quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Polvo que abre potes é atração de zoológico suíço
Administração de zôo diz que atividade é 'exercício mental' para evitar que animal sinta tédio.
Um polvo que sabe destampar embalagens é a mais nova atração do jardim zoológico da Basiléia, na Suíça.
Nas horas de alimentação do animal, os visitantes se reúnem em volta do aquário para vê-lo usando seus oito tentáculos para abrir potes de iogurte, desatarraxar vidros de conservas ou tirar tampas de garrafas. O octópode está sendo exibido desde o mês passado.
De acordo com o zoológico da Basiléia, as embalagens contendo de peixes, crustáceos ou ostras constituem uma espécie de "exercício mental" para evitar que o bicho "fique entediado".
A atração do zoológico suíço, no entanto, não chega a ser uma façanha inédita. Em 2007, o Aquário Nacional da Nova Zelândia também revelou possuir um polvo capaz de abrir uma garrafa de plástico para pegar seu alimento.
O polvo neozelandês usava dois tentáculos e sucção para tirar a tampa da garrafa e um tentáculo para pegar carne de caranguejo que os tratadores colocavam dentro.
Mais inteligentes
Vivendo solitários, exceto no período de acasalamento, os polvos estão entre os animais marinhos mais inteligentes que existem, com cérebros e sentidos altamente desenvolvidos. Eles moram em grutas submarinas e saem para caçar geralmente durante a noite.
Na procura por nutrientes, esses moluscos costumam vasculhar o fundo dos mares de forma incansável, inspecionando superfícies rochosas, abrindo conchas e revirando pedras pesadas à procura de suas presas. Durante a caça, podem chegar até mesmo a deixar a água e se mover por alguns metros na superfície terrestre.
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Oceana lança campanha publicitária maciça de 350 ppm para salvar nossos oceanos
A Oceana trabalha para proteger e restaurar os oceanos do mundo. É a maior organização internacional de conservação do oceano nos E.U., empregando cientistas, advogados e ativistas de base para atingir objetivos concretos. Para mais informações, vá para http://na.oceana.org.
A 350.org tem muitos parceiros, mas a Oceana - a maior organização de conservação do oceano nos E.U. - realmente se destaca. Eles lançaram recentemente uma campanha de publicidade maciça em Copenhague para "destacar a necessidade de reduzir as emissões de dióxido de carbono para 350 partes por milhão (ppm) para evitar uma extinção em massa de corais e quedas prováveis nas inúmeras espécies marinhas que deles dependem, neste século.” Isso significa que, quando todos os governos que chegarem na Conferência do Clima da ONU em Copenhague, na próxima semana, eles serão recebidos no aeroporto, no centro da cidade, e no local da conferência central, com cartazes, filmes e outros anúncios, todos exibindo a mensagem 350 .
Jacqueline Savitz, diretor sênior de campanha com Oceana, explica:
Com as emissões de CO2 já em 385 ppm, queremos ser claros sobre o que é necessário para salvar uma importante fonte de alimento, renda e lazer para a população do mundo. O objetivo da Oceana é destacar o que está em jogo, se não conseguirmos alcançar maiores reduções de carbono, através de um acordo em Copenhague. Esperamos que esses anúncios lembrem aos políticos que a mudança climática vai alterar severamente os oceanos, o que afetará a todos nós, comprometendo a fonte de um dos alimentos mais rico e saudável e as atividades à beira-mar, entre outras coisas.
É sobre se vamos ter oceanos saudáveis e economias baseadas nas águas oceânicas, daqui a 40 anos - ou se vamos dizer adeus a esta enorme fonte de alimentos e riqueza.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Lixo ameaça tartarugas que chegam ao sul do Brasil
Animais confundem plástico e fios de redes de pesca com algas.
Pesquisadores do Rio Grande do Sul descobriram uma nova ameaça às tartarugas que chegam esta época do ano ao litoral do estado. Na semana passada, sete tartarugas da espécie verde foram encontradas na praia do Cassino, no sul do estado. Levadas para o centro reabilitação de animais marinhos, cinco delas morreram. A resposta sobre a causa das mortes veio com a análise do aparelho digestivo das tartarugas.
Ele estava completamente cheio de lixo.
As tartarugas confundem os pedaços de plástico e fios de redes de pesca com algas, que servem de alimento. “Eles ingerem esses materiais, isso faz a obstrução do intestino causando debilidade do animal e ele sai a maneira que sai na beira da praia”, explica o veterinário Rodolfo Silva.
Segundo a Universidade Federal de Rio Grande, o problema atinge 85% das tartarugas encontradas no litoral sul gaúcho. “Elas procuram nossa costa, principalmente agora a partir da primavera e o verão, quando começa a esquentar as nossas águas e elas usam nosso litoral como importante área de alimentação”, diz o biólogo Sérgio Estima. A maioria vem da costa africana.
Só este ano, 102 tartarugas verdes foram mortas. Elas chegam a atingir 1,5 metro de comprimento e a pesar mais de 200 quilos.
Pesquisadores do Rio Grande do Sul descobriram uma nova ameaça às tartarugas que chegam esta época do ano ao litoral do estado. Na semana passada, sete tartarugas da espécie verde foram encontradas na praia do Cassino, no sul do estado. Levadas para o centro reabilitação de animais marinhos, cinco delas morreram. A resposta sobre a causa das mortes veio com a análise do aparelho digestivo das tartarugas.
Ele estava completamente cheio de lixo.
As tartarugas confundem os pedaços de plástico e fios de redes de pesca com algas, que servem de alimento. “Eles ingerem esses materiais, isso faz a obstrução do intestino causando debilidade do animal e ele sai a maneira que sai na beira da praia”, explica o veterinário Rodolfo Silva.
Segundo a Universidade Federal de Rio Grande, o problema atinge 85% das tartarugas encontradas no litoral sul gaúcho. “Elas procuram nossa costa, principalmente agora a partir da primavera e o verão, quando começa a esquentar as nossas águas e elas usam nosso litoral como importante área de alimentação”, diz o biólogo Sérgio Estima. A maioria vem da costa africana.
Só este ano, 102 tartarugas verdes foram mortas. Elas chegam a atingir 1,5 metro de comprimento e a pesar mais de 200 quilos.
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009
CALENDÁRIO 2010 - PROJETO BIOMAR
CALENDÁRIO 2010
A equipe do Projeto Biomar informa que já se encontram abertas as inscrições para os cursos teóricos-práticos, em Angra dos Reis, para o 1º semestre de 2010.
Os cursos são personalizados, quanto ao conteúdo, carga horária e estratégia operacional para se adaptarem a faixa etária dos alunos da Educação Básica e do Ensino Superior.
Maiores informações:
no site: www.projetobiomar.com.br
blog: http://www.projetobiomar.blogspot.com/
emails: projetobiomar@projetobiomar.com.br
Esperamos você e sua escola no ano que vem!
Até lá,
Prof. Nilo Serpa e Equipe
FOTO DO DIA - Caranguejo-vermelho ou aratu
Foto: Aldem Bourscheit
Conhecido como aratu em alguns pontos do país, este pequeno caranguejo-vermelho dos mangues (Goniopsis cruentata) foi flagrado no município de Laguna, em Santa Catarina. Logo que a maré começou a descer, lagoas de água salobra que se comunicam com o mar também reduziram seu volume de água. Suas margens lamacentas são o local preferido pela espécie para a busca por comida
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terça-feira, 13 de outubro de 2009
Comedores de amônia das profundezas
Encontrar pistas para entender o funcionamento do planeta no lixo de um aquário parece inusitado, mas é exatamente o que fez um grupo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
Microrganismos que vivem onde há pouco carbono e nenhuma luz proliferam com quantidades ínfimas de amônia. Estudo destaca importância no ciclo global de nitrogênio (foto: Wikipedia)
Há alguns anos, os pesquisadores cultivaram um microrganismo no fundo de um tanque no aquário de Seattle e observaram que ele podia digerir amônia. Agora, o mesmo grupo demonstrou que o pequeno organismo tem uma função mais importante na ecologia da Terra do que se suspeitava.
Os resultados indicam que esses microrganismos, membros de uma antiga linhagem conhecida como Archaea, batem todas as outras formas de vida marinha na corrida pela amônia. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (1º/10) no site da revista Nature.
Os resultados indicam que esses microrganismos, membros de uma antiga linhagem conhecida como Archaea, batem todas as outras formas de vida marinha na corrida pela amônia. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (1º/10) no site da revista Nature.
A amônia nas áreas mais próximas da superfície dos oceanos é inicialmente capturada pelo fitoplâncton, que precisa dela para fazer novas células. Pouca amônia chega ao fundo para ser consumida pelos micróbios, que a transformam em nitrato. “Mas nossos resultados indicam que esses microrganismos são capazes de roubar amônia de outros organismos e transformá-la em nitrato”, disse Willm Martens-Habbena, um dos autores do estudo.
A amônia é um resíduo que pode ser tóxica a animais. Mas plantas, incluindo o fitoplâncton – conjunto dos organismos aquáticos microscópicos que flutuam livremente nas águas –, têm na amônia a forma mais eficiente de construir novas células.
O artigo aponta que as archeas (ou arqueias) – organismos relacionados com as bactérias – são capazes de buscar amônia (constituída por nitrogênio e hidrogênio) nos ambientes mais extremos do fundo do mar. Isso resolve uma longa dúvida de como tais microrganismos podem sobreviver em ambiente tão desfavorável à vida.
Os organismos em questão são pequenos até mesmo para os padrões dos seres unicelulares. Com 0,2 micrômetro de comprimento, só são maiores do que os vírus. As archeas, apontam os pesquisadores, não apenas teriam um papel, mas seriam fundamentais para o ciclo de nitrogênio do planeta, dos quais dependem todo tipo de vida.
Os organismos em questão são pequenos até mesmo para os padrões dos seres unicelulares. Com 0,2 micrômetro de comprimento, só são maiores do que os vírus. As archeas, apontam os pesquisadores, não apenas teriam um papel, mas seriam fundamentais para o ciclo de nitrogênio do planeta, dos quais dependem todo tipo de vida.
“Bactérias nitrificantes foram descobertas no fim do século 19. Um século depois, um outro grupo de nitrificantes é descoberto. E não se trata de uma população menor, mas sim de uma muito grande e importante. Com isso, temos que revisar nosso conhecimento básico do ciclo de nitrogênio”, disse David Stahl, outro autor do estudo.
Na árvore da vida, as archeas ocupam seu próprio ramo. Foram descobertas há apenas 30 anos e, primeiramente, achava-se que elas existiriam apenas em ambientes extremos, como fontes hidrotermais. Agora, sabe-se que estão muito mais espalhadas. Estima-se que pelo menos 20% dos microrganismos oceânicos sejam do domínio Archaea.
O novo estudo mostra que esses organismos são capazes de sobreviver com quantidades ínfimas de amônia. Como nas profundezas oceânicas há pouco carbono e nenhuma luz, esses traços de amônia são a única fonte de energia das archea. “Ninguém achava que seria possível para um organismo viver com tão pouco”, disse Stahl.
Na árvore da vida, as archeas ocupam seu próprio ramo. Foram descobertas há apenas 30 anos e, primeiramente, achava-se que elas existiriam apenas em ambientes extremos, como fontes hidrotermais. Agora, sabe-se que estão muito mais espalhadas. Estima-se que pelo menos 20% dos microrganismos oceânicos sejam do domínio Archaea.
O novo estudo mostra que esses organismos são capazes de sobreviver com quantidades ínfimas de amônia. Como nas profundezas oceânicas há pouco carbono e nenhuma luz, esses traços de amônia são a única fonte de energia das archea. “Ninguém achava que seria possível para um organismo viver com tão pouco”, disse Stahl.
Segundo os autores, os resultados da pesquisa também deverão afetar os modelos climáticos globais, que usam ciclos de nitrogênio e de outros elementos químicos para estimar quanto dióxido de carbono os oceanos absorverão e depositarão no fundo do mar.
Os resultados sugerem que a maior parte do nitrato na superfície oceânica vem da reciclagem da biomassa e não das águas das profundezas, como se achava. “Os dados indicam que a ‘bomba de carbono’ é mais fraca do que se estimava. Com isso, os modelos climáticos atuais podem ter estimado o quanto de carbono é absorvido pelos oceanos”, disse Martens-Habbena.
Os resultados sugerem que a maior parte do nitrato na superfície oceânica vem da reciclagem da biomassa e não das águas das profundezas, como se achava. “Os dados indicam que a ‘bomba de carbono’ é mais fraca do que se estimava. Com isso, os modelos climáticos atuais podem ter estimado o quanto de carbono é absorvido pelos oceanos”, disse Martens-Habbena.
O artigo Ammonia oxidation kinetics determine niche separation of nitrifying Archaea and Bacteria, de Willm Martens-Habbena e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em
www.nature.com. Fonte: Agência Fapesp em 12.10.09
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quarta-feira, 7 de outubro de 2009
'Sexo' surgiu com peixe pré-histórico
O estudo do fóssil de um peixe que viveu há cerca de 365 milhões de anos sugeriu que a fertilização de óvulos dentro do corpo da fêmea evoluiu mais cedo do que se acreditava anteriormente.
O peixe, conhecido como placodermo, pode ter sido o primeiro vertebrado a se reproduzir através da fertilização de óvulos dentro da fêmea.
Pesquisadores do Museu de História Natural de Londres (NHM, na sigla em inglês) disseram que foi encontrado um embrião de cerca de cinco centímetros de comprimento no fóssil de placodermo.
"Este (peixe) fornece uma das evidências mais antigas de reprodução interna", disse Zerina Johanson, curadora de fósseis de peixes do museu. "Nós esperávamos que estes primeiros peixes tivessem um tipo mais primitivo de reprodução, onde espermatozoide e óvulo se combinam na água e os embriões se desenvolvem fora do peixe."
"Copulação parece ter sido a principal forma como animais pré-históricos primitivos se reproduziam, demonstrando que o 'sexo' começou muito mais cedo do que nós pensávamos", afirmou Johanson.
O fóssil foi encontrado originalmente no oeste da Austrália e estava no acervo do museu desde a década de 80. Inicialmente os pesquisadores acreditavam que o fragmento no interior do fóssil fosse apenas um vestígio de um peixe que ele havia comido pouco antes de morrer.
Tubarão
O fóssil mostra uma modificação na nadadeira pélvica na barriga do peixe. Os autores do estudo, publicado na revista Nature, acreditam que esta estrutura, chamada clásper, teria sido usada pelo macho para se prender à fêmea durante a copulação - um órgão semelhante ao dos tubarões modernos.
"O clásper é um órgão ereto de maneira intermitente que é inserido dentro da fêmea para transferir o sêmen", disse o co-autor do estudo, o paleontólogo John Long do Museu Victoria, na Austrália.
Em um tipo de placodermo esse órgão é diferente. "Este novo grupo (...) tem clásperes mais flexíveis. No artigo na Nature, nós sugerimos que este é o começo da fertilização erétil masculina, porque parte daquele órgão foi tomado por cartilagem mole", explicou Long.
O processo de fertilização interna e nascimento diferencia alguns peixes e mamíferos de outros animais tais como répteis e anfíbios.
Johanson acredita que este era o principal método reprodutivo dos primeiros peixe, como os placodermos e pode ter evoluído também em outros grupos de peixes.
Fonte: BBC
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Acidificação dos mares pode causar extinção em massa
Cientistas britânicos advertiram em um Congresso sobre Mundanças Climáticas em Copenhage, na Dinamarca, que as emissões de dióxido de carbono produzidas pela queima de combustíveis fósseis estão tornando os oceanos mais ácidos, o que pode provocar uma extinção em massa de espécies marinhas.
Carol Turley do Laboratório Marinho de Plymouth, no sul da Inglaterra, disse que é impossível saber como a vida marinha vai reagir, mas ela teme que várias espécies não sobrevivam.
Desde a Revolução Industrial, no século 18, as emissões de CO2 já elevaram a acidez dos mares em mais de 30%, de acordo com pesquisadores.
Carol Turley do Laboratório Marinho de Plymouth, no sul da Inglaterra, disse que é impossível saber como a vida marinha vai reagir, mas ela teme que várias espécies não sobrevivam.
Desde a Revolução Industrial, no século 18, as emissões de CO2 já elevaram a acidez dos mares em mais de 30%, de acordo com pesquisadores.
"Eu estou muito preocupada com os ecossistemas dos oceanos, que atualmente são produtivos e diversificados", disse Turley à BBC. "Eu acredito que nós podemos estar caminhando para uma extinção em massa, pois esse ritmo de mudanças nos oceanos não é visto desde o tempo dos dinossauros", afirmou.
"Isto pode ter um grande impacto na segurança alimentar. É realmente imperativo reduzirmos as emissões de CO2."
Conchas
O problema mais acentuado é para criaturas que precisam de um ambiente alcalino para produzir conchas e carapaças formadas por cálcio. Testes de laboratório sugerem que as estrelas do mar podem desaparecer até o final do século se atual tendência de emissões continuar.
Os cientistas receiam que os mariscos também não consigam suportar o aumento da acidez.
Turley disse: "As coisas vão mudar. Nós não sabemos ainda exatamente como."
Andy Watson, biólogo marinho da Universidade de East Anglia, acredita que mudanças climáticas e pesca excessiva podem trazer sérios danos aos oceanos ainda antes dos efeitos da acidificação. Ele condena o aumento da emissão de CO2 resultante de atividades humanas, mas destaca que a acidez oceânica também pode flutuar naturalmente.
Ele imagina que algumas criaturas podem se adaptar às mudanças ao longo do tempo.
Ele imagina que algumas criaturas podem se adaptar às mudanças ao longo do tempo.
"Em várias experiências que estão sendo feitas no momento, são provocadas mudanças repentinas. O CO2 ou a acidez são aumentados rapidamente, por exemplo."
"Claro que isso não é realmente o que vai acontecer no mundo real. Ao invés disso, haverá uma elevação gradual do CO2 e da acidez. E nós não sabemos se os organismos poderão se adaptar ou o quão rápido poderão fazer isso", disse Tony Knapp, diretor do instituto BIOS, nas Bermudas, onde são feitas algumas das medições da acidez dos oceanos.
Knapp defende sua conclusão de que o aumento recente da acidez foi causado por emissões de CO2 resultantes da queima de combustíveis fósseis. "Levou muito tempo para que eu me convencesse. Sou um cético por natureza. Mas se olharmos para os dados recolhidos (...) na verdade não se pode chegar a outra conclusão", afirmou.
"Claro que isso não é realmente o que vai acontecer no mundo real. Ao invés disso, haverá uma elevação gradual do CO2 e da acidez. E nós não sabemos se os organismos poderão se adaptar ou o quão rápido poderão fazer isso", disse Tony Knapp, diretor do instituto BIOS, nas Bermudas, onde são feitas algumas das medições da acidez dos oceanos.
Knapp defende sua conclusão de que o aumento recente da acidez foi causado por emissões de CO2 resultantes da queima de combustíveis fósseis. "Levou muito tempo para que eu me convencesse. Sou um cético por natureza. Mas se olharmos para os dados recolhidos (...) na verdade não se pode chegar a outra conclusão", afirmou.
Sem adaptação
Como exemplo para suas previsões sobre os efeitos da acidificação nos oceanos, os cientistas citam a ilha de Ischia, na Baía de Nápoles, Itália. Ali, os cientistas encontraram indícios de que várias criaturas não vão conseguir se adaptar à crescente acidificação.
A água do mar em volta de parte da ilha é mais ácida há milhares de anos por causa de emissões de CO2 por aberturas vulcânicas que borbulham no leito marinho.
Se a pesquisa em Ischia apresentar uma imagem precisa do futuro dos oceanos, as perspectivas para os organismos que formam conchas são sombrias.
"Nós estamos muito preocupados", disse Jason Hall-Spencer, da Universidade de Plymouth, que estuda o local. "As mudanças aqui claramente tornaram a vida impossível para criaturas que formam conchas."
"Quando você começa a mexer num ecossistema complexo, é impossível prever o que vai acontecer."
O ambiente na ilha italiana serve para dar uma idéia de quais as espécies que sairão ganhando e perdendo por causa dos altos níveis de acidez. Algumas algas marinhas podem se desenvolver mais em um ambiente altamente fertilizado com CO2.
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terça-feira, 1 de setembro de 2009
Nadar como Peixe - Peixe-robô
Agência FAPESP – Um grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, acaba de apresentar uma série de robôs que nadam de forma semelhante à dos peixes, com agilidade e velocidade inéditas. Fabricados para a exploração marinha, os robôs foram projetados para realizar manobras em espaços inviáveis para os veículos submarinos tradicionais.
A idéia é construir peixes-robô de baixo custo e com tamanhos variados, que seriam usados em grupos para inspecionar estruturas como tubulações de óleo ou gás, patrulhar portos, rios e lagos e auxiliar na identificação de poluentes, entre outras aplicações. “Devido à grande resistência, seriam ideais como unidades de exploração para uso durante períodos extensos. Podemos, por exemplo, lançar vários e, mesmo que apenas uma pequena parte retorne, isso poderia representar o sucesso de uma missão sem ter que incorrer em uma grande perda de capital investido”, disse Valdivia Alvarado, do Departamento de Engenharia Mecânica do MIT, um dos autores da pesquisa.
Robôs em forma de peixe não são novos. Em 1984, outro grupo do MIT demonstrou o Robotuna (“atum robô”), com cerca de 1,2 metro de comprimento. Mas enquanto o Robotuna tinha 2.843 partes controladas por seis motores, os novos têm menos de 30 centímetros, um único motor e contam com dez partes ou até menos.
Uma das partes é o próprio corpo, que é flexível e protege as partes internas das variações climáticas e ambientais. O corpo é feito de polímeros macios, o que o torna capaz de realizar movimentos semelhantes aos de um peixe, ganhando impulso por meio da contração de “músculos” localizados nas laterais, gerando uma onda que passa da cabeça à cauda do robô.
A idéia original do projeto foi publicada no periódico Dynamic Systems Measurements and Control e um novo artigo com os modelos recém-construídos sairá em breve.
Peixes são altamente capazes de se deslocar pelo ambiente em que vivem, podendo nadar em velocidades de até dez vezes o comprimento de seu corpo por segundo. O peixe-robô do MIT foi capaz de nadar a quase uma vez o comprimento do corpo por segundo. Parece pouco, mas é muito mais rápido do que modelos anteriores.
O novo robô também é mais durável. Como seu revestimento não tem costura, não há chance de que a água entre e danifique os componentes interiores. O grupo tem protótipos com quatro anos de funcionamento que continuam operando sem problemas em tanques de teste.
Os protótipos atuais precisam de uma fonte de energia de 2,5 a 5 watts, dependendo do tamanho. A eletricidade vem de uma fonte externa, transmitida por fios, mas os pesquisadores querem substituí-la em breve por baterias.
Ainda este ano, o grupo pretende conseguir movimentos ainda mais complexos e testar protótipos de robôs que lembrem lagartos ou raias. “O peixe foi uma demonstração da aplicação do conceito, mas queremos aplicar a tecnologia em outras formas de movimento, para que possa ser útil tanto na água como na terra ou no ar”, disse Alvarado.
A idéia é construir peixes-robô de baixo custo e com tamanhos variados, que seriam usados em grupos para inspecionar estruturas como tubulações de óleo ou gás, patrulhar portos, rios e lagos e auxiliar na identificação de poluentes, entre outras aplicações. “Devido à grande resistência, seriam ideais como unidades de exploração para uso durante períodos extensos. Podemos, por exemplo, lançar vários e, mesmo que apenas uma pequena parte retorne, isso poderia representar o sucesso de uma missão sem ter que incorrer em uma grande perda de capital investido”, disse Valdivia Alvarado, do Departamento de Engenharia Mecânica do MIT, um dos autores da pesquisa.
Robôs em forma de peixe não são novos. Em 1984, outro grupo do MIT demonstrou o Robotuna (“atum robô”), com cerca de 1,2 metro de comprimento. Mas enquanto o Robotuna tinha 2.843 partes controladas por seis motores, os novos têm menos de 30 centímetros, um único motor e contam com dez partes ou até menos.
Uma das partes é o próprio corpo, que é flexível e protege as partes internas das variações climáticas e ambientais. O corpo é feito de polímeros macios, o que o torna capaz de realizar movimentos semelhantes aos de um peixe, ganhando impulso por meio da contração de “músculos” localizados nas laterais, gerando uma onda que passa da cabeça à cauda do robô.
A idéia original do projeto foi publicada no periódico Dynamic Systems Measurements and Control e um novo artigo com os modelos recém-construídos sairá em breve.
Peixes são altamente capazes de se deslocar pelo ambiente em que vivem, podendo nadar em velocidades de até dez vezes o comprimento de seu corpo por segundo. O peixe-robô do MIT foi capaz de nadar a quase uma vez o comprimento do corpo por segundo. Parece pouco, mas é muito mais rápido do que modelos anteriores.
O novo robô também é mais durável. Como seu revestimento não tem costura, não há chance de que a água entre e danifique os componentes interiores. O grupo tem protótipos com quatro anos de funcionamento que continuam operando sem problemas em tanques de teste.
Os protótipos atuais precisam de uma fonte de energia de 2,5 a 5 watts, dependendo do tamanho. A eletricidade vem de uma fonte externa, transmitida por fios, mas os pesquisadores querem substituí-la em breve por baterias.
Ainda este ano, o grupo pretende conseguir movimentos ainda mais complexos e testar protótipos de robôs que lembrem lagartos ou raias. “O peixe foi uma demonstração da aplicação do conceito, mas queremos aplicar a tecnologia em outras formas de movimento, para que possa ser útil tanto na água como na terra ou no ar”, disse Alvarado.
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009
AMOR, ESTRANHO AMOR
Peixe de mangue brasileiro se reproduz há milhões de anos sem sexo; biólogos agora explicam por quê
A cena deve ter acontecido repetidas vezes com aquaristas incautos. O sujeito compra um peixinho solitário (só para garantir que seu aquário não seja vitimado por uma superpopulação) e, semanas depois, dá de cara com ovos -dos quais saem peixinhos, é claro.
Não vale dizer que a "fêmea" já veio prenhe da loja. O Kryptolebias ocellatus, conhecido como killifish entre os criadores de peixes ornamentais, é uma espécie de fertilização externa. O que significa que as "fêmeas", por definição, não ficam prenhes, já que os machos lançam seu esperma sobre óvulos expelidos por "elas" na água. O que acontece é que o peixinho brasileiro é um dos dois únicos vertebrados que fecundam a si mesmos.
A esquisitíssima história natural e evolutiva desse comportamento está descrita num artigo recente na revista científica "PNAS", que tem como um dos autores o doutorando Sergio Maia Queiroz Lima, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Lima e colegas dos EUA e da Austrália, com a ajuda de análises genéticas, mostraram que 97% dos indivíduos da espécie são gerados dessa maneira solitária.
Além disso, a comparação do DNA do bicho com o de uma espécie próxima que também se autofecunda (o K. marmoratus, do Caribe e da Flórida) sugere que toda essa linhagem de peixes pode ter adotado esse hábito há milhões de anos.
O dado é surpreendente porque se supõe que o sexo "tradicional", não-solitário, é uma ferramenta indispensável para a saúde genética de uma espécie. A dupla de Kryptolebias, no entanto, parece se virar muito bem, obrigado, sem ele.
Idiossincrático
Lima conta que os hábitos e a fisiologia do K. ocellatus são pouco conhecidos. Até a distribuição geográfica da espécie é pouco conhecida, embora ela aparentemente ocorra nos mangues que vão de Santa Catarina ao Rio de Janeiro.
O killifish brasileiro está adaptado à vida nas áreas com água doce do manguezal. "Ele não aguenta nem água salobra [comum na área de contato entre mar e rio]", diz Lima.
O parente caribenho do K. ocellatus, reconhecido adepto da autofecundação, tem sua população dividida em hermafroditas (com órgãos reprodutivos dos dois sexos) e machos. Lima se encarregou de analisar os tecidos genitais da espécie brasileira e verificou, em primeiro lugar, que todos os espécimes coletados eram hermafroditas.
"Quando você examina o animal, o que aparece é um tipo de mistura dos tecidos do macho e da fêmea", diz o biólogo. "A fecundação normalmente seria externa, mas o que acontece é que ele já bota o ovo fecundado -às vezes um único ovo."
Até aí, pareceria impossível distinguir a autofecundação de simples partenogênese, ou "nascimento virgem". Na partenogênese, o óvulo origina um novo animal sem fecundação.
No entanto, há uma diferença importante. Na partenogênese, o óvulo e o indivíduo que surge a partir dele carregam apenas um conjunto de cromossomos, as estruturas enoveladas que guardam o DNA.
No sexo "tradicional", os animais resultantes têm dois conjuntos de cromossomos, um cedido pelo pai e o outro, pela mãe. A não ser, claro, que pai e mãe sejam o mesmo bicho.
O que vale para cromossomos vale também para genes: os indivíduos recebem duas cópias, uma de cada genitor. É comum que essas cópias apresentem versões diferentes, os chamados alelos. O que ocorre com o K. ocellatus, contudo, é a presença de alelos iguaizinhos na maioria dos genes - exatamente o que se esperaria se o bicho estivesse quase só cruzando consigo mesmo.
Vício antigo
Os pesquisadores, usando estimativas das taxas de mutação no DNA e comparando as várias espécies do gênero Kryptolebias (a maioria não se autofecunda), avaliam que esse modo de reprodução provavelmente surgiu no ancestral comum das duas espécies adeptas da estratégia. E isso há pelo menos centenas de milhares de anos -uma das estimativas chega a 2 milhões de anos de separação entre as linhagens de killifish.
É aqui que o mistério se aprofunda. A variabilidade genética associada ao sexo -inclusive o fato de ele permitir alelos diferentes no mesmo DNA- é um trunfo no jogo da evolução. A reprodução sexuada aumenta as chances de produzir crias resistentes a parasitas, doenças ou ambientes novos e hostis. Por que deixar isso de lado?
O pulo-do-gato, aposta Lima, é que uma pequena parcela das fecundações de K. ocellatus ainda acontecem à moda antiga. "É uma estratégia mista, na verdade. Esse fato impede que haja problemas muito graves ligados à falta de diversidade genética. E o "selfing" [autofecundação] permite que o animal colonize novos ambientes com muita facilidade. Um único indivíduo é capaz de fundar uma nova população", diz.
A melhor maneira de encarar o peixinho, portanto, é vê-lo como um pioneiro - ou, quem sabe, uma estranha mistura de Adão e Eva, pronta para dar início a uma vasta família.
Reinaldo José Lopes escreve para a "Folha de SP"
A cena deve ter acontecido repetidas vezes com aquaristas incautos. O sujeito compra um peixinho solitário (só para garantir que seu aquário não seja vitimado por uma superpopulação) e, semanas depois, dá de cara com ovos -dos quais saem peixinhos, é claro.
Não vale dizer que a "fêmea" já veio prenhe da loja. O Kryptolebias ocellatus, conhecido como killifish entre os criadores de peixes ornamentais, é uma espécie de fertilização externa. O que significa que as "fêmeas", por definição, não ficam prenhes, já que os machos lançam seu esperma sobre óvulos expelidos por "elas" na água. O que acontece é que o peixinho brasileiro é um dos dois únicos vertebrados que fecundam a si mesmos.
A esquisitíssima história natural e evolutiva desse comportamento está descrita num artigo recente na revista científica "PNAS", que tem como um dos autores o doutorando Sergio Maia Queiroz Lima, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Lima e colegas dos EUA e da Austrália, com a ajuda de análises genéticas, mostraram que 97% dos indivíduos da espécie são gerados dessa maneira solitária.
Além disso, a comparação do DNA do bicho com o de uma espécie próxima que também se autofecunda (o K. marmoratus, do Caribe e da Flórida) sugere que toda essa linhagem de peixes pode ter adotado esse hábito há milhões de anos.
O dado é surpreendente porque se supõe que o sexo "tradicional", não-solitário, é uma ferramenta indispensável para a saúde genética de uma espécie. A dupla de Kryptolebias, no entanto, parece se virar muito bem, obrigado, sem ele.
Idiossincrático
Lima conta que os hábitos e a fisiologia do K. ocellatus são pouco conhecidos. Até a distribuição geográfica da espécie é pouco conhecida, embora ela aparentemente ocorra nos mangues que vão de Santa Catarina ao Rio de Janeiro.
O killifish brasileiro está adaptado à vida nas áreas com água doce do manguezal. "Ele não aguenta nem água salobra [comum na área de contato entre mar e rio]", diz Lima.
O parente caribenho do K. ocellatus, reconhecido adepto da autofecundação, tem sua população dividida em hermafroditas (com órgãos reprodutivos dos dois sexos) e machos. Lima se encarregou de analisar os tecidos genitais da espécie brasileira e verificou, em primeiro lugar, que todos os espécimes coletados eram hermafroditas.
"Quando você examina o animal, o que aparece é um tipo de mistura dos tecidos do macho e da fêmea", diz o biólogo. "A fecundação normalmente seria externa, mas o que acontece é que ele já bota o ovo fecundado -às vezes um único ovo."
Até aí, pareceria impossível distinguir a autofecundação de simples partenogênese, ou "nascimento virgem". Na partenogênese, o óvulo origina um novo animal sem fecundação.
No entanto, há uma diferença importante. Na partenogênese, o óvulo e o indivíduo que surge a partir dele carregam apenas um conjunto de cromossomos, as estruturas enoveladas que guardam o DNA.
No sexo "tradicional", os animais resultantes têm dois conjuntos de cromossomos, um cedido pelo pai e o outro, pela mãe. A não ser, claro, que pai e mãe sejam o mesmo bicho.
O que vale para cromossomos vale também para genes: os indivíduos recebem duas cópias, uma de cada genitor. É comum que essas cópias apresentem versões diferentes, os chamados alelos. O que ocorre com o K. ocellatus, contudo, é a presença de alelos iguaizinhos na maioria dos genes - exatamente o que se esperaria se o bicho estivesse quase só cruzando consigo mesmo.
Vício antigo
Os pesquisadores, usando estimativas das taxas de mutação no DNA e comparando as várias espécies do gênero Kryptolebias (a maioria não se autofecunda), avaliam que esse modo de reprodução provavelmente surgiu no ancestral comum das duas espécies adeptas da estratégia. E isso há pelo menos centenas de milhares de anos -uma das estimativas chega a 2 milhões de anos de separação entre as linhagens de killifish.
É aqui que o mistério se aprofunda. A variabilidade genética associada ao sexo -inclusive o fato de ele permitir alelos diferentes no mesmo DNA- é um trunfo no jogo da evolução. A reprodução sexuada aumenta as chances de produzir crias resistentes a parasitas, doenças ou ambientes novos e hostis. Por que deixar isso de lado?
O pulo-do-gato, aposta Lima, é que uma pequena parcela das fecundações de K. ocellatus ainda acontecem à moda antiga. "É uma estratégia mista, na verdade. Esse fato impede que haja problemas muito graves ligados à falta de diversidade genética. E o "selfing" [autofecundação] permite que o animal colonize novos ambientes com muita facilidade. Um único indivíduo é capaz de fundar uma nova população", diz.
A melhor maneira de encarar o peixinho, portanto, é vê-lo como um pioneiro - ou, quem sabe, uma estranha mistura de Adão e Eva, pronta para dar início a uma vasta família.
Reinaldo José Lopes escreve para a "Folha de SP"
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009
BIOLUMINESCÊNCIA PROFUNDA
Sete novas espécies de vermes luminescentes que vivem a mais de 1,8 mil metros de profundidade são descobertas
Agência FAPESP – Em mais uma amostra da diversidade desconhecida dos oceanos, um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos e da Suécia descobriu sete novas espécies de vermes. Os animais, que vivem nas profundezas, emitem luz verde brilhante.
A descoberta foi descrita na edição de 21 de agosto da revista Science, pelo Instituto de Oceanografia Scripps na Universidade da Califórnia em San Diego.
Pertencentes ao filo dos anelídeos (Annelida), as sete espécies medem entre 1,8 e 9,3 centímetros de comprimento. Foram encontradas com a ajuda de veículos operados remotamente em profundezas de 1,8 mil a 3,7 mil metros.
No artigo, os autores fazem a descrição de uma das espécies, à qual deram o nome de Swima bombiviridis, por causa da capacidade de nadar e da presença de “bombas verdes”, estruturas cheias de fluido que, ao serem liberadas, produzem luz por vários segundos.
Segundo os pesquisadores, um aspecto notável na descoberta é que não se trata de criaturas raras. Rara é apenas a oportunidade de observar e de coletar tais animais, como foi feito no estudo.
“Encontramos um grupo completamente novo de animais relativamente grandes e extraordinários. Mas não são animais raros. Pudemos observar com frequência centenas deles juntos”, disse a coordenadora do projeto. Os vermes são transparentes, com exceção de sua área abdominal.
“As profundezas entre 1 mil e 4 mil metros formam o hábitat menos explorado da Terra. Com pouco tempo de uso de veículos submersíveis e apenas na costa da Califórnia, conseguimos descobrir sete novas espécies. Isso mostra o quanto ainda temos pela frente para encontrar”, disse outro pesquisador, também do Instituto Scripps e autor do estudo.
O artigo Deep-sea, swimming worms with luminescent “bombs”, de Karen Osborn e outros, pode ser lido por assinantes da Science em http://www.sciencemag.org/.
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Poluição faz caranguejo mudar de sexo, diz biólogo
Uma tinta muito usada por pescadores para pintar o casco de barcos pode estar fazendo um tipo de caranguejo do Sudeste do Brasil trocar de sexo.
Análises iniciais mostram que o contato com o poluente tem feito as fêmeas dos grupos estudados se masculinizarem.
De acordo com o biólogo Bruno Sant'Anna, da Unesp, caranguejos ermitões da espécie Clibanarius vittatus em 13 estuários estudados, de Cananeia (SP) a Paraty (RJ), registraram o composto TBT (tributilestanho) em seus órgãos.
Altamente tóxico, o TBT é usado como biocida em tintas para cascos de barcos desde os anos 1960. A aplicação desse produto, proibido países como Japão e França, evita que cracas, algas e mexilhões grudem nos cascos e diminuam a velocidade da embarcação.
Existem alternativas no mercado de tintas navais, mas a eficiência e o custo dos novos produtos têm feito com que muitos consumidores prefiram a tinta dita "envenenada".
Existem vários estudos, espalhados pelo mundo, mostrando que o TBT provoca imposição sexual em moluscos. "O poluente induz a produção de hormônio masculino", diz Sant'Anna. Em colaboração com cientistas da USP, o pesquisador tenta provar que o mesmo ocorre com ermitões.
A presença de TBT nos estuários onde os bichos vivem, e dentro dos próprios organismos, já está documentada. "A maior evidência de que a troca de sexo também está ocorrendo aqui é que coletamos ermitões com os dois sexos em 3 das 13 áreas mapeadas", diz.
Como não há na natureza ermitões hermafroditas, a hipótese de Sant'Anna é que os animais coletados estejam em pleno processo de troca de sexo. Em menos de um ano, as estruturas femininas sumiriam e os animais se tornariam machos, sob efeito do TBT. Por enquanto, o número de caranguejos hermafroditas é baixo --apenas 5% dos animais coletados-, mas já é suficiente para causar alarme nos pesquisadores.
Dieta poluída - O experimento no laboratório para comprovar a ligação entre TBT e mudança de sexo, começa em dias. Serão colocados no laboratório três grupos de 60 animais: só machos, só fêmeas e bichos de dois sexos. Metade de cada população vai entrar em contato com doses de TBT. O restante dos animais servirá como controle.
Segundo Sant'Anna, as fêmeas e os bichos com os dois sexos devem todos virar machos. "Os indícios do papel do TBT são grandes", diz.
Outros dois experimentos, já realizados na Unesp em São Vicente (SP), trazem uma conclusão boa e outra ruim.
"Nós analisamos como os bichos absorvem o poluente. A alimentação tem mais importância do que a água", diz Sant'Anna. Como os ermitões comem outros pequenos animais, o TBT deve estar presente em todos eles, e no dissolvido apenas na água do mar.
A boa notícia, que pode ser ruim também se não houver um esforço de fiscalização para impedir o uso das tintas envenenadas - disponíveis no mercado nacional, apesar de existir uma convenção da Organização Marítima Internacional contrária ao produto -, é que o TBT é eliminado em 35 dias pelos animais. Ou seja, é possível salvar os bichos que ainda não começaram a trocar de sexo.
O biólogo também vai estudar mais 12 estuários. Estados como Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina serão mapeados. "Em todos esses lugares existem barcos e ermitões. A contaminação é praticamente inevitável", diz Sant'Anna. (Fonte: Eduardo Geraque/ Folha Online)
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terça-feira, 11 de agosto de 2009
Nível alarmante de subida dos níveis do mar e os recifes de coral.
Um novo estudo olhou para trás para identificar a possibilidade de ocorrer, no futuro próximo, uma elevação no nível do mar com consequências catastróficas.
Segundo pesquisa publicada na revista Nature, o derretimento de gelo marinho há mais de 100 mil anos, antes da última glaciação, fez com que os níveis do mar se elevassem rapidamente, atingindo com grande intensidade os recifes de coral.
Os resultados confirmam o período e a magnitude da mais recente elevação de grande intensidade ocorrida no planeta e aumentam as preocupações de que o atual aquecimento global possa ter consequências semelhantes.
Paul Blanchon, da Universidade Nacional Autônoma do México, e colegas do Instituto de Ciência Mainha de Leibniz, na Alemanha, estudaram recifes fossilizados na península de Yucatán, no México, e descobriram que durante o último período interglacial muitos recifes morreram e foram substituídos por novos em um nível acima do anterior.
A mudança ocorrida durante o período ecológico foi causada pela rápida elevação de 2 a 3 metros no nível do mar que ocorreu há cerca de 120 mil anos. Segundo os cientistas, a velocidade do salto indica que ele ocorreu em um momento de grande perda de gelo durante a fase mais quente no último período interglacial.
Para os pesquisadores, caso o degelo na Antártica e na Groenlândia continue no nível atual, há um grande risco de que um “aumento catastrófico” no nível do mar ocorra por volta de 2100. Se isso se confirmar, os primeiros a sentir os efeitos serão os recifes de coral, já muito afetados pela ação humana.
“Em nosso mundo em aquecimento, as implicações de um salto rápido, em escala de metros, durante o último período interglacial são claras tanto para a estabilidade futura do gelo marinho como para o desenvolvimento de recifes de coral”, afirmaram.
O artigo Rapid sea-level rise and reef back-stepping at the close of the last interglacial highstand, de Paul Blanchon e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
Segundo pesquisa publicada na revista Nature, o derretimento de gelo marinho há mais de 100 mil anos, antes da última glaciação, fez com que os níveis do mar se elevassem rapidamente, atingindo com grande intensidade os recifes de coral.
Os resultados confirmam o período e a magnitude da mais recente elevação de grande intensidade ocorrida no planeta e aumentam as preocupações de que o atual aquecimento global possa ter consequências semelhantes.
Paul Blanchon, da Universidade Nacional Autônoma do México, e colegas do Instituto de Ciência Mainha de Leibniz, na Alemanha, estudaram recifes fossilizados na península de Yucatán, no México, e descobriram que durante o último período interglacial muitos recifes morreram e foram substituídos por novos em um nível acima do anterior.
A mudança ocorrida durante o período ecológico foi causada pela rápida elevação de 2 a 3 metros no nível do mar que ocorreu há cerca de 120 mil anos. Segundo os cientistas, a velocidade do salto indica que ele ocorreu em um momento de grande perda de gelo durante a fase mais quente no último período interglacial.
Para os pesquisadores, caso o degelo na Antártica e na Groenlândia continue no nível atual, há um grande risco de que um “aumento catastrófico” no nível do mar ocorra por volta de 2100. Se isso se confirmar, os primeiros a sentir os efeitos serão os recifes de coral, já muito afetados pela ação humana.
“Em nosso mundo em aquecimento, as implicações de um salto rápido, em escala de metros, durante o último período interglacial são claras tanto para a estabilidade futura do gelo marinho como para o desenvolvimento de recifes de coral”, afirmaram.
O artigo Rapid sea-level rise and reef back-stepping at the close of the last interglacial highstand, de Paul Blanchon e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
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sábado, 4 de julho de 2009
Estudo aponta riqueza de espécies em ilhas oceânicas - novo indicador: RIQUEZA ENDÊMICA
Apesar de contar com uma biodiversidade menor do que as áreas continentais, as ilhas oceânicas são áreas críticas para a preservação, pois possuem inúmeras espécies que não existem em nenhum outro lugar. Foi o que mostrou um estudo publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences(PNAS)".
Os pesquisadores criaram um indicador - batizado de riqueza endêmica - para quantificar o número de espécies que vivem apenas em uma determinada região. Depois, dividiram o mundo em 90 áreas geográficas e calcularam o novo indicador para cada uma delas.
As ilhas oceânicas apresentaram uma riqueza endêmica nove vezes maior do que a de áreas continentais.
Holger Kreft, coautor do estudo, considera prioritária a criação de parques nacionais para proteger essas áreas.
As ilhas oceânicas constituem santuários com “relíquias” de linhagens evolutivas muito diferentes das que existem em outros lugares.
O Brasil tem quatro arquipélagos oceânicos: Atol das Rocas, Fernando de Noronha, Trindade e Martim Vaz e o arquipélago de São Pedro e São Paulo.
Fábio Mota, do programa Costa Atlântica, da Fundação SOS Mata Atlântica, recorda que as novas espécies identificadas em ilhas costumam ser incluídas na lista vermelha da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) tão logo são descobertas.
“Como vivem em um ambiente tão restrito, já são consideradas criticamente em perigo, pois qualquer desequilíbrio pode causar sua extinção”, explica Mota.
Ele também recorda que, no Brasil, 0,6% do mar territorial está protegido por alguma categoria de conservação. Apenas 0,1% recebe proteção integral que proíbe todo tipo de atividade predatória ou extrativista.
Os pesquisadores criaram um indicador - batizado de riqueza endêmica - para quantificar o número de espécies que vivem apenas em uma determinada região. Depois, dividiram o mundo em 90 áreas geográficas e calcularam o novo indicador para cada uma delas.
As ilhas oceânicas apresentaram uma riqueza endêmica nove vezes maior do que a de áreas continentais.
Holger Kreft, coautor do estudo, considera prioritária a criação de parques nacionais para proteger essas áreas.
As ilhas oceânicas constituem santuários com “relíquias” de linhagens evolutivas muito diferentes das que existem em outros lugares.
O Brasil tem quatro arquipélagos oceânicos: Atol das Rocas, Fernando de Noronha, Trindade e Martim Vaz e o arquipélago de São Pedro e São Paulo.
Fábio Mota, do programa Costa Atlântica, da Fundação SOS Mata Atlântica, recorda que as novas espécies identificadas em ilhas costumam ser incluídas na lista vermelha da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) tão logo são descobertas.
“Como vivem em um ambiente tão restrito, já são consideradas criticamente em perigo, pois qualquer desequilíbrio pode causar sua extinção”, explica Mota.
Ele também recorda que, no Brasil, 0,6% do mar territorial está protegido por alguma categoria de conservação. Apenas 0,1% recebe proteção integral que proíbe todo tipo de atividade predatória ou extrativista.
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domingo, 14 de junho de 2009
Submarino-robô atinge ponto mais profundo da Terra
Um submarino-robô desenvolvido nos Estados Unidos alcançou a área considerada a mais profunda dos oceanos - o chamado Challenger Deep, na Fossa das Marianas, no Pacífico.
O local, perto da ilha de Guam, é o maior abismo da Terra, com 11 mil metros de profundidade - mais de 2 quilômetros do que o Monte Everest tem de altura.
O mergulho da embarcação não-tripulada Neureus ocorreu dia 14 de junho de 2009 e atingiu 10.902 metros de profundidade.
Nesta localização, a pressão chega a ser mais que mil vezes maior que a nível do mar.
Livre o Nereus é operado à distância por pilotos a bordo de um navio, com a ajuda de cabos de fibra óptica que permitem que ele desça a grandes profundidades e seja fácil de manobrar.
Ele também pode ser colocado em modo automático e "nadar" livremente.
"Com um robô como este, nós agora podemos virtualmente explorar qualquer parte do oceano", disse Andy Bowen, diretor do projeto e principal pesquisador por trás do desenvolvimento do submarino no Instituto Oceanográfico Woods Hole (WHOI, na sigla em inglês).
"Essas fossas são praticamente inexploradas e tenho certeza absoluta que o Nereus vai permitir novas descobertas", afirmou. "Este mergulho marca o início de uma nova era na exploração dos oceanos."
No Passado,o Challenge Deep só foi atingido antes por duas outras embarcações.
Em janeiro de 1960, Jacques Piccard e Don Walsh fizeram a primeira e única viagem tripulada ao local, a bordo do batiscafo suíço Trieste.
A embarcação era composta por uma esfera de aço de 2 metros de diâmetro, ocupada pelos dois tripulantes e pendurada em um tanque de petróleo gigante, projetado para permitir uma boa flutuação.
Durante a expedição, que durou nove horas, os dois homens passaram apenas 20 minutos no fundo do oceano - tempo suficiente para registrar a profundidade local em 10.916 metros.
Em 1995, o submarino-robô japonês Kaiko foi o primeiro veículo não tripulado a visitar o local.
Atualmente, os aparelhos mais aptos a descer a grandes profundidades chegam a uma média de 6,5 mil metros, o que permite os cientistas explorar 95% do fundo do mar.
Fonte: BBC Brasil
O local, perto da ilha de Guam, é o maior abismo da Terra, com 11 mil metros de profundidade - mais de 2 quilômetros do que o Monte Everest tem de altura.
O mergulho da embarcação não-tripulada Neureus ocorreu dia 14 de junho de 2009 e atingiu 10.902 metros de profundidade.
Nesta localização, a pressão chega a ser mais que mil vezes maior que a nível do mar.
Livre o Nereus é operado à distância por pilotos a bordo de um navio, com a ajuda de cabos de fibra óptica que permitem que ele desça a grandes profundidades e seja fácil de manobrar.
Ele também pode ser colocado em modo automático e "nadar" livremente.
"Com um robô como este, nós agora podemos virtualmente explorar qualquer parte do oceano", disse Andy Bowen, diretor do projeto e principal pesquisador por trás do desenvolvimento do submarino no Instituto Oceanográfico Woods Hole (WHOI, na sigla em inglês).
"Essas fossas são praticamente inexploradas e tenho certeza absoluta que o Nereus vai permitir novas descobertas", afirmou. "Este mergulho marca o início de uma nova era na exploração dos oceanos."
No Passado,o Challenge Deep só foi atingido antes por duas outras embarcações.
Em janeiro de 1960, Jacques Piccard e Don Walsh fizeram a primeira e única viagem tripulada ao local, a bordo do batiscafo suíço Trieste.
A embarcação era composta por uma esfera de aço de 2 metros de diâmetro, ocupada pelos dois tripulantes e pendurada em um tanque de petróleo gigante, projetado para permitir uma boa flutuação.
Durante a expedição, que durou nove horas, os dois homens passaram apenas 20 minutos no fundo do oceano - tempo suficiente para registrar a profundidade local em 10.916 metros.
Em 1995, o submarino-robô japonês Kaiko foi o primeiro veículo não tripulado a visitar o local.
Atualmente, os aparelhos mais aptos a descer a grandes profundidades chegam a uma média de 6,5 mil metros, o que permite os cientistas explorar 95% do fundo do mar.
Fonte: BBC Brasil
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segunda-feira, 4 de maio de 2009
Reciclagem de sopa de lixo no oceano
Expedição pretende reciclar "sopa de lixo" no oceano.
Saindo de São Francisco, nos Estados Unidos, no próximo mês, uma expedição parte para o oceano com o objetivo de explorar uma "sopa de lixo" com o dobro do tamanho do Texas, que flutua no Oceano Pacífico.
De acordo com o jornal Times, o objetivo dos cientistas e ambientalistas é tentar reciclar o material.
O oceanógrafo Charles Moore, que descobriu o lixo acumulado no oceano em 1997, acredita que cerca de 100 milhões de toneladas de dejetos estão circulem na região. De acordo com Moore, o mar de lixo é translúcido e está numa superfície de água, por isso não pode ser detectado em fotografias de satélite. "Você só o vê da proa dos navios", declarou.
Peixes e aves confundem os minúsculos pedaços de lixo com alimento e podem chegar à mesa de consumidores com os dejetos no estômago. Moore não acredita que o problema possa ser solucionado.
"Tentar limpar o Pacífico teria falido qualquer país e matado animais selvagens", afirmou ao Times.
Em junho, o projeto Kaisei será colocado em prática sob a liderança de Doug Woodring na tentativa de provar que Moore está errado.
A expedição composta por 30 pessoas irá utilizar aeronaves não tripuladas e exploradores robóticos para mapear a extensão e profundidade do plástico acumulado e em seguida tentar reciclar este material.
Woodring admite que a tarefa não será fácil. "Nós não seremos capazes de limpar todo o oceano. A solução reside realmente em terra. Temos de tratar o plástico de uma forma totalmente diferente, e impedi-lo de chegar ao oceano", disse.
Saindo de São Francisco, nos Estados Unidos, no próximo mês, uma expedição parte para o oceano com o objetivo de explorar uma "sopa de lixo" com o dobro do tamanho do Texas, que flutua no Oceano Pacífico.
De acordo com o jornal Times, o objetivo dos cientistas e ambientalistas é tentar reciclar o material.
O oceanógrafo Charles Moore, que descobriu o lixo acumulado no oceano em 1997, acredita que cerca de 100 milhões de toneladas de dejetos estão circulem na região. De acordo com Moore, o mar de lixo é translúcido e está numa superfície de água, por isso não pode ser detectado em fotografias de satélite. "Você só o vê da proa dos navios", declarou.
Peixes e aves confundem os minúsculos pedaços de lixo com alimento e podem chegar à mesa de consumidores com os dejetos no estômago. Moore não acredita que o problema possa ser solucionado.
"Tentar limpar o Pacífico teria falido qualquer país e matado animais selvagens", afirmou ao Times.
Em junho, o projeto Kaisei será colocado em prática sob a liderança de Doug Woodring na tentativa de provar que Moore está errado.
A expedição composta por 30 pessoas irá utilizar aeronaves não tripuladas e exploradores robóticos para mapear a extensão e profundidade do plástico acumulado e em seguida tentar reciclar este material.
Woodring admite que a tarefa não será fácil. "Nós não seremos capazes de limpar todo o oceano. A solução reside realmente em terra. Temos de tratar o plástico de uma forma totalmente diferente, e impedi-lo de chegar ao oceano", disse.
Veja um vídeo sobre o assunto no You Tube no endereço a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=q6IoMuDa4GQ
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segunda-feira, 13 de abril de 2009
Como funciona uma dessalinizadora
Em um mundo onde mais de 97% da água que existe é salgada, a transformação dessa água em água potável despertou o interesse da humanidade a muito tempo. Esse infográfico da revista Super Interessante da Espanha explica como" uma indústria transforma água salgada em água própria para o consumo.
No mundo são mais de 15.000 máquinas de dessalinização funcionando, mas a um alto custo. Isso porque o grande revés desta tecnologia é o consumo elevado de energia para a transformação da água, mas novos desenvolvimentos em nanotecnologia prometem diminuir os custos da produção, de cada litro de água, em até 25% permitindo a sua viabilidade.
No mundo são mais de 15.000 máquinas de dessalinização funcionando, mas a um alto custo. Isso porque o grande revés desta tecnologia é o consumo elevado de energia para a transformação da água, mas novos desenvolvimentos em nanotecnologia prometem diminuir os custos da produção, de cada litro de água, em até 25% permitindo a sua viabilidade.
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
BIOMAR - SITE DO PROJETO BIOMAR - CALENDÁRIO 2009
A Equipe de Coordenação do Projeto Biomar convida você e sua escola a conhecer o nosso site www.projetobiomar.com.br
Venha nos visitar e saber mais um pouco a respeito do Projeto Biomar.
Envie uma mensagem para o endereço projetobiomar@projetobiomar.com.br e receba informações sobre a nossa programação e atividades.
O Calendário de 2009, com reserva dos períodos ideais para mergulho, trilhas e manguezais, já está aberto.
Entre em contato conosco e inscreva sua escola.
Esperamos você!
Equipe de Coordenação
Venha nos visitar e saber mais um pouco a respeito do Projeto Biomar.
Envie uma mensagem para o endereço projetobiomar@projetobiomar.com.br e receba informações sobre a nossa programação e atividades.
O Calendário de 2009, com reserva dos períodos ideais para mergulho, trilhas e manguezais, já está aberto.
Entre em contato conosco e inscreva sua escola.
Esperamos você!
Equipe de Coordenação
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Google lança ferramenta para explorar oceanos!
A partir de agora, internautas do mundo inteiro poderão visitar e mergulhar virtualmente no oceano. Pelo menos é o que promete uma nova ferramenta lançada pela Google.
Chamada de Ocean in Google Earth, a ferramenta é a grande atração da nova versão do Google Earth, o programa gratuito que permite a visualização do mundo a partir de mapas, dados e imagens tiradas por satélites e aviões.
Ela combina imagens e mapas dos relevos oceânicos com material cedido por cientistas e oceanógrafos, para, segundo o Google, "permitir que usuários explorem algumas das partes mais difíceis de alcançar do mundo".
Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície do planeta, mas acredita-se que apenas cerca de 5% de sua vasta extensão tenham sido explorados pelo homem.
Vulcões submersos
Os internautas poderão “nadar ao redor de vulcões submersos, assistir a vídeos sobre espécies marinhas exóticas, ler sobre navios naufragados nas redondezas e contribuir com fotos e vídeos de localidades favoritas para mergulhar e surfar”.
Com o Ocean in Google Earth, lançado em um suntuoso evento com participação de cientistas e personalidades ligados à defesa do meio ambiente, como o ex-vice-presidente americano Al Gore, a Google faz mais um passo importante rumo ao ambicioso objetivo de disponibilizar online uma representação completa da Terra.
A ferramenta vem recebendo muitos elogios da comunidade científica e de ativistas do meio ambiente, por permitir uma compreensão maior dos mares e de sua importância na vida e no futuro do planeta.
Segundo a Google, o Ocean oferecerá vários segmentos de conteúdo fornecido por alguns dos principais cientistas e grupos de pesquisa do mundo.
Estes segmentos permitirão que os internautas, entre outras coisas, acompanhem o movimento de animais “marcados” com rastreadores, acessem vídeos e fotos do arquivo do famoso explorador dos mares Jean-Jacques Cousteau e possam acompanhar o histórico, em imagens, do impacto da ação do homem sobre determinados ecossistemas.
Chamada de Ocean in Google Earth, a ferramenta é a grande atração da nova versão do Google Earth, o programa gratuito que permite a visualização do mundo a partir de mapas, dados e imagens tiradas por satélites e aviões.
Ela combina imagens e mapas dos relevos oceânicos com material cedido por cientistas e oceanógrafos, para, segundo o Google, "permitir que usuários explorem algumas das partes mais difíceis de alcançar do mundo".
Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície do planeta, mas acredita-se que apenas cerca de 5% de sua vasta extensão tenham sido explorados pelo homem.
Vulcões submersos
Os internautas poderão “nadar ao redor de vulcões submersos, assistir a vídeos sobre espécies marinhas exóticas, ler sobre navios naufragados nas redondezas e contribuir com fotos e vídeos de localidades favoritas para mergulhar e surfar”.
Com o Ocean in Google Earth, lançado em um suntuoso evento com participação de cientistas e personalidades ligados à defesa do meio ambiente, como o ex-vice-presidente americano Al Gore, a Google faz mais um passo importante rumo ao ambicioso objetivo de disponibilizar online uma representação completa da Terra.
A ferramenta vem recebendo muitos elogios da comunidade científica e de ativistas do meio ambiente, por permitir uma compreensão maior dos mares e de sua importância na vida e no futuro do planeta.
Segundo a Google, o Ocean oferecerá vários segmentos de conteúdo fornecido por alguns dos principais cientistas e grupos de pesquisa do mundo.
Estes segmentos permitirão que os internautas, entre outras coisas, acompanhem o movimento de animais “marcados” com rastreadores, acessem vídeos e fotos do arquivo do famoso explorador dos mares Jean-Jacques Cousteau e possam acompanhar o histórico, em imagens, do impacto da ação do homem sobre determinados ecossistemas.
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