Gorgonocephalus arcticus (Echinodermata, Ophiuroidea) 25 cm
Ophiuroidea (do grego ophis, serpente + oura, cauda + eidos, forma + ea, caracterizado por) é uma classe de equinodermos conhecidos como ofiuróides.
O corpo dos ofiuróides, é composto por um disco central, rodeado por cinco braços flexíveis, que podem chegar aos 60 cm de comprimento. Há cerca de 1200 espécies descritas, distribuidas por todos os oceanos, dos polos ao equador. Estão presentes em todas as profundidades mas a maior biodiversidade do grupo encontra-se abaixo dos 500 metros. Os ofiúros surgiram no Ordovícico inferior. O grupo taxonómico já foi designado como Ophiodea.
O exoesqueleto dos ofiúros é composto por ossículos de carbonato de cálcio, fundidos no disco central (calix) e articulados entre si bos braços. Esta característica faz com que os braços por vezes se desintegrem, o que lhes confere o nome alternativo de estrelas quebradiças.
Ao contrário das estrelas do mar (classe Asteroidea), todos os órgãos vitais dos ofiúros encontram-se confinados ao disco central. A boca é rodeada por cinco placas mandibulares. O sistema digestivo é básico e composto por um esofago curto e um estômago amplo, que ocupa a maior parte da cavidade do animal. O sistema nervoso é igualmente simples e composto por uma estutura nervosa anelar que rodeia a cavidade do calix. A partir deste centro, há uma ramificação" em cada braço que permite ao ofiúro "sentir" o ambiente em seu torno. Estes animais não têm olhos nem cérebro.
Os ofiúros têm a capacidade de regenerar braços perdidos e fazem-no muitas vezes depois de encontros com predadores.Neste caso, ele promove a autotomia (auto-amputação), para fins de livrar-se do predador. A locomoção destes animais é feita através de movimentos com os braços flexíveis.
Ophiodea do livro, de Ernest Haeckel
, Kunstformen der Natur de 1904.
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Foto do Dia - Ofiuróide
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Russo mergulha em mar gelado do Ártico para capturar beleza de águas-vivas
Água-viva. Foto Alexander Semenov |
"A fauna marinha deste mar gelado é surpreendente e diferente de tudo que é visto nos mares mais quentes, que você geralmente vê na TV ou em livros de fotografia", afirmou Semenov.
Delicadas e coloridas, as águas-vivas têm corpos quase translúcidos em forma de disco voador, com órgãos reprodutivos de cores fortes no centro.
Apesar de sua aparência delicada, elas são grandes predadoras, se alimentam de moluscos, crustáceos e vermes. As águas-vivas são encontradas no oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.
Semenov é chefe de uma equipe de mergulhadores da Estação Biológica no Mar Branco, a quase 15 quilômetros do vilarejo mais próximo. Ele faz fotos da fauna da região do Mar Branco há anos.
"Muitos cientistas estão fazendo trabalhos empolgantes, mas não conseguem apresentar os resultados visualmente", afirma Semenov.
"Parte do meu trabalho é fornecer a eles o material ilustrativo, se elas acabam sendo fotos artísticas, então é legal."
Veja mais fotos de fauna marinha em http://www.behance.net/mumrik
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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
7 Maneiras inteligentes de proteger os corais
Algumas atitudes muito pouco sustentáveis
tomadas pela humanidade, nas últimas décadas, têm acabado com os recifes de
corais do planeta. As mudanças climáticas, crescimento das populações
litorâneas, e, principalmente, a pesca predatória, já dizimaram um quinto dos
corais da Terra.Sabendo do papel fundamental que eles têm na vida marinha, cientistas estão desenvolvendo sete maneiras de conservar os recifes de corais, o mais intactamente possível, para as futuras gerações.
Confira a lista:
1. Proteger os peixes que se
alimentam de algas
Peixes comedores de algas são fundamentais para
manter o equilíbrio da vida marinha, porque algumas delas inibem o crescimento
de jovens corais. Proteger reservas marinhas permite a sobrevivência de uma
quantidade abundante dessas espécies de peixe, o que por consequência ajuda a
proteger os corais.
2. Multar quem danifica os
corais
No começo de 2009, um navio americano
atravessou e devastou um recife em Honolulu, Havaí (EUA), e pagou caro: 7
milhões de dólares. Os corais foram restaurados com esse dinheiro, um custo
para levar mergulhadores suficientes para realocar 5.000 colônias de coral em
seus lugares de origem.As multas são uma forma que o governo achou para “incentivar” as pessoas a tomar cuidado com as barreiras de coral, especialmente em operações da marinha.
3. Mapear as áreas de recifes
Nesta era de fotos aéreas e acompanhamentos por
satélite, não foi difícil para cientistas dos EUA mapear mais de 9.000 km² de
recifes de corais. As expedições são parte de um programa para se entender, em
cada área, onde estão os corais a serem protegidos e o que é necessário fazer.Alguns recifes têm sofrido particularmente com a poluição do mar e a pesca indiscriminada. O estudo deve “dedurar” que países são responsáveis pelos danos de determinado recife, e fazer algo para frear a destruição.
4. Reconstruir corais com
choques elétricos
Você sabe o que é Biorock? É um método
aperfeiçoado por cientistas para reconstruir recifes a partir de choques elétricos.
São instaladas barras metálicas em meio aos corais, e pequenos impulsos
elétricos ajudam a acumular calcário, que é a base para a formação das paredes
dos recifes.Mesmo sob condições adversas de meio ambiente (e aí se destaca o aquecimento da água do mar), a tecnologia apresenta bons resultados.
5. Recolocar corais com balões
submarinos
Existe até uma organização para isso: “Fundação
dos Balões de Recifes”. A tecnologia implica em mergulhar estas esferas
flutuantes para monitorar e controlar o posicionamento dos corais que foram
arrancados de seu habitat natural.Entre 3 e 5 anos, segundo a fundação, é possível recuperar um recife danificado, porque o posicionamento dos corais gera nutrientes.
6. Enaltecer a importância
econômica de recifes
Importâncias econômicas dos corais:
proporcionam comida para milhões de pessoas, atraem turistas para áreas
tropicais e protegem a costa litorânea de tempestades. Segundo um órgão
ambiental americano, o lucro que os corais proporcionam ao planeta, direta e indiretamente,
é de 375 bilhões de dólares por ano.Acredita-se que algumas pessoas que praticam atividades marinhas não seriam tão negligentes em relação aos corais se soubessem disso.
7. Encarar a situação como ela
é
Os corais já estão de fato enfraquecidos. Todas
as medidas listadas acima têm agora o papel de minimizar os danos, e não de
evitá-los. É o que afirma um pesquisador da Universidade de Queensland
(Austrália), região onde se encontra a maior barreira de corais do mundo. Esse reconhecimento da situação, segundo o cientista, é ideal para que o problema seja tratado, desde já, com a seriedade que merece. [MSNBC]
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Imagem enviada por Natalie Silva
·
Conhecido como Dragão Azul
(Glaucus atlanticus) esta é uma espécie de lesma-do-mar pertencente ao grupo
dos moluscos nudibrânquios da família Glaucidae.
Estes nudibrânquios medem normalmente de 3 a 4 cm de comprimento, mas alguns espécimes podem atingir os 6 cm.
Apresentam uma coloração azul-prateada na face dorsal e azul pálido na face ventral. O corpo é tronco-cónico, aplainado, com seis apêndices que se ramificam em raios afilados. A rádula tem dentes que se assemelham a minúsculas espadas.
Estes nudibrânquios medem normalmente de 3 a 4 cm de comprimento, mas alguns espécimes podem atingir os 6 cm.
Apresentam uma coloração azul-prateada na face dorsal e azul pálido na face ventral. O corpo é tronco-cónico, aplainado, com seis apêndices que se ramificam em raios afilados. A rádula tem dentes que se assemelham a minúsculas espadas.
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Evolução das baleias - a saga dos mamíferos na Terra
Foto: Brian Skerry
VOCÊ SABIA...?
As primeiras baleias eram animais terrestres e, além disso, bons corredores. Pesquisas de DNA mostram que cetáceos estão mais próximos de mamíferos como porco, camelo, cervo e hipopótamo.
Descubra outras curiosidades evolutivas http://abr.io/GqYd
VOCÊ SABIA...?
As primeiras baleias eram animais terrestres e, além disso, bons corredores. Pesquisas de DNA mostram que cetáceos estão mais próximos de mamíferos como porco, camelo, cervo e hipopótamo.
Descubra outras curiosidades evolutivas http://abr.io/GqYd
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Cientistas querem usar 'adesivo' de mexilhões em cirurgias.
Cola do mexilhão pode auxiliar em procedimentos
médicos.
Material que imita proteínas de mexilhão pode ser
usado em medicamentos.
'Cola' seria utilizada também como indicador de mudanças ambientais.
'Cola' seria utilizada também como indicador de mudanças ambientais.
Uma versão
sintética do adesivo poderoso que mantém os mexilhões grudados nas rochas,
apesar da força das ondas, pode ter aplicação em cirurgias e tratamentos contra
o câncer, indicaram pesquisadores.
Os
cientistas criaram um material que imita as proteínas aderentes dos mexilhões e
pode ser utilizado em importantes procedimentos médicos para reparar membranas
fetais ou criar medicamentos que destruam células cancerígenas, informaram neste
fim de semana.
Phillip
Messersmith, professor de engenharia biomédica na Universidade Northwest, é um
dos pesquisadores que buscam reproduzir as qualidades do mexilhão em uma
substância sintética. Com sua equipe, desenvolveu uma versão resistente à água,
que serviria para fechar feridas internas, entre outras aplicações médicas.
Testes
clínicos estão sendo realizados, com a colaboração de pesquisadores europeus.
Outro sintético em que trabalham poderia ajudar a reparar ossos quebrados ou
dentes.
Além das
pesquisas no campo da medicina, a bióloga da Universidade de Washington Emily
Carrington usa a "cola" dos mexilhões como indicador de mudanças
ambientais.
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Lesma do mar com órgão sexual 'descartável' surpreende cientistas
Lesma-do-mar com órgão sexual 'descartável'
surpreende cientistas japoneses (Foto: Jim Anderson)
Pesquisadores japoneses descrevem inusitados hábitos de reprodução de animal marinho.
A observação de uma lesma do mar capaz que se reproduzir usando um órgão sexual "descartável" está surpreendendo os cientistas.
Pesquisadores japoneses vinham observando há algum tempo os hábitos de acasalamento inusitados da espécie Chromodoris reticulata, encontrada no Oceano Pacífico.
Agora, eles publicaram um estudo sobre o tema na revista "Biology Letters", da Real Sociedade Britânica, relatando o registro, pela primeira vez, de uma criatura que pode copular repetidas vezes com o que foi descrito com um "pênis descartável".
Acredita-se que quase todas as lesmas do mar (também conhecidas como nudibrânquios) sejam "hermafroditas simultâneos". Isso significa que esses animais têm tanto órgãos sexuais masculinos quanto femininos e podem usá-los ao mesmo tempo.
Conforme explica Bernard Picton, especialista em invertebrados marinhos do Museu Nacional da Irlanda do Norte, os órgãos sexuais, em geral, ficam do lado direito do corpo das lesmas e, durante a cópula, os dois animais se unem por esse lado, fecundando-se simultaneamente.
Observações
A equipe japonesa observou lesmas do mar coletadas em recifes de coral rasos no país, analisando 31 cópulas. Segundo os registros, logo após o acasalamento, essas criaturas se desfaziam de seus órgãos sexuais masculinos, deixando-os no fundo do tanque de estudo.
Em apenas 24 horas, porém, as lesmas já tinham se regenerado e estavam prontas para acasalar mais uma vez, com "novos" órgãos sexuais.
Um exame mais detalhado da anatomia dos animais revelou que eles tinham parte do "pênis" enrolada em espiral dentro do corpo, o que permitia a regeneração rápida do órgão.
As lesmas do mar foram capazes de copular três vezes seguidas, com intervalos de 24 horas entre cada uma delas.
Os cientistas não deixaram claro se, após o uso dessa "reserva interna", o animal deixa de se reproduzir para sempre ou se é capaz de regenerar a "reserva" em algumas semanas ou meses.
Outros animais já foram observados "desfazendo-se" de seus órgãos sexuais após a cópula, entre eles uma espécie de aranha e uma lesma terrestre (Ariolimax).
A lesma Chromodoris reticulata, porém, parece ser a única criatura capaz de regenerar os órgãos para usá-los novamente.
Para os cientistas, essa capacidade daria ao animal uma vantagem sexual: aumentar as chances de cada lesma passar seus genes adiante.
"Esses animais têm uma biologia muito complicada", diz Picton.
Fonte: BBC
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Calendário 2013
A equipe do Projeto Biomar informa que já se encontram abertas as inscrições para os cursos teóricos-práticos de 2013.Os cursos são personalizados, quanto ao conteúdo, carga horária e estratégia operacional para se adaptarem a faixa etária dos alunos da Educação Básica ao Ensino Superior. Maiores informações:
projetobiomar@projetobiomar.com.br
www.projetobiomar.blogspot.com
www.projetobiomar.com.br
Esperamos você e sua escola em 2013!
Prof. Nilo Serpa e Equipe
Elysia chlorotica - lesma do mar faz fotossíntese
Lesma
marinha adquire capacidade de fazer fotossíntese depois de comer alga verde
Elysia
chlorotica é uma
pequena lesma do mar verde (molusco,
gastrópoda), devido a presença de clorofila, que habita principalmente a costa norte-americana,
que se estende desde a costa da Nova Escócia ao sul da Flórida. Este molusco se
tornou conhecido por ser o primeiro animal conhecido que mostrou a capacidade
de produzir clorofila e fazer fotossíntese depois de se alimentar da alga Vaucheria
litorea e roubar-lhe as organelas necessárias para fazer a fotossíntese.
Este procedimento não é passado de geração em geração, ou seja, para que a Elysia
chlorotica consiga realizar a fotossíntese é necessário que ela se
alimente da Vaucheria litorea e roube-lhe os cloroplastos através de um
processo conhecido como cleptoplastia1.
Distribuição
A Elysia chlorotica pode
ser encontrada ao longo da costa leste dos Estados Unidos e em algumas partes
da Nova Escócia e do Canadá, em regiões de pântano.
Descrição
Um adulto da espécie
Elysia
chlorotica é geralmente de cor verde brilhante, devido ao seu hibridismo. No entanto, podem
ser avermelhados ou de cor acinzentada, dependendo da quantidade de clorofila nas glândulas digestivas, que se
ramificam por todo o seu corpo. A espécie pode crescer até chegar aos 60
milímetros de comprimento, mas normalmente crescem até 30 milímetros.
Alimentação
A Elysia chlorotica alimenta-se de algas Vaucheria litorea.
A lesma mantém o alimento firme em sua boca e suga seu conteúdo. Ela mantém os cloroplastos ilesos,
armazenando-os dentro de células de seu extenso sistema digestivo. A aquisição
dos cloroplastos por meio da alimentação ocorre logo após a metamorfose. Lesmas
juvenis apresentam coloração marrom com manchas vermelhas até que ingiram as
algas, ocasião em que ficam verdes. A lesma precisa continuamente se alimentar
de algas para reter os cloroplastos, mas ao longo do tempo esses plastídeos se
tornam mais estáveis, incorporando-se às células do sistema digestivo.
A incorporação dos cloroplastos dentro das células de Elysia chlorotica permite à lesma realizar fotossíntese. Isto é benéfico
para ela porque há certos períodos em que a alga não está disponível em
quantidade suficiente no ambiente para uma alimentação adequada. A Elysia
chlorotica pode sobreviver meses somente com os açúcares produzidos
através da fotossíntese realizada por seus próprios cloroplastos.
Reprodução
A espécie é hermafrodita, mas
a auto-fecundação não é comum.
Referências
- Solar-powered sea slug
harnesses stolen plant genes , artigo em inglês do
NewsScientist explicando sobre o animal.
- A Database of Western
Atlantic Marine Mollusca , banco de dados em
inglês dedicado a moluscos marinhos ocidentais.
- Symbio , artigo em inglês.
- Sea Slug Forum. , artigo em inglês.
Cleptoplastia ou cleptoplastidia é um fenômeno simbiótico onde plastídeos de algas
são “sequestrados” por organismos hospedeiros. A alga é consumida normalmente e
parcialmente digerida, deixando o plastídeo intacto. Os plastídeos são mantidos
dentro do hospedeiro, temporariamente, permitindo a função de fotossíntese para uso do predador.
O termo foi cunhado em 1990 para descrever simbiose de cloroplastos.
Fonte: Wikipédia
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Vaucheria litoranea
4º Congresso Brasileiro de Biologia Marinha - Maio 2013
O 4º Congresso Brasileiro de Biologia Marinha (4º CBBM), acontece de 19 a 23 de maio de 2013, no Centro Internacional de Eventos do Costão do Santinho - Resort, Golf, Spa, em Florianópolis/SC..
O Evento é uma realização da Associação Brasileira de Biologia Marinha
(ABBM), entidade científica criada em 2007 para contribuir para o avanço das
pesquisas e divulgação de informações sobre Biologia Marinha no Brasil.
Maiores detalhes sobre o
evento estão disponíveis no sítio: http://www.abbm.net.br/cbbm2013
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