sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Corais vivem mais de 4.000 anos
Espécies são encontradas nas profundezas do Pacífico, perto do Havaí. Criaturas têm crescimento muito vagaroso, de acordo com estudo.
O coral Gerardia (que pode ser visto na foto acima) pode ser encontrado a profundidades que vão de 300 m a 500 m em águas havaianas. Esses invertebrados usam protuberâncias do solo marinho para se fixar e crescer.
Datações impressionantes feitas por pesquisadores americanos mostram que eles têm 4.265 anos e 2.742 anos, respectivamente. Estão, portanto, entre os seres vivos mais antigos da Terra. Ao realizar datações por carbono-14, semelhantes às que servem para estimar a idade de fósseis, os pesquisadores chegaram às idades inacreditáveis citadas acima.
Os corais são organismos coloniais, ou seja, vários "indivíduos" se juntam num só corpo e crescem juntos, dividindo funções como captura de alimento e excreção. Ao que parece, enquanto partes desses superorganismos vão morrendo, outras crescem no lugar, chegando há vários milênios de existência contínua num único "corpo".
Segundo os pesquisadores, não é incomum que animais de regiões muito profundas tenham crescimento lento e grande longevidade, mas o caso dos corais é fora de série.
É praticamente certo que eles sejam os organismos coloniais mais antigos da Terra. Como eles são explorados para fazer jóias, os cientistas alertam que isso pode levar ao extermínio das espécies, uma vez que elas crescem muitíssimo devagar.
Fonte: Reinaldo José Lopes (adap.)
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