chocou contra convés, se debatendo. Em seguida, a equipe o imobilizou. Um cortou todo o seu focinho, bem na frente de seus olhos brancos.
“No buraco aberto com o golpe, uma haste longa e fina foi inserida rapidamente para baixo da coluna vertebral do tubarão e, afinal os golpes cessaram. Sua barriga foi aberta, os interiores lavados e a carcaça do tubarão jogada para um lado do convés.
Esse seria o primeiro de uma dúzia de tubarões que o barco pegaria, mataria e cortaria aquela noite”, disse Wickens.
Uma hora depois o motor desacelerou novamente entre gritos entusiasmados da tripulação do convés. Todos os quatro homens deixaram seu trabalho para ajudar a puxar a linha. Eles haviam capturado um enorme tubarão tresher, uma espécie recentemente classificada como próxima da extinção.
Com várias centenas de quilos, sua alongada nadadeira característica da espécie media sozinha 6 metros.
Wickens revela que, “por um momento ou dois, era ainda uma linda criatura marinha e então as facas o cortaram e foi jogada à pilha crescente de carne”.
“Mas o pior ainda estava por vir. Outro tubarão azul foi trazido à superfície, ainda se debatendo na água. Quando sua barriga foi aberta, dúzias de perfeitos bebês tubarões deslizaram para fora, contorcendo-se no convés”. A crueldade dos assassinos era tanta que, ao pedir que colocassem os filhotes no mar, eles riram de Wickens.
Esta foi a prova absoluta de toda a crueldade na caça aos golfinhos e tubarões. Exausto com as mortes presenciadas, Wickens deixou o convés com “tubarões se contorcendo sob ganchos bestiais” e desceu para a cabine.
Segundo o jornalista, “Em todos os sentidos, eu tinha tido – e visto – o suficiente”.
Fonte: http://www.anda.jor.br
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