O Centro de Biologia
Marinha da Universidade de São Paulo (Cebimar-USP) vem desenvolvendo uma série
de projetos didáticos e de divulgação científica de excelente qualidade – vale
conferir! Primeiro foi a exposição sobre a origem da biodiversidade nos oceanos, que
circulou por algumas cidades brasileiras e ainda inspirou a elaboração de dois jogos
didáticos. Em seguida, veio o Cifonauta, belíssimo banco de imagens de biologia marinha.
E, mais recentemente, a equipe encabeçada pelo Prof. Alvaro Migotto produziu
também o vídeo abaixo, sobre meiofauna.
E então, você já tinha ideia da ampla diversidade
de vida que abunda entre os grãos de areia próximos aos oceanos? E sobre o tipo
de estudos que os biólogos realizam com esses seres? Um rápido aperitivo: o
biólogo Gustavo Fonseca, que aparece no início do vídeo, aborda a classificação
e a distribuição das espécies encontradas, procurando entender como essas
espécies tão pequenas se dispersam pelos ambientes marinhos. Já a bióloga
Fabiane Gallucci, que aparece no final do vídeo, estuda a relação destas
espécies microscópicas com o ambiente onde vivem, tentando desenvolver modelos
para entender os parâmetros ambientais que melhor predizem mudanças na fauna. O
grupo investiga, ainda, como alterações ambientais provocadas pelo ser humano
podem afetar os ecossistemas marinhos. Afinal, pontua Gustavo, “apesar de
pequenos, esses bichos são ótimas ferramentas para acessarmos a ‘saúde’ do
ecossistema”.
Os materiais elaborados pelo grupo, que incluem
ainda alguns folhetos, como este sobre animais marinhos perigosos, foram desenvolvidos
no âmbito projeto “Um mar de ciência: iniciativas de divulgação científica em
Biologia Marinha”, financiado pelo CNPq por meio do Edital MCT/CNPq nº 42/2007
– Difusão e Popularização da C&T. Belas e inspiradoras iniciativas, tanto
por parte do grupo do Cebimar, quanto do CNPq. O Prof. Álvaro pretende
continuar a produção desse tipo de material de divulgação e educação científica,
mas tem esbarrado com a dificuldade de que desde 2007 nenhuma agência de apoio
à pesquisa abriu outro edital com essa temática. Torçamos pelo rápido reparo a
esse equívoco!
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