Imagem mostra cópula de lulas. Segundo
cientistas, espécie tem cansaço muscular após relacionamento sexual duradouro.
(Foto: Divulgação/Mark Norman/Universidade de Melbourne)
Molusco do sul da Austrália perde capacidade de nado após cópula.
Fadiga muscular deixa lulas suscetíveis a ataques de predadores.
Segundo pesquisa feita por biólogos da Universidade de
Melbourne, na Austrália, e divulgada na última edição da revista "Biology
Letters" (publicada na última quarta-feira, 18), a fadiga que atinge o
molusco pode ser prejudicial e ainda expor espécimes a predadores -- que levam
vantagem na hora da caçada.
Os cientistas analisaram exemplares de lula da espécie
Euprymna tasmanica, que vivem na costa sul Austrália
e em partes da Tanzânia. Esses animais chegam a atingir até sete centímetros de
comprimento.
Essa espécie consegue se acasalar por até três horas
seguidas, após um ritual em que o macho agarra a fêmea e a prende para a
cópula. Durante a relação, ambos os espécimes mudam de cor e podem até produzir
uma nuvem de tinta escura, que ajuda o casal a fugir de predadores.
Os pesquisadores comprovaram que após o acasalamento,
tanto a lula macho, quanto a lula fêmea, precisaram de 30 minutos para
recuperar sua capacidade de natação anterior. De acordo com o estudo, isto
sugere que a lula sofre de fadiga muscular temporária.
De acordo com a pesquisa, este momento de fadiga pode
prejudicar a espécie no momento de fugir de predadores, por exemplo,
obrigando-a se esconder na areia para evitar ataques.
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