Microrganismos estão usando lixo como tipo de
'recife', dizem cientistas.
Pesquisadores encontram pelo menos mil tipos diferentes de bactérias.
Pesquisadores encontram pelo menos mil tipos diferentes de bactérias.
Cientistas
descobriram uma vasta gama de bactérias e outros microrganismos se proliferando
em pedaços de plástico que poluem os oceanos em vários lugares do mundo, aponta
um estudo publicado na revista científica "Environmental Science &
Technology" nesta semana.
Comunidades
microbióticas estão crescendo no plástico e no lixo espalhados nos mares, que
têm se tornado um novo habitat ecológico para bactérias, afirmam os cientistas.
Eles batizaram os locais onde há acúmulo de plástico de "platisfera".
Usando
técnicas de sequenciamento genético e microscópios eletrônicos, os cientistas
encontraram ao menos mil tipos diferentes de bactérias em amostras de plástico,
além de muitas espécies de organismos unicelulares e pluricelulares ainda não
identificados.
Há algas e
bactérias que produzem o próprio alimento; animais microscópicos que se
alimentam delas; pequenos predadores e inclusive organismos que produzem
relações de simbiose entre si.
Os
pesquisadores do Instituto Oceanográfico de Woods Hole, um dos maiores centros
de pesquisa independente na área, nos EUA, afirmam estar preocupados com a
função e atividade bioquímica que esses microrganismos estão realizando nos
oceanos.
"Queremos
saber como eles estão agindo e alterando o ecossistema marinho. Como estão
alterando outros micróbios, como afetam organismos maiores?", questionou
Linda Amaral Zettler, uma das responsáveis pela pesquisa, ao site da
instituição.
“Os
organismos habitando os pedaços de plástico são diferentes dos que estão no
oceano, indicando que os restos de plástico estão funcionando como ‘recifes de micróbios’,” afirmou a
pesquisadora Tracy Mincer, também ao site da universidade.
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