terça-feira, 6 de maio de 2014

Cientistas europeus encontram resíduos plásticos em águas profundas

O plástico chega a constituir 41% dos depósitos de lixo no solo oceânico.

Um grupo de pesquisadores europeus analisou águas profundas dos oceanos Atlântico e Ártico e do Mar Negro. As amostras estudadas comprovaram que os resíduos humanos não estão somente na superfície do mar, eles também são encontrados em profundidades de até 4,5 quilômetros.

O estudo, chamado de Projeto de Mapeamento de Profundidade, foi financiado pela União Europeia e contou com a participação de 15 organizações. Para chegar ao resultado final, os cientistas utilizaram 600 amostras obtidas entre profundidades que variaram de 35 metros a 4,5 quilômetros.

“Descobrimos que o plástico foi o lixo mais comum encontrado no mar. O plástico chega a constituir 41% dos depósitos no solo oceânico. As acumulações de lixo mais densas foram encontradas em profundos desfiladeiros marinhos”, explicou Christipher Pham, da Universidade dos Ações.

A Dra. Kerry Howell, professora associada do Instituto de Marinha da Universidade de Plymouth, informou que os cientistas ficaram chocados com a descoberta de tantos resíduos em lugares totalmente desabitado por pessoas. “Esta pesquisa mostrou que o lixo humano está em todos os habitats marinhos, desde as praias até os mais distantes e profundezas do oceano. A maior parte das áreas analisadas permanece inexplorada pelos humanos, então ficamos chocados ao descobrir que o nosso lixo está lá antes de nós.”

De acordo com o estudo, o plástico representa 41% dos resíduos encontrados. Outros 34% são formados por redes e outros artigos relacionados à pesca. Vidro, metal, madeira, papel, roupas, cerâmica e materiais não identificados também foram coletados, mas em escala menor.

Os cânions e as correntes marítimas são as principais causas para este movimento de lixo pelos oceanos. Os pesquisadores lembram que o estudo serve como alerta. “Nossos resultados destacam a extensão do problema e a necessidade de ações para evitar o aumento do acúmulo de lixo em ambientes marinhos”, finaliza a Dr. Kerry Howell em artigo original
 

 
 

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