quarta-feira, 27 de abril de 2011

Algas podem limpar locais contaminados por radiação


Sempre que ocorre um acidente nuclear de grande porte, como o que se seguiu ao tsunami no noroeste do Japão no mês passado, a ciência revê seus métodos de como consertar os estragos e limpar os locais contaminados da radiação. Há algumas maneiras mais eficazes para isso, outras menos, mas pesquisadores da Universidade do Noroeste do Japão parecem ter encontrado um novo e revolucionário meio: as algas.
Usar algas para fins científicos avançados já é um procedimento corrente na ciência. Mas esta novidade surgiu quando um dos cientistas da universidade descobriu que existe uma alga, chamada de Closterium moniliferum, que é capaz de capturar átomos de Estrôncio das superfícies. Com isso, poderia servir para remover um dos elementos radioativos presentes em acidentes nucleares, o Estrôncio-90.
O perigo do Estrôncio é sua semelhança química com o cálcio. Em um local contaminado, pode perfeitamente penetrar em ossos, no leite e no sangue das pessoas ou de animais consumidos por nós. Em áreas amplas onde o risco de contaminação é alto, isso se transforma em uma bola de neve. E a função da Closterium moniliferum é justamente capturar esse Estrôncio.
A alga em questão, na verdade, está atrás de Bário, outro elemento, mas, também, acaba retendo Estrôncio no processo. Por isso, os cientistas consideram que se coloque Bário junto com as algas, em locais contaminados, para acelerar o processo. Com isso, calculam os cientistas, pode-se limpar grandes áreas de conteúdo radioativo em questão de minutos. É uma segura economia de tempo e dinheiro para países que sofrem acidentes nucleares.Fonte: Nature

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Estudo traça perfil de raia gigante em águas brasileiras


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Uma das maiores e mais misteriosas espécies de peixe do mundo, a raia-jamanta (Manta birostris), começa a ter seus hábitos revelados por meio de um estudo inédito feito no país. Por ser fã de águas profundas e de grandes deslocamentos, esse gigantesco bicho, que pode chegar a 2 toneladas, dá muito trabalho para ser ser estudado. Agora, pesquisadores do Projeto Mantas do Brasil, com patrocínio da Petrobras, fizeram o primeiro mapeamento por satélite no Atlântico Sul dessa que é a maior espécie de raia do planeta. O trabalho foi feito na área do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, um dos poucos locais de agrupamento conhecidos da espécie. Para coletar os dados, os cientistas colocam uma espécie de etiqueta com um microchip no corpo dos animais. Os dispositivos ficam grudados nos peixões por um tempo pré-programado, que vai até 180 dias. No final do período, eles se soltam e flutuam até a superfície. De lá, ficam emitindo dados, que são percebidos assim que o satélite faz a varredura da região. "É uma coisa emocionante, mesmo com um número de amostragem ainda muito baixo", diz Guilherme Kodja, coordenador do Projeto Mantas do Brasil.


ROTAS DE MIGRAÇÃO Por meio das informações recebidas do satélite, os pesquisadores ficam sabendo, entre outras coisas, das rotas de migração da espécie, além de seus hábitos e da profundidade de mergulho. Isso é importante porque permite criar estratégias de manejo para os bichos. "Saber de onde eles vêm e para onde eles vão nos ajuda a identificar os pontos de risco e criar formas de evitá-los", explica Kodja. O projeto, que também usa fotografias para mapear as raias, conseguiu identificar locais de captura ilegal da M. birostris. Segundo o coordenador do projeto, em águas brasileiras, essas raias são normalmente pescadas por acaso. Apesar do tamanho, elas têm baixo valor comercial no país. Na Ásia, no entanto, a raia-jamanta é muito usada na medicina tradicional, devido a supostas propriedades que filtrariam o sangue. Esse tipo de pesca já fez desaparecer populações nas Filipinas e colocou o bicho recentemente na categoria de vulnerável à extinção. Fonte: Ciências - folha.com.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Olho gigante de lula


Ela tem em média 20 metros de comprimento e pesa mais de uma tonelada. Dificilmente se contesta que a lula-gigante é um animal colossal, mas sabe-se que existem alguns ainda maiores ou mais pesados, como baleias e elefantes. Mas mesmo estes monstros do reino animal não podem competir com a lula-gigante em um quesito: o tamanho do olho. A foto acima mostra um pote de vidro com um exemplar do olho desse animal. Chega a medir mais de 25 cm de diâmetro, o que equivale a um prato de comida. E esse tamanho todo não é por motivo banal: como o animal vive em mares de grande profundidade e escuridão, onde nenhum raio de sol é capaz de penetrar, o olho tamanho família o ajuda a achar comida e abrigo. Apesar do tamanho, a estrutura ocular da lula-gigante é muito parecida com a dos seres humanos: compõe-se de íris, pupila e retina, como a nossa. Essa característica é uma das poucas bem conhecidas sobre a lula-gigante, um animal cujos hábitos ainda são em parte um mistério para a ciência

terça-feira, 5 de abril de 2011

Japão detecta radiação em peixes a 80 km de usina


Autoridades japonesas informaram que encontraram níveis altos de materiais radioativos em peixes a 80 quilômetros de a usina nuclear Daiichi, em Fukushima. A radiação elevada já havia sido encontrada em alguns produtos como leite e vegetais no Japão. Segundo a Prefeitura de Ibaraki, duas amostras de pequenos peixes chamados konagos, pescados em áreas diferentes perto da costa do Oceano Pacífico, em Ibaraki, norte do país, continham níveis de material radioativo acima do permitido.


A descoberta anunciada é a primeira indicação clara de contaminação dos peixes e levanta temores deque a água radioativa da usina ameace a vida marinha, que é uma importante fonte de alimentação para o país. Em uma amostra coletada em 1º de abril, uma cooperativa de pesca local detectou 4.080 becquerels (unidade de medida de radioatividade) por quilo de iodo radioativo. O governo japonês estabeleceu um limite de 2 mil becquerels por quilo para os peixes, o mesmo nível permitido em vegetais. Em outra amostra coletada foram detectados 526 becquerels de césio por quilo de peixe. O valor ultrapassa o limite de 500 becquerels por quilo desse componente. A Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da usina, lançou mais de 10 milhões de litros de água pouco radioativa no Oceano Pacífico, mas busca evitar que água ainda mais radioativa também acabe no oceano. As informações são da Dow Jones.