segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Células De Coral São Congeladas Para Evitar Extinção
Um banco de células de corais congeladas foi criado por pesquisadores americanos na esperança de evitar a extinção e de preservar a grande diversidade de corais do Havaí, anunciaram os cientistas.
O Instituto de Biologia Marinha da Universidade do Havaí e os serviços zoológicos da Smithsonian Institution de Washington instalaram um laboratório na ilha havaiana de Coconut Island, onde as primeiras células de coral cogumelo (Fungia scutaria) e de coral Montipora capitata foram congeladas.
“As células de coral congeladas são viáveis. Poderemos descongelar o material em 50 ou 1.000 anos em tese e, com isso, recriar uma espécie ou desenvolver uma população” de corais, explicou em um comunicado Mary Hagedorn, pesquisadora do Instituto de Conservação Biológica da Smithsonian Institution de Washington.
“De fato, já descongelamos amostras de esperma de coral com o objetivo de utilizá-las para fertilizar ovos de corais e produzir larvas de coral”, explicou.
Os corais são classificados como animais, pertencentes ao filo Celenterado ou Cnidário e classe Anthozoa.
Os corais muitas vezes possuem um "exoesqueleto" que pode ser de matéria orgânica ou de carbonato de cálcio. Os restantes membros desta classe que não formam exosqueleto são as anêmonas.
Quase todos os antozoários formam colônias, que podem chegar a tamanhos consideráveis – os chamados recifes, mas existem muitas espécies em que os indivíduos são solitários.
Sob condições adversas, os corais zooxantelados perdem parte ou todas as suas algas. Com a perda das algas pigmentadas, o esqueleto calcário branco é então, visível através do tecido transparente, e é dito que o coral sofreu branqueamento. Os estresses causadores do branqueamento podem ser sub ou superiluminação, excesso de exposição a UV, flutuação de salinidade e baixas ou altas temperaturas.Em razão de muitos corais zooxantelados viverem a temperaturas da água perto do limite superior letal, uma elevação de temperatura de apenas 1º C pode ser suficiente para induzir o branqueamento. Episódios extensos de branqueamento de corais, registrados nos últimos 20 anos, podem ser ligados ao efeito estufa. A perda de zooxantelas de um coral, porém, não é sempre completa, e não resulta sempre na mortalidade do coral, especialmente se o período de tensão ambiental não for prolongado.
Por causa da atividade humana, as barreiras de corais e diversos animais para os quais servem de habitat poderão desaparecer no decorrer dos próximos 40 anos, afirmam os responsáveis por esta experiência.
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