Biofixação - Fixação de organismos em substratos artificiais como as bóias, as plataformas de marinas, as plataformas petrolíferas ou os cascos dos navios.
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O estudo das invasões biológicas no meio marinho tem ganho cada vez mais relevo no contexto das alterações climáticas. Vários trabalhos científicos já comprovaram que, com o aquecimento das águas oceânicas, há variadas espécies tropicais que migram em direção aos pólos, tal como acontece com as comunidades bentônicas, que ao nível da biofixação, em particular, têm registado cada vez mais espécies invasoras.
As baías e os estuários são conhecidos por terem maior probabilidade de conter espécies invasoras e por serem ricas em poluição por metais, como o níquel, o zinco ou o cobre. Neste último caso, investigações anteriores não detetaram qualquer efeito poluidor em espécies nativas e exóticas. Contudo, um artigo publicado na revista americana PLoS ONE, vem admitir o contrário, trazendo uma nova perspectiva sobre o assunto.
João Canning Clode,biólogo português, atualmente, desenvolvendo um projeto de pós-doutorado no Smithsonian Environmental Research Center (EUA), estuda, desde 2009, padrões na ecologia de invasão em comunidades marinhas bentônicas (que dependem de fundos rochosos) na América Central e América do Norte.
Neste sentido, tem realizado várias experiências de campo para explorar o papel da escala espacial e os efeitos da poluição na biodiversidade, nativa e não-nativa, destas comunidades bentônicas e certificar-se do papel da latitude neste padrão.
"Verifiquei que quer as espécies nativas, quer as exóticas mostraram-se sensíveis ao gradiente de cobre que criei, ou seja, o número [de ambas] diminuiu com o aumento da exposição a este metal", revelou ao "Ciência Hoje".
De acordo com o biólogo, este estudo "contradiz outros anteriores que verificaram o oposto padrão noutras localidades", indicando que o cobre é um "elemento importante" a ter em conta em estratégias de controle e erradicação de espécies marinhas invasoras.
Apesar desta conclusão, João Canning Clode suspeita que os resultados podem ser afetados por especificidades locais, como a temperatura ou salinidade, pelo que ampliou o estudo a uma escala mais global, desenvolvendo o mesmo projeto no Panamá, México, Florida, Virginia e Connecticut. Porém, estes dados ainda estão sendo analisados.
As baías e os estuários são conhecidos por terem maior probabilidade de conter espécies invasoras e por serem ricas em poluição por metais, como o níquel, o zinco ou o cobre. Neste último caso, investigações anteriores não detetaram qualquer efeito poluidor em espécies nativas e exóticas. Contudo, um artigo publicado na revista americana PLoS ONE, vem admitir o contrário, trazendo uma nova perspectiva sobre o assunto.
João Canning Clode,biólogo português, atualmente, desenvolvendo um projeto de pós-doutorado no Smithsonian Environmental Research Center (EUA), estuda, desde 2009, padrões na ecologia de invasão em comunidades marinhas bentônicas (que dependem de fundos rochosos) na América Central e América do Norte.
Neste sentido, tem realizado várias experiências de campo para explorar o papel da escala espacial e os efeitos da poluição na biodiversidade, nativa e não-nativa, destas comunidades bentônicas e certificar-se do papel da latitude neste padrão.
"Verifiquei que quer as espécies nativas, quer as exóticas mostraram-se sensíveis ao gradiente de cobre que criei, ou seja, o número [de ambas] diminuiu com o aumento da exposição a este metal", revelou ao "Ciência Hoje".
De acordo com o biólogo, este estudo "contradiz outros anteriores que verificaram o oposto padrão noutras localidades", indicando que o cobre é um "elemento importante" a ter em conta em estratégias de controle e erradicação de espécies marinhas invasoras.
Apesar desta conclusão, João Canning Clode suspeita que os resultados podem ser afetados por especificidades locais, como a temperatura ou salinidade, pelo que ampliou o estudo a uma escala mais global, desenvolvendo o mesmo projeto no Panamá, México, Florida, Virginia e Connecticut. Porém, estes dados ainda estão sendo analisados.
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