quarta-feira, 16 de junho de 2010

Veneno que cura!

Conus abrolhosensis Petuch, 1987
Locality: Parcel das Paredes, Abrolhos,Brazil; 20m
Photo Credit: Alan J. Kohn .

Veneno de gastrópode marinho do gênero Conus (Mollusca) pode se tornar novo tratamento padrão para dor crônica - as neuropatias.
Veneno de gastrópode marinho do gênero Conus pode se tornar o novo tratamento padrão para dor crônica, (neuropatias) de acordo com um novo estudo.
Os tratamentos atuais para dor neuropática usam normalmente morfina, que é altamente viciante, e gabapentina. Ambos agem em receptores nervosos.
O veneno do gastrópode marinho já havia sido sugerido com uma possível alternativa, porque é formado por uma mistura de peptídeos conhecidos como conotoxinas. Esses peptídeos bloqueiam a condução nervosa em presas do molusco, mas, em mamíferos, eles agem como analgésicos eficazes.
A única droga derivada de conotoxina aprovada para uso em humanos é ziconotida. A droga, porém, é suscetível a quebra por enzimas na saliva e intestino. Sua administração ocorre por meio de uma bomba inserida cirurgicamente na parede abdominal, tornando o tratamento invasivo e caro.
Para resolver esse problema, David Craik e sua equipe da Universidade de Queensland, na Austrália, desenvolveram a primeira droga de conotoxina ativa por via oral.
Eles começaram a pesquisa com uma versão sintética de conotoxina. As enzimas quebram a toxina normalmente pelas pontas da molécula. Para evitar esse problema, a equipe uniu as duas pontas da conotoxina, criando uma estrutura molecular circular. Essa nova versão da molécula mostrou-se resistente às enzimas.
Em seguida, a equipe de Craik testou a conotoxina em ratos com dor neuropática. Eles descobriram que uma única dose oral reduziu significativamente a dor usando um teste padrão – quanta pressão o rato poderia aguentar antes de retirar sua pata. A conotoxina foi considerada 100 vezes mais potente quando comparada com gabapentina.
A conotoxina é tão poderosa que doses bem pequenas já são suficientes para surtir efeito, reduzindo os riscos de efeitos colaterais, disse Craik. Sua equipe entrou com um pedido no FDA (órgão que fiscaliza alimentos e medicamentos nos EUA) para a realização de testes em humanos.
O estudo foi publicado no periódico “Angewandte Chemie”.
Fontes:
1. http://biology.burke.washington.edu/conus/
2. http://www3.interscience.wiley.com/journal/61500995/abstract
3. www.ambientebrasil.com.br
Acessos: 16.06.10

terça-feira, 15 de junho de 2010

Por um mar sem fim!


Pomacanthus arcuatus-Abrolhos © Greenpeace / Alcides Falange
Dados do governo federal brasileiro apontam que 80% das espécies marinhas exploradas pela atividade pesqueira encontram-se em algum nível de risco. Para evitar que esses níveis se agravem, é preciso desenvolver uma política nacional de conservação dos nossos mares que inclua a criação e implementação de Áreas Marinhas Protegidas e uma maior governança pesqueira, visando o fim da pesca ilegal e predatória.

O Brasil tem uma longa história de ligação com o mar. É na costa que se concentra a maior parte da nossa população e são nas praias que essa massa de pessoas se diverte nos fins de semana de sol. O que poucos imaginam é que este lazer está ameaçado.
Mas quem precisa do mar para sobreviver – como os pescadores que capturam peixes cada vez menores– ou os cientistas que estudam a qualidade da água no nosso litoral, sabe muito bem que a ameaça é real.
Em 2007, o Greenpeace realizou uma pesquisa com mais de 40 especialistas, entre membros do governo, representantes de ONGs e pesquisadores acadêmicos. Todos foram unânimes em dizer que nossas águas estão se afogando em problemas por conta da gestão desordenada, da insuficiência de áreas protegidas capazes de repor nossos estoques pesqueiros e da vulnerabilidade dos oceanos às mudanças climáticas.
Esse estudo serviu de base para a criação da Campanha de Oceanos do Greenpeace, que tem com o objetivo primordial a criação de Áreas Protegidas em 30% da extensão da zona marítima sob jurisdição brasileira e conscientizar as pessoas sobre a relevância da conservação marinha.
Gestão desordenada
Atualmente, a gestão dos mares é disputada por três órgãos que raramente atuam de forma coordenada. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) é responsável pelo ordenamento costeiro e pela fiscalização da pesca. O Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) segue na contramão, pois sua função é justamente a de incentivar a exploração dos recursos pesqueiros. Ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) sobra a tarefa de zelar pela biodiversidade, coisa que por sinal ele não faz muito bem.
Menos de 1% da águas brasileiras, um colosso que se estende por 8.688 quilômetros de costa e se prolonga por 200 milhas Oceano Atlântico adentro, está sob proteção. As três Áreas Marinhas Protegidas mais relevantes do país – a Reserva Biológica do Atol das Rocas e os Parques Nacionais de Abrolhos e Fernando de Noronha – foram criadas antes de 1988. É fundamental retomar a política de criação de reservas marinhas para repor os estoques de peixes e garantir a qualidade de um litoral cuja economia depende muito do turismo marítimo.
A pesca comercial não vem respeitando orientações que permitem a reposição dos estoques, como não ultrapassar cotas de captura, atuar somente com licenças de pesca, utilizar técnicas não predatórias, respeitar áreas e períodos de reprodução das espécies, além de tamanho mínimo dos indivíduos de cada espécie.
Presente em 71% da superfície da Terra, os oceanos são peça-chave para o equilíbrio do clima, das correntes marinhas, correntes de ventos e temperatura do planeta. Eles têm papel relevante na variação de temperatura e são sumidouros de carbono, capturando as emissões provocadas pela atividade humana de CO2, que contribuem para o aquecimento global. O problema é que a poluição e o uso predatório dos recursos marinhos podem desequilibrar essa função reguladora dos mares no clima, pondo em risco a vida marinha e os 2/3 da população mundial que vivem à beira-mar.
O que queremos
- Criação de áreas marinhas protegidas em 30% de nossas águas territoriais e, globalmente, para que o mundo destine 40% de suas águas oceânicas para reservas marinhas;
- Uma política nacional de oceanos marcada pela coordenação entre os órgãos responsáveis;
- Regulamentação definitiva da atividade pesqueira – incluindo a fiscalização contra técnicas de pesca predatórias como o arrasto;
– Conscientização da população sobre a conservação dos oceanos;
- Pressão sobre a diplomacia brasileira para que ela aja em fóruns internacionais no sentido de proteger a biodiversidade marinha global.
Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Oceanos/
Acesso: 15 de junho 2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Hoje é dia de Bioluminescência! veja os vídeos abaixo.

Bioluminescência (do grego "bios" (vida) e do latim "lumen" (luz)) é a produção e emissão de luz fria por um organismo vivo, como resultado de uma reação química durante a qual energia química é transformada em energia luminosa.
Esta transformação ocorre entre o substrato de uma proteína denominada luciferina, oxidada por uma enzima, denominada luciferase. Nessa reação, a luciferase oxida a luciferina consumindo uma molécula de trifosfato de adenosina (ATP). A molécula de luciferina, agora excitada energéticamente, libera esse energia química na forma de energia luminosa.
A bioluminescência ocorre em diversos grupos de organismos, desde organismos, metabolicamente, mais simples, como as bactérias, algas, fungos, celenterados, ctenóforos, moluscos, até em organismos complexos, como é o caso dos insetos e peixes .